4. Not A Fake

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DANIEL

     Quando penso na aposta que Tom me fez, me dá muita vontade de matá-lo. Principalmente porque perdi e tive que instalar um aplicativo de relacionamentos por um mês. Eu não tenho nem redes sociais! Não é surpresa que a garota com quem eu venho conversando achava que eu era um fake. Quer dizer, quais as chances? Mas tenho que admitir que estava gostando bastante de conversar com ela, tinha certeza que seríamos ótimos amigos.
         Me encarei no espelho da cobertura que eu morava em Nova York, estava usando uma camisa vinho, uma calça jeans e um tênis preto, a o cabelo levemente bagunçado e a barba por fazer me davam um ar despojado. Com o celular e mãos, percebi uma mensagem de Blair, ela avisava que poderia demorar um pouco, pois teve um imprevisto na faculdade, eu concordei, e disse que estava a caminho do La Pasta, um restaurante italiano muito bom, e bastante famoso em Nova York, onde eles têm várias filiais, nos encontraríamos em uma  localizada próxima a um píer no Hudson. Resolvi que já estava na hora de sair de casa, pois o local era um pouco longe de onde eu morava, e pelo horário, muitas pessoas saíam do trabalho, o trânsito poderia estar um pouco caótico.
       La Pasta era uma típica cantina italiana, mesas de madeira  com toalhas quadriculadas em vermelho e branco, cadeiras de madeira acolchoadas e luzes amareladas, que davam um ar aconchegante ao local, tocava uma música instrumental ambiente e os garçons andavam para todos os lados com bandejas. O local não estava muito cheio, o que para mim seria ótimo, visto que as chances de ser reconhecido seriam mínimas.
           Um garçom logo apareceu, colocando duas taças e dois pratos na mesa, me oferecendo vinho, ou água. Optei pela segunda, já que não sabia se minha acompanhante beberia e eu não estava afim de ficar bêbado sozinho.
              Eu respondia algumas mensagens quando o sino localizado na porta do estabelecimento fizesse barulho,  anunciando que alguém chegou. Levantei os olhos do celular, e logo reconheci a garota, cabelos loiros curtos com as pontas repicadas, lhe dando um ar despojado, olhos castanhos, e pele clara, ela aparentava ter uns 10 cm mais baixa que eu, usava um vestido vermelho com estampas brancas um pouco acima do joelho e uma sandália preta com um salto baixinho. Ela conseguia ser mais bonita pessoalmente. Blair passou os olhos por todo o restaurante, antes de encontrar os meus, levantei as mãos, acenando para que ela viesse até mim, a garota ainda parecia um pouco abismada.

- Eu tenho que admitir, estava preparada para fugir de algum louco hoje - ela falou, quando chegou perto de mim.
- Oi para você também! - falei, e nós dois rimos, me levantei para cumprimentá-la com um aperto de mãos, e indicando o local para que ela sentasse.
- Com licença, os senhores gostariam de fazer os pedidos agora? - o garçom, vendo que minha acompanhante tinha chegado, voltou a se aproximar com seu bloquinho de notas.

        Confirmamos e fizemos nossos pedidos, ravioli com camarão ao molho branco e vinho tinto suave para acompanhar. Logo o garçom se afastou.

- Então, o que Daniel Radcliffe faz em um aplicativo de relacionamentos? - Blair  perguntou, mas esperei o garçom trazer nosso vinho, com a garrafa já aberta, ele serviu as duas taças, agradecemos e ele voltou para perto de onde acredito ser a cozinha.
- Perdi uma aposta com um amigo, e tive que instalar por uma semana - finalmente respondi, fazendo uma careta - e já que tocamos nesse assunto, você foi a única que achou que meu perfil era fake - ela riu.
- Claro! Eu acompanho seu trabalho como ator, e sei que você não usa redes sociais nem nada do tipo, no mínimo, achei que era algum maluco.
- Você acompanha meu trabalho?
- Harry Potter fez parte da minha infância, claro que eu sei quem você é! - foi minha vez de rir, é sempre interessante se encontrar com fãs.
- Mas e você, por que está naquele aplicativo?
- Eu passei por um término difícil, a dois meses, minha amiga achou que era hora de seguir em frente - suspirou, tomando um gole do vinho - então, minha amiga instalou no meu celular e fez meu perfil.
- Eu sinto muito - falei, eu sabia como era passar por um término difícil de superar, a garota sorriu fraco, agradecendo.

