[💭]Entre Palavras Não Ditas e Cuidados

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It Will Rain, do Bruno Mars, disponível para ouvirem. Haverá referências ♥︎

Até as notas finais. Boa leitura :)

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E embora estivesse com raiva de Jungkook, Junghyun clamava a todas as santidades para que seu irmão estivesse bem.

Este que encontrava-se apressado. Sua testa nunca esteve tão suada e quente, a dor de cabeça lhe matava. A sensação de perder toda a sua família o assombrava.

Entrou no hospital sem pudor algum, assustando alguns pacientes, correndo até a recepção. A recepcionista o olhou incrédula, o julgando como um sem educação com o olhar.

—Eu quero ver Jeon Jungkook, por favor. —murmurou com pressa. A mulher abaixou os olhos para o monitor, digitando alguma coisa e voltando a encarar o jovem impaciente.

—O que você é para ele? —ela então questionou.

—Irmão, eu sou o irmão dele.

—Preciso da sua identidade, por favor.

—Moça, eu não...—sussurrou, coçando o couro cabeludo com força, impaciente. —Eu acabei de receber a notícia que ele sofreu um acidente de carro, por favor, me deixe ver ele. Eu não trouxe nada além das chaves do meu carro.

—Seu nome, então.

—Jeon Junghyun. —ditou rapidamente. Seu coração estava desesperado e isso o movia. A recepcionista escreveu algumas coisas no computador, logo entregando um adesivo com a identificação de "visitante" ao rapaz.

—Você segue o corredor, à esquerda. A sala E-12. —informou e o Jeon mais novo não contou segundos para correr até a sala.

O hospital o trazia lembranças ruins, palavras ruins e momentos ruins. E embora estivesse completamente focado na situação do seu irmão, ainda conseguia sentir o cheiro de limpeza invadir suas narinas, trazendo cenas de sua infância, onde os médicos de emergência levantavam sua mãe imóvel. Eles tinham aquele típico odor.

Parou em frente à janela que dava visão do quarto, respirando apressado, tentando puxar o máximo de ar para os seus pulmões. Jungkook estava deitado na maca, com cortes, pontos e alguns hematomas no rosto.

Parecia dormir tranquilamente enquanto uma enfermeira fazia uma checagem, olhando várias vezes para um monitor. E Junghyun não conseguia sentir nada além de raiva.

Raiva de si mesmo, raiva de seu passado, raiva de todos. Raiva de não ter perdoado seu irmão, de não pedir desculpas e de não admitir seu erro de julgá-lo tão prematuramente.

—Checamos os sinais vitais dele, adrenalina e vimos os cortes. Seu irmão é forte, ele consegue aguentar. —uma médica ditou, aparecendo repentinamente ao seu lado, o assustando. —oh, desculpe lhe assustar. —sorriu com os olhos, tendo metade do rosto tampado pela máscara hospitalar.

—É grave? Por favor, seja sincera. —inquiriu. Embora quisesse parecer forte, estava com muito medo da resposta.

—Bem...—suspirou. —Pancadas na cabeça geralmente tendem a ser atípicas e um tanto grave e, bem, podem variar. Mas atualmente ele está estável e isso já é muito bom. Ele se manteu consciente por dez minutos até a emergência chegar. Quando o colocamos na maca, ele apagou.

—Eu...Eu posso entrar para...ter certeza de que ele está comigo? Eu não suportaria perder mais alguém da minha família...—sussurrou, já não conseguindo segurar suas lágrimas. A médica o encarou com pesar. Sua situação era péssima.

Gestos Da Harmonia | Jjk • PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora