Pov Brunna:
Cinco dias se passaram desde que eu acordei e saí do abraço da mulher da minha vida.
Se eu estou bem? Na medida do possível... e o possível pra mim é só sobreviver.
Tem cinco dias que não me alimento. Acho que comi uma maçã, uma barrinha de cereal e duas colheres de sopa, todas empurradas pelo Mario Jorge.
Estou ficando na casa dele esses dias. Não quero que minha mãe veja o estado que eu tô, apesar dela imaginar.
Hoje acordei e me pesei 3kg a menos. Meu corpo tem o metabolismo muito acelerado e isso me faz perder peso com facilidade. Estava me sentindo feia e mal.📲 WhatsApp on:
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Depois que eu li essa conversa eu me senti ainda pior. Mario Jorge veio até o quarto e me obrigou a tomar café e comer uma fatia de pão.
Vomitei tudo o que eu comi e comecei a sentir muita tontura. Eu literalmente não parava em pé sem me escorar.
Mario Jorge disse que me levaria para o pronto socorro e eu concordei, sabia que não tinha escolha.
Cheguei no hospital e desmaiei, minha pressão estava muito baixa.
Acordei com minha mãe, Mário Jorge e tia Sil em volta da cama._ O que tá acontecendo que tá todo mundo aqui? Eu tô morrendo? - perguntei assustada olhando pro soro na minha veia.
_ Não minha filha. Tá tudo bem com você. Você só teve um quadro de hipoglicemia, queda de pressão e crise de ansiedade. _ minha mãe me tranquilizava e acariciava meu rosto.
_ Meu amor! Fiquei muito preocupada com você. - tia Sil disse segurando minha mão.
_ Como você soube tia Sil? - eu não fazia ideia porque ela estava no hospital também.
_ Eu liguei pro seu celular várias vezes e Mário Jorge acabou atendendo e me contou que estava aqui.
_ Mario Jorge boca de sabão. Não precisava preocupar a tia Sil, fazer ela vir aqui.
_ Brunna eu já estava preocupada, você sumiu não falou nada comigo.
_ A Brunna é assim mesmo Silvana. Ela está brigada com a Ludmilla, não sei o que tá acontecendo né porque ela não me conta. Mas, foi pro Mário Jorge e ficou lá. Agora tá passando mal, porque ficou sem comer.
_ Não foi culpa minha Mia. Lá em casa eu fazia comida pra ela, mas pra ela comer um pouco eu quase enfiava na garganta dela. - nós rimos.
_ Filha eu preciso voltar pro plantão. Antes do médico te dar alta eu venho te dar um beijo. - Minha mãe era enfermeira e estava de plantão no pronto socorro que eu fui atendida.
_ Tá bem mãe! - dei um beijo na mão da Mia.
_ Mário Jorge, se importa se eu ficar um pouco sozinha pra conversar com a Bru.
_ Tia Sil, eu não tô muito bem pra falar.
_ Bru, relaxa você não vai falar nada se não quiser.
_ Migo, dá um tempinho pra gente por favor.
_ Ok. - Mario Jorge saiu do quarto.
_ Bru, você é como a minha segunda filha. - tia Sil segurou minha mão _ eu não vim aqui pra falar como mãe da Lud e nem te pedir que me conte o que aconteceu. Só quero que saiba que eu tô do seu lado, tô do lado da Lud e estou do lado do amor de vocês.
_ Eu sei. Obrigada por tudo sempre.
_ Bru, eu sei que aconteceu algo e você precisou fazer uma escolha nada fácil. Eu estou vendo o seu estado. Eu tô aqui, se quiser desabafar. Eu não sou só sua sogra, sou sua amiga também.
_ Eu sei tia. Obrigada por tudo.📞 Celular Silvana tocando...
_ Alô! Filha! - escutei tia Sil falando com a Ludmilla pelo telefone e gelei.
_ Tia não fala onde você está. - eu sussurrei baixinho pra que ela não contasse pra Lud que estava no hospital comigo.
