002: things of destiny!

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"Acima de tudo, nunca pare de acreditar."-As Aventuras de Pi.

POV Autora

As meninas estavam se preparando pra sair quando ouviram grunhidos vindo do lado de fora, elas estavam em uma cabana no meio da floresta, ela era isolada e não tinha outras por perto, elas não acharam outra casa então aquela foi a única opção delas. Logo descobririam, que além de única, era a pior opção. Elas juntaram suas coisas e saíram rapidamente da casa, mas não o suficiente, os walkers já estavam cercando a cabana e consequentemente, elas. Elas ficaram desesperadas pois não sabiam o que fazer. Eram muitos, elas não dariam conta. Não tinha munições o suficiente, e os silenciadores tinham ficado em uma casa, quando elas fugiram de uma horda. Se fizessem barulho ia atrair mais deles. Elas rapidamente pensaram a mesma coisa: abrir espaço matando os que conseguiam, e correr. Elas se olharam rapidamente, e entenderam. No segundo seguinte, elas estavam matando os que podiam, Sabrina que estava do lado direito atirava flechas e mais flechas matando os que conseguia. Aurora que estava no meio, dava golpes com a katana. Enid estava do lado esquerdo e com a faca ia matando sem dó. Quando conseguiram abrir caminho correram como se a vida delas dependesse daquilo. E realmente dependia. Sabrina corria na frente, Aurora corria atrás dela. Elas estavam muito focada em correr pra perceber que Enid não tinha corrido para o mesmo lado que elas. Mas, foi questão de segundos pra Aurora se dar conta que Enid não tinha ido para o mesmo lado que elas e parou falando pra Sabrina que a Enid não estava ali . Aurora estava desesperada e Sabrina não estava diferente. Elas começaram a voltar, mas viram os zumbis vindo na direção delas e voltaram a correr. Elas não tinham outra opção. Elas torciam para que Enid estivesse bem e viva.

Enid corria na direção contrária das duas meninas , ela também tentou voltar e ir atrás das suas melhores amigas, mas teve o mesmo resultado que as mesmas. Quando ela conseguiu se livrar de todos os andantes, ela parou e respirou ofegante. Continuou caminhando naquela direção depois de alguns minutos, queria muito ir na direção que as amigas tinham ido, mas sabia que era arriscado, quase suicídio. Ela também sabia que suas amigas eram fortes e estavam vivas.

E ali, aquelas três meninas completamente quebradas fizeram uma promessa. Elas se reencontrariam e ficariam juntas novamente, como sempre foi.

Elas não aguentavam mais perder as pessoas que amavam. Mesmo repetindo diversas vezes que Enid estava viva e bem, Sabrina e Aurora ainda, mesmo que no fundo do peito e não fossem verbalizar isso jamais, tinham dúvidas. E com Enid não estava muito diferente.

Sabrina estava morrendo de medo, mas jamais falaria isso em voz alta. Ela só ia guardar aquilo pra ela. Era isso que os Dixon faziam, escondiam tudo que estavam sentindo, sendo frios e fingindo que não se importavam com nada. Mas eles se importavam muito.

Aurora mesmo guardando muita coisa do passado apenas pra si, não tinha medo de mostrar o que estava sentindo. Ela chorava, ficava triste, desesperada, e não escondia isso. Não se sentia fraca por mostrar o que sentia. Essa era uma das inúmeras qualidades dela. Ela estava a cada dia superando seus traumas, mesmo sem nem perceber. Mas ela ainda escondia e guardava muita coisa do passado sombrio dela. Era só isso que a impedia de se sentir leve.

Enid era mais parecida com Sabrina do que pensavam, uma hora isso ia acabar explodindo e isso era algo que Aurora temia. Elas eram fechadas e escondiam os sentimentos sendo grossa. Tudo que elas queriam era superar o passado. Esquecer. Elas se sentiam fracas quando choravam, principalmente na frente das pessoas.

Elas queriam superar, mas ao mesmo tempo que queriam isso, mascaravam os sentimentos. Não enfrentavam os medos. Ao mesmo tempo em que queriam esquecer, era tudo que vinha a mente delas e elas recriminavam aquilo. Não tinha como superar, sem enfrentar. Não tinha como esquecer, mas tinha como aprender. Era tudo que elas tinham que fazer. Botar pra fora e se permitir sentir tudo, que algum dia elas se privaram. Elas tinham que se permitir falar tudo que tinham passado. Elas tinham que se permitir sofrer aquela dor que elas guardaram por anos. Enquanto elas não se dessem conta que estavam quebradas, não ia ter como as consertar.

Aquelas bombas relógios iam explodir, mais cedo ou mais tarde.

E mesmo quem não merecia e não tinha nada a ver, ia se machucar, ia sofrer aquilo junto com elas. Elas não seriam as únicas machucadas. Não seriam as únicas a arcar com as consequências de terem enterrado aqueles sentimentos dentro de si.

Tic tac

Tic tac

Tic tac

Estava tudo em uma contagem regressiva, e quando chegasse ao zero, seria cacos para todos os lados. 

surviving the end| The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora