És fenótipo de pura beleza.
Agradeço por tua realeza.
Nega de olhos claros e belos.
Os ventos embaralham teus cabelos.Nessa terra vamos ser felizes.
Eu e tu numa sala de reboco.
Sem dualidade nesse barroco.
No urbano somos par de infelizes.Calor do carai, gruda e gostaria.
Frio de sol, vem comigo num lençol.
Água fria neste tempo de puro suorzão.
Dança comigo nessa festa de São João.O sol queima o branquinho de seu sutiã.
A manhã deita no banquinho de hortelã.
As praias feias vão ao Rio de Janeiro.
De onde venho o povo é sempre verdadeiro.Cuscuz paulista é coisa de sulista.
Num é doido esses tais surfistas.
São Francisco que alimente nossa sede.
Nossa senhora que reze e nos ajeite.Cansei dessa desigualdade regional.
Por que sou menos institucional?
Eles vêm e compram um montante.
É muito militante de debutante.Ainda por cima vem um homi que diz ser do povo.
Baitola desse a gente chama é de baba-ovo.
Tem nem açude por nós no sertão.
Umas caixas azul vem de montão.
Se num tem água para que reservatório?
Quem entende essa ajuda de provisório.Minha bela morena de cabelo escuro.
Não venha por essa parte não.
O mato morreu e dizem não.
Meu belo filho de pensamento obscuro.
Fuga da cidade enquanto é puro.Essas moças da cidade são pura frieza.
Das meninas que dancei, só vi indelicadeza.
Quem me dera o valor real da compaixão.
Nega tu és do fundo minha paixão.
Oh nordeste cuide do meu coração.
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Pensamentos (Davaneios)
PoesieVersos e rimas para se apaixonar. Versos e rimas para começar a pensar. Versos e rimas para talvez chorar.