7- Calmaria antes da tempestade

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  S/n teve que explicar tudo o que aconteceu, tanto para os médicos e para a Hashira dos insetos, quanto para Zenitsu.

  Mais tarde, quando todos já estavam dormindo, a garota decidiu conversar com Shinobu.

--Kocho-sama, eu gostaria de saber... como o demônio morreu? Quero dizer, eu não cortei a cabeça dele, só fiz um pequeno corte...

--Ara ara S/n, como eu saberia? -riu. -Preciso de mais detalhes para isso, mas talvez eu tenha uma ideia. Seu sobrenome é Saito, certo? 

--Sim, por quê? -perguntou, confusa.

--Saito é um sobrenome muito conhecido entre os estudantes de medicina. Seu sangue carrega uma pequena quantidade de glicínia, que é letal para os demônios. Me diga, tinha seu sangue na nichirin quando você cortou o oni?

--Sim... eu acabei me machucando sem querer... -respondeu ainda processando as palavras da hashira.

--Então ai está sua resposta. Já que estamos falando disso, gostaria da sua permissão para fazer alguns exames e testes com o seu sangue. Também queria lhe propor algo...

***

  Tanjiro precisou ficar em repouso, mas Zenitsu e S/n ficaram ao seu lado, o alegrando.

--E onde está Inosuke? -o ruivo perguntou.

--Está recebendo a nichirin nova. -Zenitsu respondeu, sentando na cama mais próxima.

--Desculpe atrapalhar a conversa, trouxe o remédio do Tanjiro-kun. -Aoi entregou o copo para o ruivo.

--Obrigado. -e bebeu.

--Como você bebe isso desse jeito? É tão amargo! É horrível!

--Deixe se ser dramático Zenitsu, pode não ser delicioso, mas não precisa exagerar. -a garota borboleta pegou o copo vazio e foi embora.

--Aposto que não é tão ruim assim...

--É intragável S/n-Chan! Você tem sorte de não ter que tomar! -o loiro se agarrou na roupa da c/c, chorando.

--Tudo bem Zenitsu-kun, acredito em você. -afirmou, rindo com o drama do amigo.

  ***

  Passaram-se três semanas. Tanjiro treinava até cansar para acostumar novamente suas costelas, antes quebradas.

  Enquanto isso, Shinobu examinava o sangue de S/n e fazia experimentos para ver o que ele poderia fazer.

--O teor de glicínia neles é bem alto, isso explica o porquê do demônio ter morrido tão rápido e com tão pouco sangue...

--Isso é bom ou ruim? -perguntou preocupada.

--Bem, isso depende de você. Por um lado, os demônios vão te evitar e se tentarem alguma coisa vão acabar morrendo... mas por outro, se por acaso você acabar se tornando um oni, as chances de morrer no processo são de quase cem porcento.

  S/n não sabia o que pensar. Claro que tudo tinha seus prós e seus contras, mas no caso as coisas boas e as ruins são o completo oposto.

  Aquilo era uma dádiva, mas também uma maldição. 

--Obrigada Kocho-sama. Se precisar de mim, estarei ajudando Aoi.

--Claro, tudo bem. -observou a mais nova sair. -Espero que aceite minha proposta, você vai ser bem útil. -disse quando já estava sozinha, e voltou à analise do sangue.

***

--Aoi-san, precisa de algo?

--Hm? Na verdade preciso sim, pode levar aqueles mochis para os meninos por favor? Estou ocupada.

--Okay, se precisar de mais alguma coisa é só chamar! -pegou os mochis e levou para os rapazes.

--Comida! -tirou sua máscara de javali e atacou os doces.

--Ei! Deixe um pouco para nós! -Zenitsu reclamou.

  Tanjiro apenas ria dos dois, S/n resolveu seguir seu exemplo.

  Era divertido ver aqueles dois sempre discutindo, realmente alegrava seu dia. 

--Então Tanjiro, quando vai voltar para as missões?

--Acho que amanhã, ou depois... por quê? -sorriu.

--Por nada, curiosidade. Tem certeza que está bem?

--Está preocupada, S/n? -provocou a garota.

--É claro! Você quebrou duas costelas, Tanjiro!

  Era só uma brincadeira. O ruivo ficou surpreso vendo a amiga tão preocupada assim.

--Te prometo que estou bem, se eu sentir qualquer dor, volto para a mansão correndo!

--Promete mesmo? -o olhou, séria.

--Claro... e você vai estar comigo, pode me arrastar se eu me recusar. -sorriu.

--É, tem razão...

  O ruivo sentiu o cheiro dela mudar, mas não disse nada.

  Pegou um mochi furtivamente enquanto Zenitsu e Inosuke discutiam.

--Eu vi isso Tontaro?! -gritou o moreno.

--...Você não viu nada! -colocou o mochi inteiro na boca.

--Tanjiro... você não... -o loiro segurou a risada.

  Bastaram alguns segundos em silêncio para que S/n, Zenitsu e Tanjiro começacem a rir.

  Inosuke perguntou qual era a graça, o que fez os outros rirem ainda mais.

  Nesse mar de emoções que a vida era, no momento eles nadavam na felicidade. Mas a qualquer momento a maré poderia se virar contra eles.

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Meu deus chegamos a 350 leituras, muito obrigada :')

Não sei nem o que dizer, sério kkkkkk

Estou trabalhando num especial de dia dos namorados, mas não esperem muito dele :')

𝗗𝗥𝗘𝗔𝗠 - tanjiro kamadoOnde histórias criam vida. Descubra agora