Sex Porn Star | jung wooyoung [EM REVISÃO]

ELEVEN

SAN P.O.V

Acabei por parar no bar onde Hongjoong trabalhava só por conta da sede. Como não combinei nada com Bia, eu não sabia o que fazer. É estranho estar de volta sendo que nada parece igual a como estava, mesmo que esteja praticamente tudo no lugar. Mas talvez eu sinta isso por causa de não ter amigos. Eu, praticamente, só tenho ela.

E claro que as coisas, com o tempo, mudam. Mesmo que eu não quisesse, ela arranjaria uma pessoa para acomodar-se na feridinha aberto que eu deixei devido a ir embora. Acredito que se fosse ela, ela não iria querer saber de mim. Se eu não fizesse aquela coisinha ela nunca nem sabia meu nome. Enfim, muitas amizades começam assim. E eu não vou falar mais nada. Porque mesmo que eu não me arrependa de nada, eu penso muito como seriam as coisas se eu não desse o primeiro passo, e é meio chato sempre ter que ser eu.

Não que eu esteja a reclamar, mas é que realmente sou sempre eu.

— Uma bebida fresca, por favor. — Pedi assim que me sentei nas altas cadeiras do balcão.

— Preferência? — Um homem mais ao menos da minha estatura pergunta. Parecia já o ter visto, porém nada estava se sincronizando na minha cabeça quanto ao figurino à minha frente.

— Qualquer coisa, desde que não seja para me matar.

— Ia preso mesmo que já tenha pensado fazer isso no meu próprio chefe. — O garoto riu, mas logo me deu uma bebida. — Eu acho que te conheço... Choi San? Acertei?

— Estranho alguém me conhecer, mas sim, sou eu. — Ele sorriu e se sentou numa cadeira também, perto de mim.

— Você sabe quem eu sou, certo? — Neguei com a cabeça, coçando minha nuca, deveras envergonhado.

— Nossa, você deve ter batido com a cabeça durante a viagem para lá para se esquecer de mim. — Ele sorriu fraco. — Mas também acredito que não iria se recordar de uma coisa boa, eu não era muito legal para você.

— Eu ainda trabalho mais com nomes.

— Kang Yeosang, o menino que mexia com você. Peço desculpa por isso, sou adulto agora e compreendo que não tenha sido fácil superar aquilo pois eu era bem ruim.

— Memórias tristes foram todas com a viagem para lá. Deve ser por isso que nunca iria te reconhecer. Vou ser sincero. Isso me fez tornar o que sou, mesmo que tenha escondido, eu cresci pensando que sou bem melhor do que você descreveu. Por mais que pense muito. Sou muito pensativo.

— Espero que nunca me odeie como falava antes. Além de mais nunca, pensei que fosse te ver de novo.

— Eu também não, porém estamos aqui, não é mesmo?

— Sim. — Deu outro sorriso. — A menina que andava com você naquela altura, é irmã do meu colega. Quando a vi tive curiosidade de perguntar por você, porém pensei que vocês tinham perdido o contacto.

— Não perdi. Agradeço por isso, ela é a única que me importa na minha vida. — Quando notei que já tinha acabado minha bebida, percebi que não estava fazendo mais nada ali. No momento, apenas estava mais para tirar um papo — um pouco até que atoa pois não esperava, que até coincide com meu passado que hoje em dia só uma parte boa que me interessa. Ela. Somente ela.

Me levantei e saí daquele lugar, deixando a quantia, deixando aquele garoto totalmente pendurado, sem explicação. 

Minha vida tinha mudado bastante e eu também aprendi muito. Sobretudo aprendi em não confiar nas pessoas tão facilmente, como já fiz em tempos. Não me importo que saibam do meu passado. Ele foi quem me colocou mais forte daquele tempo até agora. Foram as críticas que me fizeram abrir os olhos e perceber que eu não preciso de um grupo enorme de amigos como tanto sonhava ter. 

Eu posso estar bem na minha e me preocupar com uma só pessoa — sem ser a minha família, claro, ela sempre em primeiro lugar — que merece.

Eu sei que tem muitas pessoas que não gostam de mim e eu não me importo. Me chamam de egoísta entre outros nomes piores, mas eu não tenho culpa se me deram oportunidade de ter uma vida melhor. Eu fiz muitas amizades, consegui muitas coisas que queria, mas eu voltei por uma razão e ninguém vai me impedir de tentar, ao menos, o que penso em fazer.

Quando estava passando na passadeira, vi a pessoa que estava com Bia naquele dia, ele parecia bem feliz enquanto falava no celular, e estava bem vestido.

Por causa da minha curiosidade e suspeitar que ele iria ter com Bia, decidi seguir ele sem que ele desse conta. Sei que poderia parecer um completo doido da cabeça, mas eu apenas sou curioso.

Continuei andando, seguindo todos os seus passos, mas cada vez pensava onde ele ia para estar com tanta pressa e ainda ter comprado flores.

Não me digam que vai acontecer aquilo que estou pensando agora.

— Eu sou o Choi San, não vim aqui para ficar de mãos vazias, ao menos vou arriscar  — Pensei enquanto encarava meu pulso vendo que as horas estavam me ficando apertadas, mas mesmo assim não parei de segui-lo.

[...]

Quando ele finalmente "parou" — pois ele não parou totalmente — foi quando entrou no hospital e foi bem difícil de eu conseguir uma desculpa para continuar o seguindo, mas eu consegui com meus truques na manga pois também tem algo que me faz conseguir muita coisa nestes espaços.

Com sua mão nos botões, calculei através do angulo que andar ele iria parar, correndo rapidamente para as escadas pois não daria tempo de ir noutro elevador.

— Aquele garoto me paga umas pernas novas. — Pensei, novamente, assim que o encontrei dentro de um dos quartos. Me recuperei enquanto o encarava da parte de fora e por sorte ele tinha a porta encostada.

— Eu espero que dessa vez a próxima vez que eu vier aqui, seja para te levar para casa. 

Sério que eu pensava que nesse tempo todo ele iria ter com outra pessoa? Neste caso... Ela? Você é bem burro San. Mas porque eu acho que conheço a pessoa com quem ele está? Parece-me familiar... 

Porque eu tinha que ser assim? Não sei, mas se vocês prestaram atenção ao que eu disse antes de como conseguir entrar, talvez vocês entendam porque a pessoa me parece familiar.

CAPÍTULO REVISADO