...Eu não quis olhar pra trás, tinha certeza que a pessoa ia me dar um susto só, que não ia me atropelar.
Continuei andando e ouvi o carro chegar perto só que diminuindo a velocidade.
Nessa hora meu coração disparou e eu tinha certeza que eu ia ser sequestrada.
Ou no minimo assaltada.
E como eu reajo muito bem a tudo...
Eu saí correndo igual desesperada.
Ouvi o carro parar
E com toda sorte que eu tenho tinha uma desgraça de uma pedra no caminho e eu tomei um tombo feio. Só não bati a cara pq coloquei a mão na frente.
Ouvi alguém correndo até mim e me pegando no colo.
Eu do jeito que tava desesperada comecei a socar a pessoa igual uma loca.
Lucca - Giovanna para, vou te levar pra casa loca. - vejo ele me olhando direito - caralho tu tá chorando
Na hora que ouço a voz dele eu paro de socar ele.
Giovanna - me põe no chão agora Lucca - falo estressada tentando me soltar dele.
Lucca - para sô, teu pé tá virado tá sentindo não? Eu em, achei que tava chorando por isso
Nessa hora eu segurei no pescoço dele olhando pro meu pé.
Aí já começei a sentir a dor.
Tá vendo como isso é? Nem sabia que meu pé tinha machucado nem sentindo dor tava.
Mas foi ver a merda que começei a sentir.
Giovanna - sua culpa Lucca, você que é um maluco que vai parando o carro perto de uma menina sozinha no meio do nada, por que vc não falou nada? - falei meio chorosa
Lucca - desculpa, não achei que vc ia assustar, achei que vc ia olhar pra trás Gio, desculpas de verdade - ele falou me levando pro carro - vou te levar no médico tá bom?
Eu concordei com a cabeça chorando já que tinha começado a sentir muita dor.
Logo eu já tava dentro do carro dele e indo pro hospital com a janela de trás quebrada.
Giovanna - d.desculpa p.pela j.janela - falei tudo gaguejando e chorando.
Lucca - tudo bem Gio, não tem problema tá, vou concertar a janela depois, agora tô preocupado com seu pé - ele coloca uma mão na minha perna carinhando.
Na hora nem estranhei nada, tava sentindo mais a dor do que a mão dele na minha coxa fazendo carinho.
[...]
Durante todo o caminho a gente foi calado, eu não sabia falar nada pra ele, até me concentrei na minha dor pra não falar nada.
Ele foi o caminho todo com a mão na minha coxa e me levou pro hospital no centro de Minas, não era longe da minha casa, ali eu já reconhecia um pouco tudo.
Quando chegamos no hospital ele parou na porta e saiu do carro.
Eu abri minha porta pra sair e ele logo apareceu já me pegando no colo.
Naquele momento nem neguei só agarrei o pescoço dele e deitei minha cabeça.
A gente chegou, e como ele foi na parte de emergência eu já fui logo atendida.
Foi todo aquele processo né.
Raio X, médico consultando, eu contando a história de como caí, o médico querendo chamar os seguranças quando falei que um louco tava parando do meu lado, mas aí tranquilizei ele falando que o loco era meu amigo e que ele tava lá fora me esperando.
No final eu quebrei o pé.
Sim galera.
Quebrei o pé tropeçando numa pedra.
SORTE NÉ?
sai do consultório com o pé ejessado, com a cara de cú, e numa cadeira de rodas.
Como era particular o hospital, lá eles me emprestaram uma muleta.
Emprestou merda nenhuma, a gente teve que alugar né.
Quando que alguma coisa ia ser de graça? Nunca.
Mas era barato...
Quando saí minha mãe e meu irmão já estavam lá fora junto do Lucca.
O Geovanne olhava de mim pro Luca com uma cara de puto.
Minha mãe com cara de preocupada.
E o Lucca olhava pra mim preocupado.
Ele foi o primeiro a vim até mim.
Só queria conseguir ficar com raiva dele cara, mas como fica com raiva de um moleque com essa carinha? Não tem como.
Ele nem parecia tá com raiva mais por causa da janela.
Quando ele chegou em mim e eu levantei ele já logo me abraçou.
Lucca - desculpa Giu, desculpa, não queria ter feito isso.
Eu não consegui e abraçei ele também.
Giovanna - só desculpo se vc me desculpar pelo vidro.
Peguei o bonde de uma vez né, por mais que ele não tinha feito nada de mais eu tinha que aproveitar a chance.
Lucca - de boa, tua mãe falou que vai pagar mas vai te por pra trabalhar.
Ele falou e eu olhei pra minha mãe e ela só sorria como quem diz " vc fez a merda e vc vai pagar."
O Geovanne tinha vindo até a gente e tava enfiando a mão entre eu e o Lucca pra separar a gente.
Geovanne - sai pra lá corno, tu quase matou a minha irmã mas já deu de encostar nela né - o Lucca me soltou com cara de tédio pro Geovanne e se afastou - bora pra casa perneta, nem vai pra praia nas férias né, semana que vem já tá aí e tu tá com esse trem na perna, tadinha tô sentindo pena não.
Eu olhei feio pra ele.
Giovanna - vai se fuder tá Geovanne - falei brava e virei a cara pra ele.
O Lucca tinha saído de lá mas logo voltou com as muletas me entregando.
Lucca - posso te levar no colo se vc quiser, só até o carro...
Olhei pra ele e sorri, já se vou trabalhar pra pagar o vidro dele vou abuzar dele SIM.
Giovanna - Eu quero, sei nem andar com esse trem aqui.
Entreguei as muletas pro Geovanne pra ele levar pra mim e o Lucca logo me pegou no colo igual noiva e foi saindo comigo em direção ao carro da minha mãe.
Geovanne - vou com o Lucca, ele vai ficar lá em casa só pra amanhã concertar o vidro dele e ele continuar vivo por mais um tempinho
Falou abrindo a porta do carro depois que minha mãe tinha destravando o carro e colocando as muletas, logo depois ele abriu a porta da frente pro Lucca me por lá.
Ele me colocou sentada e arredou meu banco pra trás para a minha perna ficar esticada, e depois passou o cinto em mim, assim que terminou ele me deu um sorriso e saiu fechando a porta do carro.
Continua...
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O amigo do meu irmão
RomanceEm pleno auge dos meus 16 anos, eu resolvo me apaixonar, e o pior, o amigo o meu irmão era o cara... Essa é uma história clichê, porém com um final inusitado. (Estou afim de fazer uma trilogia porém se eu ficar sem ideia pra desenvolver vou fazer 2...