Capítulo 1 • L'école

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Alice Laurent De Lima

Era uma segunda-feira , exatamente seis horas da manhã, dia de aula e eu odiava acordar cedo.
Me levanto e vou ao banheiro fazer minha higiene matinal, tomo um banho para me despertar, logo após visto o uniforme, ele era básico, uma calça preta e uma blusa cinza com uma pequena figura simbólica da escola do lado esquerdo da camisa. Depois de me arrumar pego meu celular e minha mochila e desço em direção a cozinha, acabo encontrando minha mãe sentada em uma banqueta tomando seu chá de toda manhã.

Aqui em casa mora apenas eu, minha mãe Angélica e meu irmão Matteo. Meu pai Alerrandro é separado de minha mãe, ele foi para França quando eu tinha nove anos. Depois disso eu nunca mais eu o vi, ele não entrou em contato comigo, não quis saber de mim, da mamãe e nem do Matteo, meu irmão mais novo de 8 anos. Sim, mamãe teve Matteo logo depois meu pai partiu, ela disse que não precisava do meu pai, que só precisava que ele pagasse a pensão do menino. Minha mãe é uma mulher forte, trabalhadora, independente, não depende de homem, eu a admiro e a amo muito por isso.

— Bom dia, mãe! — digo após descer as escadas de mármore branco, como a neve.

— Bom dia, filha! Está atrasada! Matteo já desceu e subiu para acabar de se arrumar — ela vem em minha direção e sela minha testa com um beijo.

— Não vou demorar pra tomar café, prometo. — sorrio e ela também.

— Bom, você vai com Vitória hoje ou quer que eu a leve? — ela me acompanha de volta para cozinha.

— Poderia me levar hoje? Ela disse que talvez chegará tarde na escola. Ela irá visitar a avó no hospital primeiro.

Vitória Vermont é minha melhor amiga, nos conhecemos na escolinha com 6 anos, agora a mesma tem 17 e mora com a avó de setenta. Dona Sônia não está muito bem, Vitória disse que ela está com um problema no coração, os médicos disseram que talvez ela nem aguente uma cirurgia, estão tentando fazer de tudo para que a mesma não precise do procedimento cirúrgico. Vitória está desesperada, ela tem apenas a avó, seus pais desapareceram após ela nascer, ela não sabe se seus pais não tiveram condições, ou se não quiseram ela mesmo, sua avó nunca falou sobre eles. Já seu avô, morreu quando a mesma tinha 13 anos, não foi nada fácil para ela, agora ver a avó nesse estado grave, está mil vezes pior para a mesma. Vitória não tem nenhum outro parente, não conhece ninguém, além de nós, ela é ainda de menor, me pergunto se Dona Sônia partir, o que será dela.

— Ela melhorou um pouco? — balanço a cabeça em negação despejando minha mochila em uma banqueta, me sentando em outra ao lado. — Céus, como deve está Vitória? — ela diz se sentando.

— Não sei mãe, ela está desesperada, ela não tem ninguém além da dona Sônia — digo em um tom triste.

— Sempre gostei das duas, dona Sônia amava vir aqui fazer pães de queijo comigo enquanto você brincava com Vitória, você praticamente cresceu com elas — ela solta um suspiro.

— Vamos pensar positivo mãe, dona Sônia vai melhorar, ok? — tomo um pouco do café e a mesma concorda.

Minutos depois, acabo de tomar meu café, vejo Matteo descendo as escadas com sua mochila de rodinhas, ele a carrega nas mãos pra que não faça barulho nas escadas.

— Bom dia, Matteo. — sorrio.

— Bom dia, Lice. — ele diz devolvendo o sorriso. Amo quando ele me chama de "Lice".

Me retiro da cozinha indo em direção ao meu quarto, logo entro para o banheiro indo escovar meus dentes, passo um perfume e dou uma arrumada no cabelo.

— ANDA LOGO ALICE, VAMOS NOS ATRASAR! — escuto minha mãe gritar lá de baixo.

Desço rapidamente as escadas indo de encontra a mamãe e Matteo. Pego minha mochila e meu celular encima da bancada.

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