Pov Brunna:
Eu estava no canto do palco, admirando ela como sempre, e fui surpreendida como nunca. Quando a Ludmilla começou a falar de amor e me olhou, meus olhos se encheram de lágrimas.
_ Brunna Gonçalves eu te amo! Obrigada por me fazer sentir borboletas no estômago. - ouvir ela se declarando pra mim na frente de uma multidão foi a coisa mais emocionante que eu já vivi.
_ Respira Bru, vai borrar a maquiagem. - a Lari segurava em meu braço e dizia no meu ouvido me acalmando.
Eu juntei todas as minhas forças pra não ser tomada pela emoção e foquei no meu trabalho. Eu precisava ser a bailarina mais profissional do mundo pra não me abalar.
Deu tudo certo, o show foi incrível. Desci as escadas do palco me despedindo da Lud com o olhar, já que ela tinha uma coletiva de imprensa e foto com fãs.
_ Brunna! Ela se declarou pra você na frente de todo mundo, ela se assumiu pros fãs. - Lari dizia me abraçando empolgada.
_ A Ludmilla é doida! Eu não tô acreditando nisso! - abracei a Lari e comecei a chorar, toda emoção guardada no palco escorreu pelos meus olhos.
Emily e Cacau também vieram me abraçar me parabenizando, enquanto eu convivia com olhares invejosos da Stella.
Mas, nada me importava hoje. Eu só queria que acabasse tudo logo, pra que eu pudesse ir pra casa da Ludmilla dormir com ela.
_ Brunna! Meu Deus! Eu tô todo arrepiado! - Mário Jorge abria a porta do nosso camarim gritando, pulando e me abraçando.
_ Amigo! Eu não tô acreditando sabe?! Como que ela pode ser assim tão perfeita? Ela me surpreende todo dia! - eu dizia em prantos.
_ Amiga tô com uma sensação ruim, acho que é essa zoiuda que tá carregando o ambiente com o olho grande dela. - ele cochichava olhando pra Stella que estava se trocando e nos olhando de lado.
_ Nenhum olho grande ou inveja vai acabar com a minha felicidade hoje! - eu respondi alto pra que ela escutasse.
_ Vai Bruninha pensando que ela é sua. Ela não é sua, só é a sua vez! - ela debochava.
_ Por que? Na sua vez, teve aliança? Na sua vez teve declaração em público? Ah não, esqueci que nem assumida você foi né bebê?! A sua vez foi só um pente. - ela abaixou a cabeça com ódio, enquanto Mário Jorge piscava pra mim e ria.
_ Brunna quero falar com você! - Alexandre bateu na porta e abriu logo em seguida me chamando.
_ Ok. Depois eu te encontro.
_ Vou te esperar na van, não demora por favor. Quero me desculpar e ajudar a resolver as coisas. - essa frase ele disse baixinho, fechou a porta e saiu.
_ Você não vai conversar com esse cara né?! - Mario Jorge me perguntou.
_ Vou, claro que vou! Quero ver a cara dele me pedindo desculpas, implorando pra eu não contar o que ele fez pra Lud.
_ Será que ele vai te pedir desculpas?
_ Vai, tenho certeza! Vai ser ótimo olhar pra cara dele de cachorrinho que caiu da mudança. - nós rimos.
_ Fica com minha mochila, que eu vou descer lá pra falar com o filho da pu**
_ Você vai assim? Não vai nem se trocar?
_ Não. Vou lá de uma vez pra acabar com isso logo. Vou te ligar do WhatsApp pra você escutar a conversa todinha, pra você rir comigo do Ale me implorando.
_ Liga, liga! Que eu adoro ouvir os bofe choramingando. - nós rimos.
_ Tô indo.
_ Ja vai me ligando de uma vez aí pra ele não perceber - iniciei a chamada de voz com Mario Jorge e coloquei o celular no bolso da frente do short.
_ Bota a jaqueta! - Mario Jorge me deu a sua jaqueta e eu coloquei por cima da roupa, já que eu estava de short curto e topper. A jaqueta era grande e cobria totalmente o short e o celular.
_ Tá bom.
Desci as escadas do camarim, e ouvi a Ludmilla que estava em uma coletiva com jornalistas no palco.
A van ficava no estacionamento que era no início da arena, então eu precisava andar um pouco. Que bom que eu coloquei a jaqueta, o vento da madrugada não estava nada agradável.
Fui me distanciando ainda mais do camarim, o que me dava uma visão total do palco e principalmente dos dois telões enormes. Me distrai olhando meu amor do telão e ouvindo sua voz, que quanto mais eu andava mais baixa ficava.
Voltei a me concentrar na procura da Van, já que haviam muitos carros parados ali e estava um pouco escuro.
