Capítulo 2 - Fogo

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E retirou o tablet da mala e o colocou com cuidado sobre a mesa, exibindo a oferta.

???: Uma oferta do túmulo dele? Não estou interessado, pode pegar e ir embora.

Vincenzo: Matar Carlo, o presidente da União, para tomar a vinícola e a união foi um erro da sua parte. Ele era família, ele era como um irmão para Fábio.

???: Seja qual for sua oferta, não vou assinar.

Vincenzo: Parece uma oferta pra você? Esse é o último ato de misericórdia de Fábio a um homem.

"Veio aqui para fazer um acordo ou me ameaçar?".

"Se assinar agora, não terá problemas".

"Foda-se! Volte para seu país, seu amarelo de merda!". E bateu na mesa.
"Eu joguei limpo para assumir o controle! A família Cassano não tem interesses nesse local. Saia daqui.".

Neste exato momento, foi possível ouvir o barulho de um avião, despejando o que parecia ser pesticida.

"Não vai se arrepender?"

O homem riu. "Me arrepender? A família Lucindo está do meu lado, não tenho medo de enfrentar um conflito."

"O arrependimento é o sentimento mais doloroso na vida, Emílio. Estou aqui para te dar uma chance de redenção. Não vim em busca de guerra."

"Ah, claro, tanto faz, muito arigato. Seu caipira oriental".

Vincenzo se levantou da cadeira, guardou seu tablet e afirmou: "Ah, Emílio. Você vai pagar por desrespeitar meu povo, seu neandertal". Sorriu enquanto se dirigia para as escadas.

"Você me xingou, Vincenzo? O que disse?"
"Por que estão pulverizando pesticida hoje? Nós fizemos isso na semana passada."

Emílio cheirou o próprio braço: Merda! Não está borrifando pesticida.

Vincenzo estava no meio do caminho para sair da mansão; enquanto caminhava, retirou um isqueiro do bolso, abriu-o e girou a roda acionadora de metal em direção ao disparador, lançando-o na grama. Tudo começou a queimar.

Vincenzo entrou em seu carro e começou a se afastar.

Emilio: Espere! O que está fazendo? Está queimando tudo!

Emilio: Volte aqui! Está queimando tudo! Está queimando tudo!

Emilio: Vocês não questionam minha ordem, mexam-se!

Vincenzo observava pelo retrovisor do carro enquanto via a mansão em chamas, deixando um rastro de destruição para trás. Ele avançava pela estrada, afastando-se cada vez mais daquele lugar.

Finalmente, ele chegou ao local do funeral. Vincenzo saiu do carro e entrou na mansão, dirigindo-se ao caixão. Ele ficou ali por um tempo, em silêncio, olhando para o corpo inerte diante dele.

Vincenzo: ..pai.

Em seguida, ele saiu novamente para o exterior da mansão e se aproximou da mesa onde Paolo estava sentado em outra cadeira.

Paolo: Podia ter feito isso antes do funeral, Vincenzo.

Vincenzo: Foi a ultima ordem dele, ele pediu para cuidar disso o quanto antes.

Paolo: Mesmo assim, queimar toda a vinícola foi uma estupidez.

Vincenzo: Ele me disse que eu poderia usar qualquer meio necessário.

Paolo: É, meu pai sempre confiou nas suas decisões,  nunca nas minhas.

Vincenzo: Por que você sempre foi descuidado, você foi contra as ordens dele sobre nao matar mulheres e crianças.

Paolo: Vincenzo, meu irmão. Agora que sou o chefe gostaria que fosse mais respeitoso.

Vincenzo: Estou sempre disposto a demonstrar minha lealdade e respeito a você, contanto que mereça..
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Fim do capitulo 2

547 palavras. Se acharem muito curto os capitulos me avisem que eu aumento.

⏤͟͟͞͞𝘋𝘢𝘯𝘨𝘦𝘳 - ᴠɪɴᴄᴇɴᴢᴏ ᴄᴀssᴀɴᴏ (SENDO REESCRITA)Onde histórias criam vida. Descubra agora