Capítulo Quatro

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- Então, você acha que eles virão? - Josie indaga, enquanto percorre os olhos pelas ruas.

- Festa em New Orleans, meu amor. Eles não perderiam. - mexo os ombros, dançando.

As ruas do French Quarter estavam animadas, como sempre. O som do Jazz estava por todos os lugares. Lizzie rodava e dançava, e eu não podia deixar de me questionar como ela ainda estava de pé com aqueles saltos. Josie estava mais comportada, buscando algum sinal da dupla maravilha, e eu, fazia o mesmo, mas ao contrário de Josie, que estava imersa em pensamentos, eu balançava ao som da música, aproveitando o momento.

- As ruas estão lotadas demais, vai ser quase impossível encontrá -los. - Lizzie se aproxima. - Vamos nos separar, qualquer coisa, nos encontramos aqui.

Assinto, e saio andando, perdendo as meninas de vista. Depois de um tempo, avistei os cabelos loiros da Caroline e do meu pai à minha frente, conversando com alguém. Comecei a ir até eles, mas, ao sentir alguém colocando o braço em meus ombros, paro. Reconheci a voz, quando Kai falou em meu ouvido.

- Achei que só veria você em meus sonhos, loirinha.

- Posso quebrar seu pescoço agora, aí você poderia sonhar comigo, e eu me libertava de você por um tempo, Malachai - tiro seu braço de meus ombros

- Sua forma de demonstrar afeto é tão sexy.

- Você é um idiota. - reviro os olhos.

- Então, o que acha de ir beber algo com esse idiota? - fala sério...

- O que te faz pensar que eu aceitaria? -Arqueio a sobrancelha.

- Bom, algo me diz que você estava me procurando por algum motivo, e eu quero saber o porquê.

- Não está em condições de fazer exigências, gatinho.

- Então você me acha gatinho? - Ele me olha com malícia. Reviro os olhos. - Vamos loirinha, você escolhe o bar, eu escolho a bebida, não é um pedido impossível de ser concedido, certo?

Eu tinha que ficar de olho em Kai e tentar arrancar alguma coisa dele. Ambas as coisas seriam mais fáceis com bebida no meio.

- Tudo bem, vamos até o Rouseau's. Espero que tenha um ótimo gosto para bebidas, Malachai.- Começo a andar.

- Vai na frente, loirinha.

Depois de alguns quarteirões, chegamos no bar. Kai pede uma garrafa de Bourbon e vamos para uma mesa nos fundos. Sento no lado oposto da mesa, mas para minha tristeza, Kai puxa a cadeira para o meu lado.

- Não acha que está perto demais?- empurro a cadeira dele, mas ele volta para o meu lado.

- Se fosse por mim, estaria ainda mais perto de você. - ele se aproxima e toma um gole de bourbon - Você é viciante demais para eu ficar longe. - sussurra no meu ouvido.

Me afastei um pouco, e virei meu copo, me arrependendo no minuto seguinte, ao sentir a queimação em minha garganta.

- Então foi assim que você conquistou a Katherine? Achei meio clichê.

- Nunca tentei conquistar a Kat, nunca quis nada com ela. - ele enche seu copo pela quarta vez - Estou totalmente livre para você, Kara. - pisca para mim.

- E o que te faz pensar que eu teria algo com você? - indago, virando meu olhar em sua direção.

- Eu vejo como você fica quando fico perto de você. - Ele aproxima seu rosto do meu.

- Enjoada? - chego mais perto

- Excitada. - ele se aproxima, seus lábios à centímetros dos meus.

Um calor percorre meu corpo e sinto uma vontade imensa de beija-lo, mas minha voz interior me impede de fazer isso, então, resolvo provocá-lo mais uma vez.

- Valeu a tentativa Kai, mas não sou assim tão fácil. - pisco para ele e me afasto, dando mais um gole em meu Bourbon.

- Não sabe o quanto eu gosto de desafios, loirinha. - e sorri para mim.

Não fazia a menor ideia de que horas eram, e meu celular havia descarregado à duas garrafas atrás. Estava tão absorta em nossas conversas que havia esquecido o mundo lá fora, e mesmo sabendo que era meu inimigo que estava sentado meu lado, enchendo- me de perguntas imbecis, eu não estava com a menor vontade de ir embora.

- Kai, o que realmente você veio fazer em New Orleans? - indago.

- Achava que você já soubesse, loira. Passei anos tentando fugir do mundo prisão, e agora que consegui, não tenho a menor vontade de voltar. Só quero ficar em paz em algum lugar, e aqui, parece ser um bom lugar. - ele vira o copo.

- Não acredito nisso. - dou de ombros.

- Deveria, porquê não pretendo sair daqui nem tão cedo. - ele pisca pra mim.

Percorro os olhos pelo bar, e vejo um par de olhos castanhos em mim. Lizzie. Levanto- me e antes de ir em sua direção, Kai segura minha mão.

- Mal posso esperar para o nosso segundo encontro. - ele sorri.

- Acho melhor você esperar sentado, não vai me ver nem tão cedo. - puxo minha mão.

- Foi isso que você disse quando nos conhecemos, e olha só onde estamos. - ele fala um pouco mais alto, conforme eu vou me afastando.

- Tchauzinho, Malachai.

Saio do bar ao lado de Lizzie, a caminho de casa. As ruas já estão desertas, tirando alguns bêbados que perambulam pelas esquinas.

- Então, se divertiu com meu tio sociopata?

- Até que sim, mas não consegui descobrir nada. Ou ele sabe mentir muito bem, ou está dizendo a verdade.

- Tá brincando né? Ele matou minha família, minha convenção, e você acha que ele está aqui só pra beber e curtir? - Lizzie massageia as têmporas.

Dou de ombros e abro a porta de casa. Meu pai está na sala com tio Elijah, terminando uma garrafa de Bourbon, ambos com uma expressão cansada, falando sobre o fracasso da noite, eu, no entanto, estava satisfeita. Subo para meu quarto, jogo meus sapatos e vou para minha banheira, pensando em tudo que aconteceu essa noite.

Por mais que eu negasse, Kai mexia comigo. Ele despertava algo desconhecido dentro de mim, e eu não sabia como lidar com isso. Também não fazia ideia do que ele e Katherine estavam planejando, mas acreditava que uma hora ou outra, iria descobrir, só esperava que não fosse tarde demais...






Oi gente! Desculpem pela demora, fui assaltada e passei um bom tempo sem celular, mas agora estou de volta!O capítulo não ficou muito bom, sorry, prometo tentar recompensar vocês. ❤

ps:. em 600 visualizações, solto um novo capítulo. 🤍

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⏰ Última atualização: Jan 31 ⏰

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