Tia Silvana saiu pra falar no telefone.Pov Ludmilla:
Terceiro dia que eu acordo e a Bru não está do meu lado. Estou sentindo um vazio muito grande, uma saudade enorme dela e muita tristeza. Mas, eu preciso seguir minha vida. Se ela não tem certeza do seu amor por mim, eu não vou mais insistir.
Conversei com minha mãe e resolvi ir pra praia sozinha mesmo. Seria uma boa oportunidade pra eu me conectar mais com Deus, descansar, pensar e criar.
Vó Vilma e Luane me ajudaram a arrumar minhas malas enquanto eu fazia tranças no cabelo.
Minha previsão de chegada em Natal é as cinco da manhã.
Meu quarto era vista total pro mar, eu nunca tinha ido pra Natal e estava apaixonada.
Absolutamente tudo o que eu fazia me lembrava a Bru, a comida do hotel, as briguinhas pra ela acordar mais cedo, a vista pro mar, a cama vazia do quarto.
Tudo que eu fazia com ela era muito melhor, mas eu precisava me acostumar com essa nova e triste realidade.
Resolvi descer pra praia, mergulhar e tirar um pouco a energia pesada e depressiva que estava.
Quando eu pisei na água, comecei a chorar. Lembrei dela segurando minha mão quando a onda vinha, ela se sentia tão segura nos meus braços. Eu me sentia tão forte quando eu podia protegê-la, e agora me sinto frágil por não conseguir passar sequer um segundo do meu dia ser sofrer por ela.
Voltei pro hotel e liguei pra minha mãe, ficamos conversando o dia todo. Eu me sentia tão sozinha e desamparada que a minha família toda estava 24 horas por dia a minha disposição.
A tarde fui jogar fut vôlei na praia e depois enchi a cara até pegar no sono.
Acordei com alguém batendo na porta do meu quarto._ Ludmilla! Lud! - aquela voz era familiar mas eu não me lembrava bem. Levantei meio tonta da bebedeira de ontem e abri a porta.
_ Stella?! O que você faz aqui?? - perguntei assustada e surpresa.
_ Oi Lud! Que saudade. - ela me abraçou
_ E aí! Me conta como veio parar aqui? - como assim essa menina tá aqui no mesmo hotel que eu?
_ Foi total coincidência, acredita? Eu tô aqui em Natal tem dois dias e quando eu vi seus stories postando a janela do quarto sabia que era o mesmo hotel. Perguntei na recepção e me disseram seu quarto, que por muita coincidência é do lado do meu.
_ Nossa isso que eu chamo de coincidência hein?!
_ Eu chamaria de destino, talvez. - ela disse rindo. Eu ainda estava em choque.
_ Então, você está sozinha ou a bonitinha tá aqui? - Stella disse em tom de deboche ainda na porta procurando pela Brunna no quarto.
_ Estou sozinha mas agora preciso dormir um pouco, depois a gente se fala.
_ Nossa vai me expulsar assim do seu quarto? Parece que tá com medo de mim.
_ É que eu realmente vim aqui pra descansar sabe?! Mais tarde a gente se fala. - eu disse segurando a porta doida pra fechar.
_ Faz o seguinte, mais tarde eu venho aqui com vinho e a gente curte uma música, conversa.
_ Não sei se é uma boa ideia, devo jogar fut aí eu fico morta. Sabe como é né?!
_ Mais tarde eu volto e não se fala mais nisso. - enfim ela saiu do meu quarto, rapidamente tranquei a porta com duas voltas.
O que será que essa menina tá fazendo aqui? Tem alguma coisa estranha acontecendo.
Que merda de dia! De ressaca, com dor de cabeça, sem a Bru e com essa menina no quarto ao lado. Eu realmente queria sumir....
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.Espero que gostem do capítulo!
Sei q todo mundo quer Brumilla Juntas, mas se não for com emoção eu nem escrevo. 😈
Comentem o que vocês acham que vai acontecer