Complexo Boiporã [✓]

🐰 Maluá

O carro ia muito rápido, e eu estava com medo. Eu quero o daddy. Meu rostinho está todo molhado pelas lágrimas. Kael não parava de chorar, minha cabeça doía muito.

Teve uma hora que o carro freiou de uma vez e eu bati minha cabecinha no banco da frente. O banco era duro.

Percebi que estavamos no meio do mato, em um lugar isolado. Ficamos muito tempo na estrada até que chegamos em uma casa enorme cheios de segurança. Não era um morro, era um lugar isolado e por incrível que pareça era bonito. Será que o Wallas tinha uma casa daquelas?

Abriram a porta do carro e a moça pegou o bebê do meu colo, que até então tinha dormido, mas quando ela pegou ele, ele acordou e começou a chorar totalmente desesperado.

O moço com máscara me puxou com tudo pra fora do carro, e foi me arrastando pra dentro da casa enquanto eu gritava pra ele me soltar. Meu braço agora também doía. Junto com meu corpo que estava latejando.

Nem vi quando chegamos em frente a um lugar feio da casa, abriram uma portinha e me jogaram lá dentro.

Caí de boca no chão e na hora chorei novamente, consegui proteger minha barriguinha. Minha boquinha também sangrava junto com o meu joelho que estava machucado. Aquela sala era suja e fedia muito. E no chão tinha baratas mortas, roupas rasgadas e até aquele trem que as pessoas usam pra fazer sexo.

PRESERVATIVO

Era nojento, eu estou com medo, e se eu morrer. Maluá não quer morrer, Maluá quer viver e ver o bebezinho que está na minha barriguinha crescer.

Na hora vi aquela portinha abrir e pelas escadinhas descer uma moça. Ela já era velha, e feia.

Xxx: olá norinha.

Disse pra mim com um sorriso estranho no rosto. Eu tô com muito medo agora. Cadê o Kael? Pra onde aquela mulher levou ele? Lua vai ficar com raiva de mim, tudo é culpa minha. Eu não cuidei dela direito, e quando meu bebê nascer eu vou ser uma péssima mãe. Eu sei disso. Eu não cuidei nem do Kael direito.
Olhei pra mulher e ela ainda tinha aquele sorriso entranho.

Maluá: quem é você? Me tira daqui por favor .

Xxx: sou sua sogrinha baby. E estou aqui pra fazer da sua vida e da vida do Wallas um inferno.

Maluá: você é a ma-ãe do daddy? - perguntei com a voz meio trêmula por causa das lágrimas.

Xxx: Sim. A melhor mãe que ele poderia ter

Maluá: cadê o Kael? Ele não tem culpa de nada. Onde você colocou ele? Pra onde o levou?

Xxx: O bebê a gente já mandou ir embora pra casa, não queremos nada com aquele pirralho. Nosso negócio aqui é você. Aliás meu nome é Eliane. Sua sogrinha.

O sorriso que ela tinha no rosto era assustador. Eu tenho medo desse sorriso, parece sorriso de psicopata. Será que o daddy não vai vir me buscar. Será que ele não me ama mais?.

Estava chorando e pensando quando vi um homem entrar dentro da salinha que eu estava. Ele tinha uma máscara no rosto, tinha muitas cicatrizes no braço.

Eliane: essa aqui é a putinha do meu filho. A garotinha que ele come, nojento né. - ela disse pro homem e olhou pra min chegando bem pertinho do meu corpo. - e soube que tem um verme dentro dessa tua barriga né. Vai ser legal matar ele.

Maluá: NÃO, MEU FILHINHO NÃO POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO - gritei desesperada. Ela não pode tirar meu bebezinho de mim. Eu quero ser mãe, se ela tirar meu bebê de mim o Wallas e o Thaygo vai me odiar por eu não ter cuidado do bebê direito.

Ela soltou uma gargalhada meio psicopata e segurou com força meu maxilar.

Eliane: escuta aqui sua vagabunda, você vai calar a boca tá me escutando. O seu maridinho matou o meu macho. Ele tinha acabado de me trazer pra casa dele, e vocês foram lá e me tiraram ele. Eu vou acabar com a raça de vocês. Primeiro é você e depois ele.

Não tinham nem lágrimas mais pra chorar, mas eu tenho certeza que o daddy não vai deixar ela matar eu e ele né.

ELA ERA MÃE DO WALLAS.

A mãe dele tinha morrido, e agora tá de volta. Aí meu Deus.

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