o perfeito imperfeito

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𝙳𝚒𝚊 01 𝚍𝚎 𝚍𝚎𝚣𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘, 𝚊𝚗𝚘 1943.
𝙷𝚘𝚛𝚊: 22:53 𝚙.𝚖.
𝙰𝚛𝚛𝚎𝚍𝚘𝚛𝚎𝚜 𝚍𝚎 𝙱𝚞𝚜𝚊𝚗

POV SANA

O carro as levava de volta pra o hotel. O caminho era pouco iluminado e vazio, cena certeira para um filme de terror. Assim pensava Sana, enquanto olhava pela janela. A ruiva estava usando um vestido longo na cor preta que conseguia destacar suas belíssimas curvas, as quais pareciam ter sido esculpidas por um Deus de tão perfeitas que eram. Ao seu lado estava Momo, que usava um vestido vermelho na altura do joelho, que junto dos seus longos cabelos pretos formavam uma combinação impecável. As duas japonesas formavam o único resquício de beleza dentro do carro escuro que se encontrava em completo silêncio.

- Sobre a reunião... - Sana tentou falar, mas logo foi interrompida por Momo.
- Por favor, não temos que falar sobre aquilo. Você sabe o que eu penso sobre tudo isso, e vendo a situação que está aqui, me dá mais raiva. - com raiva, disse a japonesa de cabelos pretos - Se eu ao menos tivesse a ideia do que seria o assunto, nós não estaríamos aqui. - de maneira ríspida, completou.

E Momo estava certa. Apesar de ser japonesa, a Hirai desaprovava totalmente as medidas tomadas pelas suas autoridades contra os povos que os mesmos submetiam a tantas humilhações. E o conteúdo que ela teve que escutar naquela importante reunião a deixou ainda mais irritada com essa guerra. E naquele momento, pensar que na frente e atrás do carro que estavam haviam outros que transportavam essas tais autoridades a deixavam completamente puta.
- Eu sei, Moring. - começou a falar Sana, cabisbaixa. - Se eu pudesse, eu espalharia essa informação. Mas não posso, você sabe muito bem o porque. Somos jovens para morrermos tão cedo. Então fica calma, que... -
A ruiva não conseguiu completar a frase, pois logo à frente surgia um imenso estrondo, que fez o carro que estavam freiar bruscamente.

- O QUE FOI ISSO??! -Sana gritou desesperadamente. No banco do motorista, o soldado que dirigia o carro pediu imediatamente:
- Senhoritas, temos que sair do carro agora.
- Mas se saírmos vamos morrer, não é óbvio?!- dessa vez foi a vez da Hirai gritar raivosamente.
- Nós temos que sair AGORA. Ou então morreremos aqui dentro mesmo!

Aquilo foi o suficiente para fazer as duas saírem do carro, juntamente do soldado. As duas olhavam e viam um carro pegando fogo. "Como isso aconteceu?" Pensavam.
Porém as duas não tiveram tempo nem de correr, pois o carro logo à frente acabara de explodir com tamanha força, que arremessou as duas japonesas para longe do carro, as deixando desmaiadas na beira da estrada.

Era naquele momento, que Park Jihyo mostrava sua fúria aos japoneses.

POV JIHYO

𝘔𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴...

- ... vamos recapitular: Jimin, você e Hoseok irão ficar a postos dos mísseis que irão atingir a cabeceira do comboio. 10 homens irão ficar de prontidão com vocês. Nayeon, você ficará a postos com o esquadrão de franco-atiradores. Fiquem atentos ao meu sinal. Jeongyeon, você irá comigo pela linha de frente, junto de 15 homens. Ao seus postos, eles podem chegar a qualquer momento. - bastou aquilo para que todos fossem aos seus respectivos lugares. A capitã se encontrava bem perto da estrada, observando se haviam japoneses por perto.

- E se sobreviver alguém? - perguntou a Yoo. - O que você vai fazer, Park?
- Primeiramente, vamos trabalhar de acordo com o objetivo: sem sobreviventes. Se houver, é outra história, jeong. - calmamente falava Jihyo. - Esse é o plano perfeito, fizemos treinamento por meses. Nada irá dar errado.
- Mas e se der errado? - Insistiu a Yoo
- E por que você consegue ser tão pessimista, Yoo Jeongyeon? - falou Jihyo, arrancando algumas risadas da mais velha, que acabaram sendo interrompidas por Nayeon.

- O comboio está vindo, Capitã. - rapidamente disse a Im
- Quantos? 10 ou 15?
- ...5.- ao terminar, correu para sua área, deixando uma Park Jihyo absolutamente irritada para trás.
- Como esses filhos da puta podem se achar superiores a esse ponto? Só cinco??
- Se concentra na missão, Jihyo. Eles estão chegando. Fique atenta - disse a Yoo, fazendo a capitã voltar a posto.

Era a hora da emboscada que Jihyo tanto esperou.

𝘏𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘰 𝘢𝘵𝘢𝘲𝘶𝘦

Quaisquer fossem os sinais de resistência, Jihyo atirava. Esse era o comando que a capitã havia ordenado aos soldados. Os soldados japoneses que mesmos atordoados tentavam resistir ao ataque, esbarravam na eficiência assustadora dos soldados que os atacavam. Após um tempo ficou impossível resistir a tanta eficiência, e segundo após segundo caíam soldados alvejados pelas balas de fuzil dos soldados comandados pela capitã.

O cenário não poderia estar diferente: destruição total, soldados inimigos ensangüentados e estirados pelo chão, carros que pegavam fogo cada vez mais. Jihyo não poderia estar mais satisfeita com o resultado. Afinal, a emboscada havia dado certo.

- Vamos conferir se há sobreviventes? - Chegando ao seu lado, Jimin sugeria. - Só para ter certeza de que todos morreram.
- Talvez seja necessário, dada tamanha resistência- concordou a capitã.- certo, vá por ali que eu confiro por aqui. - dada as ordens, Jimin foi enquanto Jihyo ia conferir dando uma leve ajeitada em sua arma. E enquanto conferia, algo chamou a atenção da Park: duas mulheres em trajes não-militares, caídas lado a lado, sem qualquer arma por perto. Uma, de longos cabelos ruivos e com um vestido preto, e a outra de cabelos pretos e um vestido vermelho. Pra a situação, aquilo era de bastante estranheza. Principalmente para a capitã, que não esperava que houvessem civis por ali naquele momento.
Porém quando chegou perto, Jihyo acabara de perceber que seu plano não era perfeito.

- ... merda. - falou baixo. - Jeongyeon, venha aqui.
Assim que olhou, a Yoo já tinha noção do que se tratava:
- Civis? O que diabos eles estariam fazendo aqui?! - perguntou surpresa. - espera... Puta que pariu Jihyo, elas são Japonesas!!

A fala de Jeongyeon foi um baque para a Park. Jihyo, além de assustada, percebeu o quanto seu plano havia dado errado. O tal  "plano perfeito" escorria ralo abaixo, e a confirmação que a Yoo daria logo em seguida seria a cereja do bolo da noite de Park Jihyo.

- Jihyo... elas sobreviveram.

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Até próximo sábado!😼🤟🏽

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