Apocalipse Z

Ônibus

2310 PALAVRAS!!!
Desculpem a demora, estava escrevendo esse capítulo que talvez eu tenha exagerado até demais no tamanho, ksksks!
Enfim, estou tentando postar toda segunda e sexta!
É isso, tenham uma boa leitura!
ESPERO QUE GOSTEM!!!

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Paralisada, observava mais e mais contaminados virem de lugar nenhum, mas naquele momento, estava tão surpresa que o perigo não significava nada para mim.

De repente Hiroshi foi lançado em mim e batemos contra o vidro. Caí de joelhos e minha visão estava lenta, mas renovada.

- Gente.

- Tome cuidado, seu imbecil!

- Pessoal. - chamei novamente.

- Você me empurrou, idiota!

- Gente! - gritei com potência.

Takira e Hiroshi seguravam as golas um do outro, porém se silenciaram e voltaram seus olhares para mim. Naomi também cessou seu choro.

Me levantei e apontei para o lado externo.

- Eles, dezenas deles.

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Takira havia dito que dezenas de contaminados viriam, e vieram mesmo, porém não pensamos que seria tão cedo. A gritaria deve ter causado barulho suficiente para trazê-los para perto.

Naomi conversava com Hiroshi enquanto Takira e eu preparávamos suprimentos guardando-os em sacolas de compras reutilizáveis que encontramos na dispensa, não conversamos mas tinha a sensação de que Takira sabia.

Me perturbava ver tanta comida ainda disponível mas não poder levá-las, não havia mais espaço, também não era possível carregar mais bolsas pois seriam pesadas demais e o peso não nos permitiria ter total locomoção. Era realmente uma pena ter que abandonar todos esses alimentos.

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Ao voltarmos para a área principal do refeitório, Hiroshi gritava, chorava, implorava que Naomi ficaria bem, que ela não teria forças para sair e que deveríamos ficar pois alguma hora ou outra os contaminados iriam embora. Não vou mentir, me emocionei, porém o som de vidro quebrando me acordou para a realidade.

Não havíamos notado, mas já haviam grupos em algumas janelas se forçando contra o vidro e um deles... já estava rachando.

- Temos que ir. Agora! - Takira gritou e se direcionou para a porta dos fundos.

- Não! - Hiroshi gritou de volta.

- Hiroshi, por favor... Não temos tempo, temos que ir! - Naomi choramingou com o namorado.

Observei as lágrimas dele pularem para longe de seu rosto por causa da tremedeira, ele suava como uma tempestade enquanto Naomi segurava sua bochecha molhada e sorria gentilmente para ele, mesmo que encontrasse muita dificuldade para tal.

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Saímos pela porta dos fundos e nos mantivemos encostados contra a parede, tentando não fazer barulho algum pois qualquer passo em falso e tudo iria água abaixo.

Falando em água abaixo...

Toom.

Hiroshi deixou as duas sacolas que segurava cair no chão por preocupação com Naomi. Vi as pupilas de Takira encolherem e também os vi notar nossa presença. Descuidadosamente, Takira agarrou as bolsas e fez gestos em pânico para nos mandar prosseguir, mas Hiroshi continuava hipnotizado.