Capítulo VII

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Capítulo especial para as minhas mamães leitoras. Feliz dia das Mães!

                                           Sasha Dmitriev:

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                                           Sasha Dmitriev:

— Você está satisfeita agora? – Perguntou Nalla cruzando os seus braços e me encarando furiosamente, ela achava que eu tinha medo dos seus olhares, estava muito enganada, pessoas mais ruins do que ela tinham me ensinado o que é ter medo e minha irmã além de ter uma péssima fama, ainda era a mesma mulher pequena que me colocava para dormir durante as noites de tempestade. — Isso é extremamente sem graça. Está estragando todos os meus sonhos de ver você entrando linda pela nave da igreja. Por que você não pode usar o maldito vestido que Hans fez? Eu o guardei por nove anos e ele está apenas esperando por você. Você e Ivana conseguem acabar com todos os meus sonhos, uma se casa de preto e a outra com um vestido sem graça, isso é tão injusto com a minha pessoa. Suas irmãs ingratas.

— Porque eu não sou mais a Sasha que usaria um vestido como aquele. – Respondi virando-me e pegando os sapatos que estavam ao meu lado. — Estou satisfeita com esse modelo, muito obrigado por tê-lo conseguido com tanta rapidez irmã, se as pessoas não lhe conhecessem diriam que você daria uma ótima casamenteira. Agora eu gostaria de ter um momento de privacidade, quero fazer as minhas últimas orações.

— Lhe esperarei no hall. – Avisou ela saindo do closet enquanto arrastava o glorioso vestido vermelho. — Não tente fugir ou serei eu que matarei você e não demore, não é elegante deixar os seus convidados esperando.

— Que convidados? – Perguntei ouvindo a sua gargalhada e a porta sendo batida, ela estava tramando alguma coisa e eu não tinha gostado do seu tom de voz e já não queria mais sair daquele quarto para ir a parte alguma. — Nalla Marino!

              Levantei-me e me encarei no espelho, apesar de simples o vestido era bonito, inteiramente rendado, tinha um pequeno decote em v que estava me incomodando, mas, eu não podia mexer naquele tecido delicado ou eu o estragaria e só me restaria o bolo de casamento. Meus cabelos estavam soltos e a cabelereira tinha tentando de todas as maneiras fazer com que eu usasse pelo menos algo para os ornamentasse, já que eu tinha preferido me casar sem um véu, não era uma mulher pura para me casar usando véu ou até mesmo branco, mas, sabia que minha irmã não abriria mão daquilo e eu não iria entrar em outra discussão com ela por conta daquele casamento, conseguir outro vestido já tinha sido um suplício e se eu quisesse mudar a cor ela me mataria com uma das suas amadas adagas.

              Peguei o buque de rosas brancas onde a minha medalha de São Nicolau estava enrolada e suspirei firme apertando-a entre as minhas mãos.

— Por favor me proteja nana. – Sussurrei em russo como uma clemência, sabia que ele teria me renegado se fosse vivo, mas, eu precisava saber que ele estaria me protegendo para continuar com aquilo, pois, morrer parecia tão fácil, eu apenas teria que me entregar para a Bratva e toda aquela sujeira e solidão terminariam, porém, eu não teria coragem de fazer aquilo com Nalla, ela sofreria mais do que qualquer pessoa a ter que assinar a minha sentença de morte e o seu coração não aguentaria mais aquela perda, ela já tinha perdido muito ao longo de todos aqueles anos e por mais que parecesse uma mulher forte que não se abalava por nada, eu sabia que por dentro ela era apenas a doce Nalla que amava tocar piano e brincar com as suas preciosas bonecas de porcelana. — Por favor, não me deixe sucumbir nesse momento. Se não quiser fazer isso por mim, faça por Nalla, a sua preferida, pois, eu não quero magoá-la novamente.

Eterna Prisão - Livro 4 - Mulheres da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora