Pov Brunna:
Foi um alívio ter falado com a Ludmilla pelo telefone, ela estava tão desesperada tadinha. Assim que desliguei a chamada compartilhei minha localização com Mário Jorge em tempo real.
Fui guardar meu celular dentro da calcinha, mas acabei me desequilibrando e escorregando nas folhas molhadas de sereno que estavam no chão.
Cai e continuei sentada para que mais nenhuma folha se mexesse, fizesse barulho e aquele psicopata me achasse.
Olhei por entre os galhos da árvore e vi que ele estava se afastando ainda mais de mim na tentativa de me procurar. Ele não fazia ideia de onde eu estava. Respirei fundo e segurei no galho tentando me levantar. O galho da árvore quebrou e com o barulho e a movimentação das folhas eu sabia que ele me encontraria.
Ele se virou, olhando em minha direção. Comecei a correr desesperadamente, mas estava com um sapato muito desconfortável que escorregava muito nas folhas. Mais uma vez eu cai, e dessa vez fui pega.
Ele me puxou forte pelo braço e por mais que eu me debatesse, não tinha força suficiente para conseguir sair._ Bruninha, você achou mesmo que ia fugir de mim?
_ Me solta, seu psicopata. - ele me puxava forte pelo braço, me carregando pra dentro da casa.
_ Se você não me largar eu vou gritar!
_ Vai gritar pra quem? Pros cavalos do estábulo? Não tem ninguém aqui por perto Brunna. Esse lugar foi muito bem planejado. - ele me levou pra dentro da casa, tinha um corredor entramos em um dos quartos. Dentro do quarto tinha uma despensa onde ficavam vários alimentos, e rações de animais. Ele me colocou sentada em uma cadeira e me amarrou.
_ Você planejou tudo isso? A troco de que? - eu perguntava
_ Brunna, eu me apaixonei por você. E eu quero ficar com você. - ele se aproximava de mim, ajoelhando no chão de frente pra cadeira que eu estava sentada.
_ Você tá louco?
_ Brunna, você só precisa de um homem de verdade pra te dar uma família. - ele colocou a mão na minha coxa.
_ Não se aproxima de mim, tira a mão de mim! - eu gritava e o chutava. Ele pegou a outra parte da corda e amarrou bem forte meus pés na cadeira. E mais uma vez, tentou se aproximar de mim, segurou meu queixo e se aproximou seu rosto do meu. Eu ele me beijou no pescoço e eu virava o rosto pro lado e pro outro pra que ele não pudesse me beijar mais. Ele apertou forte minha bochecha, fazendo com que eu ficasse imóvel. Eu comecei a chorar e ele aproximava cada vez mais seus lábios dos meus que estavam totalmente pra dentro. Quando finalmente um barulho lá fora.
_ Fica bem quietinha aqui, senão você nunca mais vai falar com a Ludmilla. - ele levantou a camisa e me mostrou a arma.
Eu sabia que era a Ludmilla chegando, eu sabia que ela viria. Mas, ele estava armado e eu estava morrendo de medo.Pov Ludmilla:
Depois que eu falei com a Brunna, fiquei ainda mais nervosa e desesperada.
_ Gente, e se ele machucar a Bru? Se eu tocar nela? Eu juro que mato ele.
_ Irmã, respira! Segura tua onda porque você vai precisar ter forças para ajudar a Brunna. - Marcos disse segurando minha mão.
_ Tô com muito medo também, mas temos que ser fortes. - Mario Jorge disse.
_ Gente, essa é a pousada que a Brunna disse né??
_ Essa mesmo Marcos.
_ Vamos combinar o seguinte, você e o Mario Jorge entram pela porta da frente e eu entro pela porta ou janela que tenha nos fundos da casa. - Marcos armava o plano.
_ Isso. O importante é ele não saber que tem mais uma pessoa com a gente pra que ele seja surpreendido. - concordei
_ Acho que chegamos! O estábulo está bem ali. - Mario Jorge nos localizou.
_ Abaixa o farol Marcos! Eu desço na frente. - eu disse já descendo do carro.
_ Mario Jorge vai com ela, tomem cuidado. - Marcos disse correndo pra parte dos fundos da casa.A porta da frente estava trancada. Chutei a porta arrombando enquanto a bicha ficou do meu lado olhando.
_ Sapatao é braba mesmo hein?! - Mario Jorge brincou.
_ Se dependesse da boneca aí né?! A gente nem entrava - nós rimos por dois segundos até eu me deparar com a cara de pisicopata do Alexandre.
_ Cadê ela? - eu disse brava
_ Seja bem vinda Lud! - ele disse irônico e eu queria quebrar a cara dele.
_ Onde ela está? - fui com tudo pra cima dele, comecei a dar murros em seu peito.
