Especial de Natal- O Visco

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Mudei um pouco a forma da narrativa, espero que não se importem :)

Boa leitura!

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Depois do encontro com a lua superior três, os casos de oni tinham se acalmado um pouco.

Já se passaram algumas semanas desde o ocorrido e Rengoku se encontrava em uma das macas da mansão borboleta. O pilar havia quebrado quatro costelas e tivera alguns outros ferimentos leves, por sorte nada que um pouco de descanso não pudesse resolver.

Você se preocupava muito com o hashira, então estava sempre de olho nele. Se o mesmo precisasse de qualquer coisa, não importa o que fosse, você faria.

No momento Kyojuro dormia pacificamente, enquanto você estava sentada na maca ao lado, observando a neve branca cair pela janela.

— Bom dia, Saito! — o de cabelos chamativos disse, assustando a outra. — Não passou a noite acordada, passou?

— Bom dia. — sorriu. — Não, senhor, acordei agora pouco.

— Não precisa me tratar com tanta formalidade. — riu e se sentou na maca. — Oh estamos na véspera de Natal, não é?

— Natal? — ela perguntou, arregalando os olhos. — Ah não, eu não comprei nada pra ninguém! Eu me esqueci completamente!

— Não se preocupe, minha jovem. Seu maior presente pra mim foi ter salvo minha vida... já sobre os outros, tenho certeza que vão entender. — sorriu gentilmente. — Você esteve ocupada me mantendo saudável e ainda saía para missões sempre que possível... Fez muito mais do que deveria, se quer saber.

A última parte te assustou. Claro, você havia saído sim diversas vezes para missões, mesmo que não quisesse, as vezes precisava. Odiava deixar Rengoku sozinho durante a noite, e se ele precisasse de algo?

Sempre que precisava sair, procurava fazer o menor barulho possivel, mas, de algum modo, o hashira havia percebido. Talvez tivesse acordado durante a noite e não encontrou você ou a sua arma? É uma possibilidade.

— Acho que se você ajudá-los com a decoração, seria uma boa forma de recompensar a falta de presente, não? — sugeriu.

— É, talvez. Mas vou comprar presentes amanhã de qualquer maneira. — disse e se levantou. — Vou buscar seu café da manhã e começarei a ajudar no que precisarem! — saiu animada.

Logo você retornou com a refeição de Kyojuro, o esperou comer e levou tudo de volta para a cozinha. Lavou a louça, trocou de roupa e foi perguntar para Aoi se ela precisava de ajuda.

Mas ela não precisava. As três mais novas da mansão já a ajudavam.

Shinobu estava ocupada com alguns estudos, coisas complicadas demais para você, então decidiu sequer oferecer ajuda.

Tanjiro, Zenitsu e Inosuke já estavam terminando a decoração, não tinha muito o que fazer.

No fim você não havia comprado presentes e não conseguiu ajudar ninguém. Se sentia culpada por ter sido tão inútil nessa data tão importante.

Foi ao jardim, agora repleto de neve, e se sentou em um tronco caído. Estava frio e seu corpo tremia, apesar de usar roupas quentes, parecia que não era o suficiente.

— Deveria usar pelo menos três blusas em um dia como esse. — alguem colocou um cobertor em sua costas. Era Kanao.

— Oi Kanao. Onde estava?

— Fui comprar alguns ingredientes que Aoi pediu. — se sentou ao seu lado.

— Entendi... O ano passou rápido, não é? — a menina com acessório de borboleta apenas assentiu, permanecendo em silêncio. — Mas aquele sonho esquisito... ainda me atormenta.

— Foi estranho, mas acho que não era nada. — te olhou, sorrindo de forma tranquila.

Espero que esteja certa, Kanao... —pensou.

— Então vocês estão ai! — uma outra voz se presente. — Kanao, Aoi pediu pra te chamar.

