As aventuras de Harry Potter

Homem de duas caras

boa leitura⚡

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Harry entrou naquela sala observando a pessoa que estava lá perplexo.

Quirell.

-Professor? -Harry estava um tanto quanto chocado.

-Me perguntei se te encontraria aqui Potter...

-Mas como? Pensei que Snape...

-Ah claro, tão fácil colocar um alibe fiel a ele andando por aí como um morcegão e ainda ter aquela paixaozinha idiota de escola por Lilian, patético. Acham mesmo que iriam desconfiar do c-c-coitado do ga-gaguinho do P-Prof.Quirrell?

Harry já não sabia mais o que pensar, o que estava acontecendo ali?

-Ele, ele tentou me matar! -Harry disse baixo mas o suficiente para Quirell ouvir.

-Te matar? -ele deu uma risada de escárnio -Ele pode odiar seu pai, mas te matar, acho que ele não iria querer te ver morto para depois ser assassinado dolorosamente por James Potter... Ele tentou te proteger no jogo de quadribol, aliás agradeça a Granger por me derrubar da arquibancada, Snape estava fazendo um contra feitiço.

-Snape tentando me salvar? -Harry nem se preocupava em esconder o choque e pânico que estava tentando o consumir, ele agradecia por seus amigos não estarem ali com ele em perigo.

-É claro Potter, por isso ele quis apitar o próximo jogo e evitar que eu conseguisse fazer algo contra você. Aliás, corajoso correr a noite no dias das Bruxas e lutar contra meu Trasgo.

-O senhor que o trouxe? -as perguntas estavam sendo idiotas naquele ponto da conversa, mas ele estava ganhando tempo para que, com sorte, Hermione conseguisse mandar uma carta para Dumbledore.

-Tao ingênuo, tenho facilidade em lidar com trasgos, a ceninha no salão fazia parte do meu papel, pena que naquele momento Severo já desconfiava de mim foi direto ao terceiro andar para me afastar e não só o meu trasgo não conseguiu matar você de pancada, como o cachorro de três cabeças nem sequer conseguiu morder a perna de Snape direito.

-Como? -O professor entendeu qual era a pergunta do menino e logo respondeu sem se importar com tempo ou não.

-Eu era apenas um menino Potter, quando fui selecionado para a Corvinal. Eu não era muito aceito pelos meus colegas de casa e não fazia tanto esforço pra isso também, sofri muito bullying deles, a sorte deles é que hoje não me importo mais com isso, era muito inteligente e muito tímido também, e tudo isso não durou apenas na época de Hogwarts, aconteceu até depois da escola -ele narrava enquanto Harry ouvia e ao mesmo tempo procurava um modo de sair dali vivo -Eu tinha que provar para as pessoas do que eu era capa, que não era aquele garoto deslocado e tímido que todos viam e conheciam, ou achavam que conheciam. Nesse tempo que queria me mostrar como um grande bruxo alguns passos me levaram a arte das trevas, muito interessante por sinal e que abriam portas para o meu maior desejo. Dumbledore nunca duvidou da minha inteligência, claro, e mais pra frente me contratou como professor de estudo dos trouxas. Pouco antes de você chegar Potter, tirei um ano sabático para mim mesmo e nesse tempo viajei para me especializar mais nas artes das trevas que tanto me interessaram, era isso que todos achavam. Na verdade meu real objetivo foi ir atrás de encontrar o que restou de Lorde Voldemort depois que perdeu sua forma física na casa de seus queridos pais a anos atrás, posso te adiantar que tive muito sucesso em minha busca.

Harry sem nem perceber estava sem ar, as mãos suando como nunca antes e guardando todas as informações caso saísse vivo disso tudo.

-Se eu conseguisse achar o resto do Lorde das Trevas eu conseguiria tudo o que mais queria, glória da fama e poder, ninguém jamais me ridicularizaria novamente. Ouvi boatos sobre a Albânia e fui direto para lá, o encontrei muito enfraquecido mas ele me disse algo que concordei totalmente por ser a realidade, você deve ouvir isso também Potter : não existe o bem ou o mal, mas apenas o poder e aquele que é fraco demais para conquista-lo.