Refeitório

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Oiiiê!!!
E aí, está gostando?
Espero que sim!
Estou tentando escrever mais rápido para poder postar com menos demora e mais frequentemente, porém como estão longos fica um pouco difícil, maaaaassss... vou dar meu melhor!
Aqui está o terceiro capítulo!

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O dia havia amanhecido e Takira nem havia descansado, passou a madrugada observando as grandes janelas do refeitório. Naomi e Hiroshi ainda estavam dormindo, mas ele continuava ali de pé olhando para o lado de fora e resolvi me aproximar.

Abri a boca mas nada me veio a mente,  então apenas toquei suas costas com uma mão e ele soltou um suspiro ao abaixar a cabeça, então o abracei. Senti suas mão delicadas cobrirem as minhas que guardavam seu peito com o maior carinho. Minha bochecha encostava em suas costas e era um alívio estar com ele nessa situação.

- Eu matei uma pessoa. - ele sussurrou.

- Não, não matou... Não era mais uma pessoa.

- Mas já foi.

- Eu sei, eu sei...

Apertei o abraço, não sabia o que dizer. Tive a sorte de não ter que matar nenhum deles, mas meus amigos não puderam fugir. Mas não é porque não matei ninguém que aquilo não me impactou. Ver as pessoas mais próximas de mim durante minha vida toda serem tão violentas foi simplesmente terrível. Tento não pensar no quanto aqueles contaminados já foram queridos por seus parentes e amigos quando estavam saudáveis, antes do mundo ser envenenado.

Sentia falta dos meus pais, da minha família. Me perguntava se eles estavam bem... ou se eles tinham se tornado parte desses mortos-vivos.

Tentei ao máximo não me encher de pensamentos e foquei no sentimento bom de segurança que aquele abraço me passava.

- Você precisa descansar. - lembrei-lhe.

- Já estou indo.

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  Era aproximadamente uma da tarde enquanto estávamos almoçando e discutindo juntos sobre o que iríamos fazer.

- O refeitório não é um lugar bom para um refúgio, claro que aqui temos muita comida e nossa, como é bom comer quando se está com fome!

- Não é? - Hiroshi respondeu o amigo.

- Mas estamos cercados de vidros, tivemos sorte hoje, poderiam ter sido muito mais contaminados interessados em nos matar, mas não podemos arriscar dessa sorte. A qualquer momento podemos acordar com o colégio cercado por dezenas deles e o vidro pode ser facilmente quebrado, já que eles não se importam com dor ou feridas.

- É verdade. - concordei - Mas para onde poderíamos ir?

- Essa é a parte difícil...

- Então você não sabe se existe algum lugar seguro em que possamos nos abrigar? - Hiroshi perguntou.

- Existir, com certeza existe. Mas não sei onde, nem se é perto. - ele continuou.
Nos mantemos em silêncio e direcionei meu olhar para Naomi, seus olhos estavam arregalados e fixados na mesa, ela mal tinha mexido em seu prato de comida, me preocupei.

- Naomi, você está bem? - perguntei.

- O quê? - notei que ela estava perdida, talvez estivesse distraída em pensamentos aquele tempo todo.

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