_ Ela vai ficar bem, se você segurar sua onda é claro. - ele segurou meu braço forte, me olhou nos olhos e com a outra mão levantou a camisa me mostrando a arma.
_ Alexandre, porque você tá fazendo isso? Eu confiava em você. Você jogou fora sua carreira, a troco de que?
_ Ludmilla, eu me apaixonei pela Brunna.
_ Você se apaixonou pela minha mulher?
_ Sim. Me apaixonei, eu amo ela de verdade e quero ficar com ela.
_ Você só pode estar louco né?! Só pode tá sem os seus remedinhos! Você quer ficar com ela, aí você a sequestra?
_ Ela é uma mulher linda, feminina. Ela precisa de um homem, pra fazer um filho nela... - não deixei ele terminar e voei novamente em cima dele, caímos no chão e ele tirou a arma da cintura. Mario Jorge que ate entao estava parado e mudo resolveu ajudar.
Mário Jorge imobilizou a mão que ele segurava a arma, enquanto eu dava murros e tapas na cara dele.
Mário Jorge não conseguiu segurar sua mão por muito tempo, e eu que estava em cima dele o agredindo, senti um aço gelado encostar na minha cabeça.
_ Se você me matar, vai pra cadeia.
_ Eu não importo, desde que a Brunna fique comigo.
_ A Brunna nunca vai ficar com você, nem que você seja o último ser humano da terra. Você é imundo, é nojento. - cuspi na cara dele e ouvi ele destravando a arma, e novamente encostando a na minha cabeça.
Fechei meus olhos com medo de que ele puxasse o gatilho. Ouvi um barulho e abri os olhos. O Alexandre estava cheio de sangue e Marcos com um ferro na mão.
_ Que bom que você chegou irmão! - ele me levantou e me abraçou. Sacudi o corpo do Alexandre que estava desacordado.
_ Mario Jorge, liga pra polícia agora!
_ Irmão, eu preciso achar a Brunna.
_ Vou te ajudar.
Saímos da sala e entramos em um corredor onde haviam muitas portas. Eram muitos quartos e banheiros, pelo casarão antigo.
_ Brunna! Cadê você meu amor! Sou eu! - comecei a gritar por todos os cômodos da casa, abri uma porta que dava para um quartinho que ficavam coisas de montaria. _ Oh Bru! Eu tô aqui.
_ Amor! Me salva! - ouvi a voz da Bru vindo de uma porta a esquerda, conforme eu ia me aproximando sua voz ficava mais alta. Abri a porta.
_ Vida! Eu tô aqui bebê. Acabou! - a Brunna estava dentro de uma despensa que tinha nesse quartinho de montaria. Estava toda amarrada, a desamarrei e a abracei.
_ Amor! Obrigada por vir. Eu tava com tanto medo. - Brunna me agarrava forte e chorava.
_ Tá tudo bem, minha vida. A polícia está chegando.
_ Você tá bem Bru? - Marcos perguntou
_ Aham. - ela disse ainda agarrada no meu pescoço. _ O que aconteceu? Ele morreu?
_ Não amor, nos desmaiamos ele. Ele vai ser preso.
_ Eu não quero ver ele nunca mais Lud. Eu não quero que ele me toque nunca mais. - Brunna chorava muito nos meus braços.
_ Ele tocou em você? Tocou como? Agora eu vou lá e acabo de matar ele. - eu disse me soltando da Brunna e andando pro lado da porta.
_ Irmã, segura tua onda! - Marcos me puxou. Fica aqui com a Brunna que eu vou lá ver se a polícia tá vindo. Vamos resolver isso logo pra gente ir embora.
_ Por favor irmão, eu quero sair daqui. - Marcos saiu e fechou a porta. _ Amor o que exatamente ele fez com você? Tô perguntando com medo de saber a resposta.
_ Amor, ele passou a mão na minha coxa, na minha cintura, quase me beijou. - Brunna me contava tremendo.
_ Filho da put*! - dei um soco na porta e voltei novamente pro lado da Brunna a puxando pro meu abraço. _ Agora você tá comigo, eu te protejo de tudo. Se precisar vou arrumar um segurança pra cuidar de você pelo menos por um tempo.
Por favor, para de chorar.
_ Amor! Foi horrível!
_ Eu sei princesa! Mas já passou e você tá comigo.
_ Não me solta Lud.
_ Nós vamos pra casa assim, coladas. Vamos fazer xixi assim, tomar banho e comer assim. - consegui tirar algumas risadas da Brunna.
_ Sim. Grudadas pra sempre. - respirei aliviada em ter a Brunna em meus braços.
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.Olha quem voltou 🙈
Eu sei que eu sumi gente, mas tô mudando de cidade e com muito trabalho pra fazer. Sorry!
Espero que gostem, capítulo grandão. 😁