Lua🌙

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Um mês depois

Hoje fazem exatamente um mês que meu pai foi embora daqui. Estou apenas de 7 meses e já estou  sentindo umas coisas estranhas na barriga. Esses dias estava lavando as roupinhas do bebê e tive que sentar de dor na barriga.

Terminei meu cursos de sobrancelhas e maquiagem. Consegui terminar ele a 1 mês atrás. Quando o neném tiver mais ou menos 3 meses eu volto pro morro junto com ele. A uns 4 meses atrás a katrina e kristian veio pra cá ficar comigo pra eu não me sentir sozinha.

Estou aqui na cozinha fazendo pão pra eu comer quando sinto uma pontada muito forte na barriga. Maria, a moça que ajuda aqui em casa estava limpando a área de lazer junto com katrina e kristian. Coloquei a mão na barriga e curvei as minhas costas pra frente de tanta dor que eu estava sentindo.

Lua: MARI-AAAAA - gritei Maria que logo apareceu na porta da cozinha - mee aa-juda tá doendo muito.

Maria: aii meu deus será que é o neném querendo nascer.  Vamo pro hospital minha filha.

Lua: NÃO, eu tô sentindo ele querendo descer, não vai dar tempooo - falei chorando.

Maria: Vamo lá pro seu quarto - segurou nas minhas costas enquanto me dava um impulso pra andar. - vamo pro quarto aqui de baixo que é melhor tabom, é mais perto.

Maria me colocou deitada na cama em posição de parir. A dor que eu estava sentindo era insuportável. Quem fala que parir é uma coisa linda merece três tapão na cara, por que dói pra desgraça. Maria voltou com um tesoura que eu acho que está esterilizada. Um pano enorme. Aiii meu deus eu vou parir aqui.

Quanto mais eu me mexia mais doía. Estava me contorcendo naquela cama, sentindo minha intimidade querer rasgar.

Maria: agora você vai ter que fazer força minha menina, pro seu bebê nascer o mais rápido possível tabom.- balancei a cabeça assentindo e sentindo a dor aumentar.

Fiz o tanto de força que eu conseguia. Quando vi katrina e kristian entrando no quarto. Kristian quando viu caiu desmaiado no chão. Katrina veio segurando minha mão, pois eu estava fazendo tanta força que minha unha estava entrando na palma da minha não

Katrina: calma, respira e faz força tabom, o neném precisa sair daí. - apenas olhei pra ela, eu não estava em condições de responder uma sequer palavra.

Maria: isso garota, já estou vendo a cabeça dele, só mais um pouquinho de força.

Eu não estava aguentando mais, sentia que a qualquer momento iria desmaiar.

Lua: eu não vou conseguir, eu não aguento mais - falei chorando muito.

Fiz muitos força é gritei de tanta dor, mas acompanhado de alívio. Meu filho nasceu. Meu Kael nasceu.

Caí em um choro compulsivo e fui sentindo minhas vistar escurecer.

Um momentinho depois

Acordei sentindo uma mão grande segurando a minha. E fui abrindo os olhos me acostumando com a claridade

Kelvin estava ali segurando a minha mão e olhando no fundo dos meu olhos com suas íris brilhantes.

Lua: voc-e aqui? - perguntei enquanto ele olhava fixadamente pra min.

Kelvin: Maria ligou pro meu pai, e como as coisas lá estão um pouquinho complicado ele mandou eu vir ficar aqui contigo até você voltar pra lá. - balancei a cabeça assentindo.

Lua: Kael. Cadê ele? - perguntei sobre o meu filho.

Kelvin: a enfermeira já está trazendo, ele teve que fazer alguns exames por causa que ele nasceu de 7 meses. - dei um sorriso. Meu filho tá bem. - tem uma coisa pra te falar. Depois que você foi embora eu fiquei sabendo que você tinha ficado com o Zé bonitin né.

Lua: sim, eu transei com ele.

Kelvin: então. Ele era X9, filho do grego. Meu pai matou ele por que ele ajudou o grego a fugir e depois o grego morreu também. Tô te falando por que corre o risco dele ser pai da criança também beleza. - fiz que sim. E ficou um silêncio constrangedor.

Eu transei com um cara que era inimigo, eu transei com um cara que é filho do cara que quer matar meu pai e meu padrinho. Comecei a chorar baixinho pela merda que eu fiz na minha vida. Eu tô rezando pra criança ser filho do Kelvin, pelo menos ele presta.

Eu e ele somos muito novos, e eu sei disso, não estava nos meus planos engravidar com 15 anos de idade. Mas aconteceu, e agora eu nem sei quem é o pai do meu filho. Não sei se é o Kelvin ou se é o Zé bonitin.

Kelvin: não precisa chorar não pô, só tô te falando pra você não criar esperança de chegar no morro e se encontrar com ele. - disse limpando minhas lágrimas.

Vi a enfermeira entrando no quarto com um embrulho no colo, era meu pacotinho.

Enfermeira: aqui está seu bebê - disse sorrindo pra mim e eu devolvi o sorriso.

Lua: obrigada - peguei meu bebezinho no colo e olhei pro seu rostinho. Ele é a minha cara. Tão lindinho. Tão fofinho. - oii meu amorzinho, é a mamãe meu bem. - falei com ele e vi seus olhinhos olhando nos meus.

Seus olhos eram azuis. E seu cabelinho loirinho e bem pouquinhos.

Kelvin: ele é a sua cara Lua - disse olhando pro meu pequeno. - e é muito lindinho também. - dei um sorriso pra ele e veio a moça me ensinar a dar de mamar pra ele.

Ajeitei ele do jeito que a moça falou e coloquei meu seio pra fora e coloquei na boquinha dele, no começo incomoda muito mesmo, mas depois vai ficando uma sensação boa, e aliviante.

Lua: eu vou cuidar de você meu bebê, vou te proteger de tudo e todos meu pacotinho. Mamãe te ama.

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