Tokio PD é dos melhores departamentos policiais do mundo e mesmo assim não conseguimos derrubar este fulano... Wilson Bridge, um rei do crime organizado. Preso por roubo, corrupção, suborno e homicídio. Não parece ter nada de especial mas mesmo assim não conseguimos derrubar este louco.
Afinal eu sou Jason Grant, um detetive premiado para aí umas cem vezes por ter derrubado a máfia russa, Carl Rayman (um homicída que teve um "rasto de sangue" enorme)... Tenho uma ótima mira e reflexos, mesmo assim tive de retirar-me á rasca do edifício deste sacana.
Ainda por cima esconde-se á vista de todos, deixa-se ser preso e no dia seguinte tem uma equipa de advogados a tirá-lo das grades. A este ritmo nunca irei resolver este caso, logo este que me foi entregue pelo presidente cara a cara... Está a tornar-se num pesadelo!
Chefe da polícia - Jason, já não era suposto estares em casa?
Eu - Estou a fazer horas extra para ver se resolvo este caso.
Chefe - Vai mas é para casa que dá para ver que não dormes faz tempo.
Eu - Ok, vemo-nos amanhã.
Chefe - Assim terás ideias mais frescas, irás ver.
Então levantei-me, peguei-no meu chapeu castanho escuro com uma faixa preta e no meu casaco até os pés quase da mesma cor que o chapéu e saí do edifício. Entrei no meu carro que, apesar de não ser muito grande, é comfortável e nunca me falhou. Estava meio molhado da chuva leve que estava a cair na rua.
Não tinha verdadeiramente sono então fui a um bar porque estava com "sede", e não tenho que chegar cedo a casa pois já não há uma madame á minha espera lá. Não desde que essa madame me abandonou por estar muito dedicado ao meu trabalho, mas ela não percebia que eu fazia o que fazia por ela... Para que um dia tivessemos uma cidade mais segura para que aí pudessemos ter um futuro juntos. Bem mas há certas coisas que mais vale agarrar agora ou escapam-nos das mãos.
"Outbreak Bar", um dos piores bares que há na cidade, mesmo assim têm a minha meia-bola favorita por isso prefiro arriscar ser esfaqueado do que ir a outro lugar.
Entro dentro do bar. Toda a gente me reconhecem, principalmente, porque o jornal refere-me como o "Detetive da Cicatriz" devendo-se ao facto de ter uma cicatriz situada na minha bochecha esquerda que foi causada num tiroteio nos meus anos jovens de carreira.
O bar é escuro, para o estilo gótico com paredes resvestidas até metade com tábuas de madeira escuras com verniz. Tresanda a fumo que se farta devido a uma mesa cheia de motoqueiros com sinais de gangs, felizmente não do "Crossed Flag" que é o gang do Bridge logo não devem de dar muito problema.
Dirijo-me ao balcão, está lá a Caty. Apoiou-me pelos meus momentos difíceis e nunca passando mais do que uma amiga. É uma das únicas raparigas de jeitos que restam nesta cidade hoje em dia. Tem cabelos azuis, olhos verdes escuros, nenhuma tatuagem e é meia para baixa.
Caty - Então senhor Grant, não consegue dormir outra vez?
Eu - Bem sabes, Caty. Este caso está a dar cabo de mim.
Caty - Será o habitual?
Eu - Sim e acrescenta mais umas pedras de gelo que estou com dores de cabeça.
Caty - Sabes que dormir até faz bem a isso?
Eu - Verdade e é por isso que também acho que não devias estar aqui a estas horas. Não só por ser tarde mas também por ser perigoso.
Caty - Jason, nós já tivemos esta conversa. Eu tenho 29 anos, já sei cuidar de mim própria.
Eu - Tu não conheces esta cidade, não como eu. É perigoso andar por aí sem se saber autodefender!
Então agarrei na bebida e encostei-a á testa. É impressionante o quanto me estava a ajudar, fazia-me sentir aliviado... Como se não houvesse problemas nenhuns...
"Jeitosa, não queres vir comigo e o pessoal para casa. Podemos mostrar-te as obras de arte que temos." Ouvi no fundo.
Eu - Afastem-se dela seus porcos de merda!
O maior deles - O que disseste á cara de cu?
Eu - Eu disse: QUE ME ADMIRAVA COMO A TUA MÃE TIROU ESSA BANHA TODA DE DENTRO DA SUA BARRIGA!
E aí tiraram as navalhas e vieram a correr contra mim.. Peguei no primeiro, o maior, e dei-lhe uma joelhada na barriga seguida de um "upercut"; o que seguia era um magricela e como não tinha peso nenhum atirei-lhe pelo vidro fora e o terceiro parecia ter conhecimento de artes marciais por isso deu mais luta mas quando me foi dar um pontapé derigido á cara peguei num dos bancos do mini-bar e dei-lhe na cara. O último deixei fugir pois já estava cansado demais.
Fui ao meu bolso, tirei de lá o suficiente para pagar os estragos e pus em cima do balcão. Olhei para a Caty bebendo a minha meia-bola.
Eu - Espero que amanhã já te tenhas demitido.
Endireitei o meu chapéu e saí porta fora. Entrei no meu carro e fui embora pensando: "Já chega para hoje...".
Depois de conduzir uns 20 minutos meio sunâmbulo, cheguei a casa. Moro no 4º andar de um prédio a cair ás partes. Tenho sempre que subir as escadas quando chego a estas horas pois o elevador esguincha muito.
Tenho saudades de chegar a casa e ter alguém no outro lado da porta contente por me ver e a dar-me beijos e abraçados... Mas esses dias já passaram e agora tenho que seguir em frente eu preciso disso... A cidade precisa disso.
Ao entrar na minha húmilde casa encontra-se no lado direto uma mesa-de-cabeceira que uso para guardar as minhas chaves e carteira e do lado esquerdo encontra-se um cabideiro onde ponho o chapéu e o casaco.
Vou sempre em frente, passo pela cozinha, escritório e finalmente entro no meu quarto. Não tiro roupa nem nada. Caí na minha cama e adormeço.
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Os dois lados
AksiA história é em volta de Jason Grant, um homem que dedica-se a salvar Tokio enquanto se desenrola uma guerra entre um vigilante mascarado e um grupo de crime organizado. Bem se adoras BDs esta é a história perfeita para ti mas as imagens serão as t...