       Nossa comida chegou e seguimos conversando sobre tudo, parecia que éramos amigos de longa data, Blair me contava sobre sua faculdade, perto de terminar, ela falou, em alguns meses iniciaria seu internato em cirurgia, eu contava sobre possíveis futuros projetos, entre outras besteiras, fazia tempo que eu não ria desse jeinão Depois de jantar, pedimos taças de gelato de sobremesa e quando menos percebi, já passavam-se das 22h. Bebemos todo o conteúdo da garrafa de vinho, falando trivialidades, até estávamos um pouco mais soltos.

- Ai, meu Deus! - a garota espantou-se, olhando para o relógio dourado que tinha no pulso - eu tenho que ir para casa! Amanhã tenho aula super cedo.

      Ela já se levantava da mesa, pegando uma carreira em sua bolsa enquanto eu chamava o garçom para pedir a conta. Tivemos uma pequena discussão, eu não queria que ela pagasse a conta, oras, se eu convidei, eu que deveria pagar! Mas ela insistiu, alegando não precisava que homem nenhum pagasse suas coisas, então, acabamos dividindo, pois, ela não cederia tão fácil.

- Vamos, eu te levo em casa - falei, a guiando para onde eu tinha estacionado meu carro.
- Não precisa se incomodar! Eu chamo um uber ou vou de metrô.
- Nada disso! Você mesma falou: está muito a você estar andando por aí sozinha - Nova York poderia ser bem perigosa à noite.
- Mas deve ser muito fora da rota de onde você mora!
- Eu não me importo! Por favor, eu não me perdoaria se algo acontecesse com você, sabendo que eu posso evitar!
- Tudo bem - ela respirou fundo, me seguindo, entrando no carro quando desativei o alarme.

        Não era um desvio muito longe de onde eu morava, Blair morava próximo da NYU, então o local estava sempre movimentado, com festas nas fraternidades e universitários por todo lado, o local onde eu morava era mais residencial, um pouco longe da agitação de NYC. Estacionei ao lado de um prédio não muito alto, aparentava ter uns 6 andares apenas.

- Prontinho - falei, destravando a porta do carro para que ela descesse - entregue, sem nenhum arranhão.
- Muito obrigada! - ela falou, olhando para mim - eu me diverti muito.
- Eu também - sorri - bom, você tem meu número, pode falar comigo sempre que quiser e depois marcamos outra coisa.
- Claro! - ela devolveu o sorriso - eu adoraria ficar aqui e conversar mais, mas eu realmente tenho que entrar.
- Tudo bem - concordei com a cabeça - boa noite!

       Nos despedimos, e eu me assustei um pouco, quando ela se inclinou e me deu um beijo no rosto, tinha certeza que agora estava mais vermelho que tomate, mas gostei. Blair pareceu envergonhada também, pois disse um boa noite e saiu do carro, correndo para dentro do prédio, me fazendo rir Acho que esse será o início de uma grande amizade. Dei partida no carro e saí dali, em direção a minha casa, pensando quando iríamos nos encontrar de novo.

🩺📱🎬
Eu sumo mas eu voltou haha. Gostaria de pedir desculpas pelo sumiço, mas aí está mais um capítulo de Impossible, narrada pelo nosso amorzinho Dan haha ♥️ obrigada a vocês que lêem e pessoa para que não desistam de mim.

⚠️ AVISO ⚠️
Estou em processo de criação de uma nova fanfic, no universo de Harry Potter ela ainda não está pronta, mas aqui vai um pedacinho de sinopse pra vocês:

Ela nasceu em uma família de Comensais da Morte, seus pais não poderiam estar mais orgulhosos e ela, mais satisfeita, o Lorde das Trevas havia designado uma missão para ela. Ela conseguirá executá-la? Ou seu coração falará mais alto?

Essa fic será postada na minha outra conta gryffindors_anatomy, sigam lá pra não perder quando for postada ♥️.

Beijinhos, Bruh

Impossible - Daniel Radcliffe (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora