ESCURIDÃO

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A luz do dia entrava receosa 
pela fresta da janela, salpicando meus dedos de dourado.

Estou cansado desta luz cinza
que recai sobre meu rosto!

Mas me sinto estranhamente
acolhido a essa escuridão
de uma vida mórbida. 

Ouço sons vindo de fora, parecem risos,  não consigo distinguir. Há anos anda tudo tão fragmentado. 

Mas sinto que a vida se esvai 
entre meus dedos...
Como se o mundo se acabasse calado...

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