Muito prazer, sou Alex Aiki um menine de gênero fluido, ou seja, uso qualquer pronome (ela/dela/ele/dele/elu/delu). Essa história vai contar sobre como eu fui parar no Japão mesmo sendo o melhor jogador de vôlei do brasil/estado Unidos.
- Pq você vai embora? Vai me deixar por causa da merda de um jogo- O mais velho diz segurando o braço do mais novo em pleno aeroporto- Vai acabar com tudo oque construímos durante esses 8 anos por causa de um jogo? - As pessoas em volta encaravam a cena- Eu te amo, pq você vai me deixar? Vai me dizer que não me ama mais, vai dizer que tudo aquilo foi apenas um de seus joguinhos?
O mais novo puxa seu braço com força fazendo o mais velho recuar.
Alex- Kaio, -Os olhos cinzas do mais novo encara a imensidão azul escura do mais velho- Amar você foi um jogo perdido. -O mais novo diz com a voz embargada de choro-
Então ele se vira e vai atrás do seu futuro, mesmo com lágrimas nos olhos, Alex sorria para as pessoas que o cumprimentava, ele sorria para o mundo a fora e principalmente, ele sorria pq deveria fingir ser forte.
Kaio somente ajoelhou onde estava e chorou, chorou sem se importar com os passageiros que passavam encarando a cena. Ele sabia que tudo tinha acabado, ele sabia que havia feito errado, mas ali, ajoelhado vendo o amor da sua vida indo embora sem que ele pudesse fazer nada, o machucou.
Alex entra no avião e senta em seu lugar. Sempre no vip, era isso que seus sucessores sempre diziam. Agora sim ele podia chorar, não haviam câmeras ou pessoas assistindo. Por algumas horas ele poderia se deixar ser fraco.
O moreno dizia a si mesmo a cada lagrima que saia que aquele término foi necessário. O encerramento desse ciclo foi algo necessário. Mas como enfiar isso no próprio coração? Como fazer seu coração entender que a pessoa que você mais amou e mais apoiou não te amava de verdade, mas ela amava somente ter você, amava ter "posse" sobre você... Ele nunca te amou, era isso que Alex dizia para seu coração na esperança de calar seu choro.
Depois de algumas horas de viagem ele acaba acordando. Resolve olhar suas rede sociais para saber oque rolava e como esperado, os sites de fofoca só falavam que ele estava solteiro agora.
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Legenda: A jogadora(o)(e) mais cobiçado do mundo do esporte finalmenteestá na pista, oque dizem menines? Estãoanimados para saber se rola algo entre vocês e ele?
Era só isso, um bando de gente fútil comentando coisas completamente banais. Não havia um comentário perguntando se eu estava bem ou se eu precisava de um ombro pra chorar.
Por ser o único jogador pan de gênero fluido eu praticamente estava sempre em colunas de jornais, sites de fofoca entre outras coisas. As pessoas não podem ver algo novo que querem comentar.
Sempre morei no Brasil. Aos 3 anos, comecei a praticar esportes. Jogo de tudo, futebol, handebol, basquete, ping pong, skate entre outros. Quando fiz 5 anos foi a primeira vez que joguei vôlei, me apaixonei pelo esporte então decidi me tornar proficional nisso. Com 7 anos as pessoas me chamavam de prodígio. Aos 8 eu já havia sido escalado para seleções grandes e aos 10 eu já competia com times adultos tanto no feminino quanto no masculino. Nunca tive pais presentes, meu pai era delegado nem passava tempo em casa e minha mãe era médica então passava menos tempo ainda. Eu praticamente me criei sozinho.
