Run boy Run | 𝑤𝑜𝑙𝑓𝑠𝑡𝑎𝑟

Capítulo 10 - No time to Die

Avisos: Sangue, uso de armas e violência.

Notas: Eu peço desculpas para quem acompanha essa fic aqui, eu estava com um bloqueio bem grande para terminar ele e ainda não estou 100% satisfeita. De qualquer jeito, espero que vocês gostem.

A música é No time to die, da Billie.

Marlene sempre protegeu seus amigos. Ela sempre sentiu que essa era sua missão, uma vez que não conseguiu fazer isso com sua família de sangue.

Seu pai morreu no mar quando ela tinha 4 anos. Logo depois voltou para Londres, para viver com sua avó, quando perdeu sua mãe para a depressão.

O sentimento de inutilidade e impotência floresceu nela na mesma velocidade que ela perdeu o senso de realidade. Não fez nenhuma amizade quando entrou na Academia Beauxbatons aos 11 anos. Aos 12 anos, sua avó tinha a inscrito em todas as oficinas possíveis, com a intenção de ajudar.

- Corpo ocupado é cabeça sã.

Dizia ela. Mesmo assim, Marlene fugia das aulas e se escondia no bosque atrás do estádio de futebol. Foi em uma dessas fugas que ela o conheceu: Sirius Black, a estrela do futebol. O garoto mais lindo da escola, mesmo aos 13 anos. Todas as meninas se derretiam por ele.

Marlene deu dois chutes na sua canela quando se conheceram. Ele se jogou no chão e rolou pelas folhas secas, berrando.

- Ninguém vai te ouvir aqui, idiota. Ninguém vem aqui.

Sirius ficou estático, olhou ao redor, percebeu que de fato a garota loira estava certa e se levantou. Ele riu, limpou as folhas do uniforme e colocou sua mão nos bolsos.

- Então por que você vem?

- Talvez porque eu goste de ficar sozinha.

- Mas você já fica sozinha em qualquer aula.

- Exatamente o que eu disse, porque eu gosto.

- Uhm, acho que não… - ele cutucou a boca com o dedo indicador - acho que você só é muito insuportável e dá essa desculpa.

Marlene escancarou os olhou e foi chutar Sirius nas canelas de novo, mas ele foi mais rápido e correu, rindo, em direção à escola.

Dois dias depois, ele voltou, acompanhado de uma garota ruiva, Lilian Evans. Ela o empurrou em direção a Marlene, que os olhava mal encarada.

- Desculpa por te chamar de insuportável. - ele olhou para trás, para Lily, que sinalizou que continuasse - Acho que você é uma pessoa bem legal.

Lily sorriu e Sirius bufou, com as bochechas vermelhas. Marlene revirou os olhos.

- Eu gosto daqui. Tem umas flores mais lá atrás que, pelo que eu sei, são venenosas. - a garota ruiva falou quebrando o silêncio causado pela falta de resposta de Marlene.

- Onde? - os outros dois perguntaram juntos na mesma hora. Lily riu e os levou mais fundo no bosque, onde encontrariam o que parecia uma mistura de rosas com copos de leite, na cor laranja. Marlene arrancou uma pétala escondida pensando em fazer um chá quando chegasse em casa.

Mas depois da aula ela foi jantar na casa de Lily, com Sirius. No dia seguinte eles sentaram em trio na aula. Na semana seguinte, as garotas assistiram o treino de futebol. E a pétala envenenada murchou no fundo da sua mochila.

Marlene sempre protegeu seus amigos. Por isso demorou para se acostumar com James. Depois que Lily e James terminaram, Marlene marcou seu nome com ódio. 

Não foi assim com Remus, no entanto. Na verdade, ela o adorava. Ele era espirituoso, sua personalidade transbordava de qualquer coisa que fizesse. Ele fazia muito bem para Sirius, o mantinha longe de casa, relaxado... provavelmente pela quantidade de boquetes diários.