-... então basicamente eu sobrevivi a um atentado?
- é, sobreviveu sim, Sana.O trabalho que Jihyo teve para conseguir explicar tudo para Sana sem que a japonesa se alterasse foi árduo. Sana fazia muitas perguntas ainda, e ainda estava em choque. Pensava "Por que diabos eu sofri um atentado?", mas sabia que ela não era o alvo já que a mulher na cadeira ao lado de sua cama explicou detalhadamente. Sana também foi informada de que ficou dois dias desacordada, mas que não teria consequências maiores da explosão que aconteceu perto de si. Ainda era muita informação, mas que ela aos poucos ia absorvendo.
- Só uma pergunta: para que o atentado? Vocês poderiam ter morrido alí, não?
- Sim, podíamos ter morrido. Porém tínhamos motivos para o que aconteceu, e eu garanto que não são nada legais de se falar, Minatozaki. - direta, Jihyo respondeu a pergunta da japonesa, e prosseguiu.- Não se sinta ofendida com o que eu vou falar aqui, mas todos que estão esse grupo de exército tem um motivo em particular para odiar o exército japonês e quem o comanda. A sua sorte Sana, é que você não usava um uniforme militar. Ou então você já estaria morta. - completou a capitã.
- E quanto a mim? Você me odeia, Park Jihyo? - rebateu a Minatozaki, lançando um olhar provocador contra Jihyo.
- Eu te conheço faz nem dois dias, Sana. Mas isso não me impede de ter um pé atrás com você.Após isso, o silêncio começou a reinar no quarto improvisado em que estavam. Sana pôde aproveitar para reparar Jihyo: a coreana tinha um corpo realmente muito bonito, podia-se dizer que fora esculpido perfeitamente, seus cabelos longos e loiros contribuíam para deixar o conjunto perfeito. Ela também pode reparar nos olhos da Park, e percebeu o quanto estavam cansados. Podia ser apenas por sono, mas levando por toda a situação em que se passava, Sana já sabia que não era apenas sobre aquilo. Afinal, estavam em uma guerra, guerra esta que já tinha acabado com a vida de milhões de pessoas. Sana queria que tudo aquilo acabasse, mesmo não tendo ideia do tamanho da destruição que os japoneses haviam causado contra os coreanos.
- Onde você aprendeu a falar coreano, Sana? - Jihyo interrompeu os pensamentos da ruiva - você chega aqui, e simplesmente fala como de fosse daqui.
- Eu aprendi quando era criança. Desde muito cedo eu aprendi a falar várias línguas. Meu pai sempre quis que eu saísse do Japão, talvez ele já soubesse que isso iria acontecer... - Sana lembrou no mesmo instante dos momentos com seu pai. Mesmo tendo pouco tempo com o Minatozaki mais velho, sempre teve lembranças boas com ele. Lembrava de certa vez em que ele lhe levou para os Estados Unidos quando ela era pequena, tempos em que até tinha feito uma amiga lá, com quem perdeu contato quando voltou para o Japão. Porém depois disso, ele foi "convidado" a sumir de vista, ou então seria morto por milícias do governo japonês. Desde então, Sana não possuía notícias do seu pai.
- E ele sumiu, não foi? - Perguntou a park, como se aquilo fosse algo normal.
- Sim. Eu não tenho notícias dele há 16 anos, só as lembranças.- respondeu. - E os seus?
- Prefiro não falar sobre isso. - respondeu a mais nova. - Não é algo ideal de se dizer agora.Bem que elas poderiam continuar aquela conversa, mas naquele exato momento Dahyun entrou no cômodo para examinar Sana. Ela já esperava que Jihyo estivesse ali, já que antes de ir para lá havia perguntado para seus assistentes se haviam visto Jihyo indo embora.
- Bem, como vocês estão?
- Estamos ok. - respondeu Jihyo, olhando para Sana vendo a mesma assentir.Depois disso foi aquela coisa normal de médico e paciente. Jihyo assistia a Kim fazer alguns exames de rotina na Minatozaki, não sabia o porque de não conseguir sair daquele quarto e fazer o que normalmente estaria fazendo no seu dia-a-dia. Algo a prendia alí, e ela não sabia o que era, mas apenas continuava com seu olhar curioso para a Japonesa e para a Kim.
-Bem Sana, você está bem agora. Vendo o quanto você estava perto da explosão, é incrivelmente rápido o tempo em que você se recuperou. - Falava a Kim, enquanto escrevia algo no papel que estava em sua prancheta. - Porém você ainda terá que continuar em repouso, não é ideal que você já saia.
- Certo, doutora Kim. Mas... como Momo está?
- Ah, a sua amiga? - disse Dahyun, vendo Sana assentir. - Ela está bem, não teve tantos efeitos quanto você, Sana. Inclusive... ela gosta de falar bastante né?
- Sim, doutora. - Disse Sana, enquanto dava umas risadas que levantaram seu ânimo. - Logo você se acostuma, ela é desse jeito desde pequena.Depois daquilo Dahyun se despediu das duas e saiu, afinal, teria ainda muito trabalho para fazer. Jihyo teve que fazer o mesmo, porém prometeu a Minatozaki que a visitaria enquanto ela estivesse naquela cama. Jihyo caminhava para a saída e sentia uma coisa estranha dentro de si, não sabia o que era. Mas a mesma sabia que Sana havia mexido dentro de si, porém não sabia o que seria. Park Jihyo estava bastante interessada em descobrir mais sobre a Minatozaki.
Porém mal sabia ela que isso era mútuo.
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Tá certo, eu devo BELAS explicações por esse mês sem att.Mil perdões, gente. Eu tive uns problemas bem sérios de faculdade pra resolver, além de algumas provas, então a fic ficou em um 'hiatus' por quase um mês. Prometo que isso não vai se repetir.
Por enquanto eu vou aumentar o intervalo de att's de uma para duas semanas, mas é algo temporário, juro😭
Não me abandonem. Amo vocês, e até sábado!
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Résistance du Sang •sahyo•
RomanceMatar: foi o que Park Jihyo aprendeu desde pequena, quando entrou no exército de resistência contra a ocupação japonesa. Desprezo e frieza eram companheiros constantes da temida capitã, que guardado dentro de si havia um ódio crescente contra japone...