— Já estou indo Tanjiro, obrigada — se levantou. — Fique com o cobertor se continuar aqui fora, ouviu bem [Nome]?

— Sim, senhorita — assentiu e observou a outra sair.

— Não conversamos muito desde o trem... — começou, se sentando ao lado da garota. — Quer me contar alguma coisa?

— Me desculpa. Eu não devia ter ido lá sem falar com você antes e — sua fala foi interrompida por uma leve risada do ruivo. — O que foi? Qual a graça?

— Não precisa se justificar. Eu fiquei chateado sim, mas eu não mando em você. Ta tudo bem. — sorriu gentilmente.

— Sobre o que estava falando então?

— O sonho... Você sabe, quando a gente caiu na armadilha daquele demônio... Eu sonhei com a minha família, imagino que você também.

O assunto te pegou de surpresa. Era algo delicado e você via que Tanjiro tomava cuidado com as palavras. Mas você confiava nele, então acabou contando tudo, não se importando em soltar as lágrimas.

No final ele te abraçou e disse que ficaria tudo bem, que isso já estava acabando. Mesmo que não tivesse nem um pouco de certeza sobre isso.

Vocês dois passaram a tarde juntos, conversando um pouco e parando no final do dia para observar a cor bonita que o céu adquiria com o pôr do sol.

— Saia daqui Monitsu, tire essa planta da minha cara! — reclamou.

— É um visco, Inosuke! Estou te ajudando a ter uma desculpa para beijar Aoi! — explicou.

— Esses dois... — riu. — Pelo menos não estão importunando a gente.

— É... — você concordou, mesmo que a ideia de ter um visco em cima de suas cabeças são parecesse tão ruim.

Com a chegada da noite, Nezuko saiu de sua caixa e foi para o jardim, onde estava seu irmão. A menor sorriu ao ver você e Tanjiro juntos e decidiu deixá-los sozinhos. 

— Ei vocês dois, entrem. Ta muito frio ai fora. — Aoi aconselhou, indo para a cozinha sem esperar os dois.

— Acho que devemos ir mesmo — se levantou e estendeu a mão, esperando que você a pegasse. E assim foi feito.

A mão de Tanjiro estava gelada por causa do frio, não muito diferente da sua. Sem perceber, vocês dois caminharam ate a mansão e pelos seus corredores com as mãos ainda juntas.

Você parou quando viu algumas folhas no chão. Era um lugar fechado, não tem como isso ter vindo de fora.

Ao olhar pra cima, você viu o que menos esperava. Um visco.

Seu coração acelerou quando Kamado seguiu seu olhar. O rosto de ambos tomou a famosa coloração vermelha.

— A gente não... Você não... Não precisa fazer isso se não quiser — você começou a falar, se atrapalhando pelo nervosismo. — É só uma tradição boba mesmo, quem liga pra isso? Eu com certeza — pela segunda vez no dia o ruivo havia lhe interrompido, mas dessa vez foi diferente.

Tanjiro sorriu com a forma como você agia quando estava envergonhada. Lentamente ele levou as mãos ao seu rosto e aproximou seus lábios, os juntando em questão de instantes.

Foi um beijo curto e inocente, apenas um selinho. Mas foi o suficiente para esquentar o coração de ambos nessa noite tão gelada.

— Feliz Natal! — vocês ouviram os outros gritarem na cozinha, estranhando ninguem ter vindo chamá-los, mas não se importaram muito.

E então Kamado olhou em seus olhos e abriu novamente aquele sorriso que você tanto amava. Acariciando suas bochechas, ele disse:

— Feliz Natal, [Nome].

✼  ҉  ✼  ҉  ✼  ҉  ✼ 

Feliz Natal amores!!!!

Espero que tenham gostado desse especial.

Rolou beijinho de natal, que fofo ne?

Vejo vocês no próximo capítulo!

𝗗𝗥𝗘𝗔𝗠 - tanjiro kamadoOnde histórias criam vida. Descubra agora