_ Brunna! Aqui! - ouvi a voz do Alexandre e vi uma luz que era a lanterna do seu celular. Fui até lá.
_ Oi! - eu disse entre os dentes
_ Entra, aqui tá muito frio. - entrei na van
_ Fala rápido, não posso demorar. Já já minha namorada vai terminar e vamos pra casa dela. - sim, eu enfatizei a palavra "minha namorada", não consegui ver a sua expressão dele já que estava escuro. Mas, ria internamente só de imaginar.
_ Fica tranquila meu amor! Você vai se encontrar com a sua namorada sim - ele disse apertando a minha coxa, automaticamente eu dei uma tapa em sua cara e tentei abrir a porta da van que estava trancada.
_ Abri essa merda agora!
_ Calma Bruninha, nós vamos dar um passeio e assim que a gente acabar você volta pra sua namorava. - ele disse rindo enquanto virava o carro e saia da arena.
_ Abre a porta senão eu vou gritar! - eu disse desesperada.
_ Melhor você ficar caladinha porque não estamos sozinhos, meu amiguinho está aqui e ele não gosta de barulho. - ele disse levantando a camisa e mostrando o revólver que tinha na cintura.
_ Pelo amor de Deus! Me deixa sair daqui. - eu implorava
_ Fica bem caladinha Bruninha - ele dizia colocando novamente a mão na minha coxa, apertando. _ A gente só vai conversar e eu te libero. - sua mão continuava em minha coxa, acariciando próximo ao meu short. Eu chorava baixinho morrendo de medo, desespero e nojo dele me tocar.
_ Por favor tira a mão de mim! - eu pegava sua mão e tirava da minha coxa.
_ Não tá gostando da minha mão? Será que se meu amiguinho te acariciar vai ser melhor? - mais uma vez ele me mostrava a arma.
_ Não me machuca por favor! - eu implorava. E mais uma vez ele colocou sua mão em mim, agora passando pela minha cintura e descendo pelo meu short.
_ A Ludmilla não é boba nada né?! Você é a dançarina mais gostosa do balé. - ele olhava nos meus olhos e olhava pro meu corpo. Me encarou tanto que quase batemos na caminhonete que estava na outra pista.
_ Olha pra frente! - eu pedia. Uma mão sua segurava o volante e a outra continuava na minha coxa. Minha respiração era ofegante, eu nunca tinha sentido tanto medo na vida. Lembrei que o Mario Jorge estava em ligação comigo, ele estava silenciado, mas ouvindo tudo. Na verdade eu nem sabia se a ligação tinha caído ou não, porque eu não podia pegar no celular. Mas, eu precisava tentar algo.
_ Calma meu amor! Eu não vou deixar que nada aconteça com você, pra machucar esse corpinho!
_ Por que estamos passando na estrada dos Bandeirantes? Achei que íamos pra sua casa. - eu tentava dizer a minha localização caso o Mario Jorge ainda estivesse ouvindo a conversa.
_ Não! Hoje eu vou te levar pra um lugar especial! - meu coração estava disparado, me deu uma crise forte de ansiedade e falta de ar, meu cérebro meio que se desligou. Eu ouvia os barulhos a minha volta baixinho enquanto ele pisava fundo no acelerador. Não sei dizer por quanto tempo ele dirigiu, eu estava acordada mas um pouco inconsciente. Me forcei a reanimar quando vi ele entrar em uma estrada de chão. Eu precisava passar mais informações, se é que tem alguém me ouvindo do outro lado.
_ Que lugar é esse? Uma estrada de chão estranha, cheia de coqueiros. Pousada Rio Sul? É aqui que vamos entrar? - eu tentava falar todos os lugares que passamos.
_ Não. Mas já está chegando. Ele dirigiu por mais uns cinco minutos e nós entramos em um sítio. _ Desce! - ele disse quando parou o carro e abriu a porta pra mim.
_ É essa casa de madeira, com estábulo na frente?
_ Isso aí! Agora fica quietinha, você estava melhor caladinha no carro. - ele voltou no carro pra pegar alguma coisa, eu tirei meu sapato e corri desesperadamente pelo quintal escuro do sítio. Quando ele me viu correr, fez o mesmo na tentativa de me pegar, consegui me esconder atrás de uma árvore grande, enquanto eu olhava ele me procurar....
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.É gente!! Eu demorei mas já cheguei com uma bomba. Haha
Mais uma vez peço desculpas pelo sumiço... É aquela coisa né?! Continuo trabalhando escrevendo dois artigos, provas de curso pra fazer, estudando outras coisas e mal tenho tempo de respirar. Mas, hoje acordei inspirada e resolvi escrever. Volto em breve... Mas é em breve msm, só se vocês comentarem aqui sobre a história. Beijosss ❤️