❝Café Palaci parecia um estabelecimento como qualquer um.
Foi isso que Clint Barton pensou quando entrou no local, acompanhado de Steve, tudo indicava isso até que seus olhos pousassem em uma garçonete.
Louise Havilland parecia uma funcionária comum...
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❝ Neste momento, eu não tenho vergonha De estar gritando a plenos pulmões por você Não tenho medo de enfrentar isso Eu preciso de você mais do que gostaria Preciso de você mais do que gostaria ❞ Shameless, Camila Cabello
PELA DÉCIMA VEZ, LOUISE SUSPIROU. Mas não de cansaço ou anseio, somente de frustração. Não sabia se era por causa da mancha no balcão, que não queria sair, ou pelo fato de Clint estar sentado em uma das mesas conversando com Beatrice, que limpava o chão, e uma vez ou outra soltava uma risada de algo que ele falou.
Desde o ataque que a moça sofreu, Barton ia todo dia no café, no final do seu expediente, para esperá-la. Ela gostaria de saber quem tinha passado sua escala a ele, tinha sua suspeita de ser Bea, mas não gostaria de acusá-la sem provas.
Toda vez que saia do trabalho, encontrava com ele, que ficava a esperando no lado de fora e a seguia até chegar em casa. Nos primeiros dias, tinha o parado e pedido para não fazer mais, porém, ele continuou fazendo. Então Louise o ignorava até chegar no seu prédio.
Parou de limpar ao notar que nada tiraria aquela mancha, deixou o pano de lado, apoiou o cotovelo no móvel e depois o queixo na mão, observando a cena que acontecia a frente, porém sua mente estava longe. As coisas estavam calmas, não recebeu mais mensagens ou visitas indesejáveis, o que não era um problema já que não gostava de não ter controle.
Estava tão perdida em seus pensamentos que nem notou que Barton tinha saído de seu lugar e parado na sua frente, com um sorriso arrogante, o que a irritou.
— Pensando em mim, Marrentinha?
— Como você convive com seu ego, Senhor Metido?
— Estamos na fase de apelidos? — A garçonete revirou os olhos com as palavras do arqueiro. — Sério, o que está ocupando sua mente?
— Eu quero saber o que você quer — interrogou diretamente. — Por que vem no horário que acaba meu turno? E quem foi que passou meu horário de saída para você?
— Não estava esperando tantas perguntas.
— Eu espero todas as respostas — Louise se inclinou para frente, fazendo seu rosto ficar bem perto do vingador. — Então?
— Já te disse nas outras vezes que perguntou: achei melhor te acompanhar até sua casa por causa do ataque que sofreu — respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Agora quem me passou a informação, isso tem um preço.
— Não.
— Mas nem falei o que é.
— Além disso, você quer que eu acredite que é somente para me proteger que está sendo tão legal?
— E se for... E se não for? — Soltou a resposta enigmática antes de deslizar seu dedo no balcão.
Aquelas palavras a irritaram e mesmo que o modo que a olhasse fizesse surgiu um friozinho na sua barriga, fazia também querer enforcá-lo, era uma mistura de sentimentos e não sabia qual deles era mais forte.
