Capítulo 3

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~Bianca POV ~

Eu queria matar minha amiga. Eu também queria agradecer-lhe. Pesei minhas opções enquanto estava deitada imóvel em uma cama estranha. 

Ontem à noite tinha sido tudo o que ela havia prometido, a comida, a bebida e o karaokê não tinham preço. Luiza deve imitar Katy Perry toda vez a partir de agora, eu sorri para mim mesma recordando suas travessuras. Ela era uma completa maluca; uma explosão total com quem passar uma noite fora e isso era exatamente o que eu precisava.

Mas, então, deu errado. Uma paramédica com quem eu trabalhava e tinha flertado pelos últimos meses, se juntou a nós para uma bebida. Ela era muito sexy. Ela bebeu mais doses do que eu já tinha visto, em tempo recorde. Eu tinha tomado a minha parte também, então quando ela sugeriu que eu fosse para a sua casa virando a esquina, bem, foi praticamente impossível eu não seguir meu tesão. Nós colocamos Luiza em um táxi e a enviamos para casa e depois a diversão começou. Estávamos meio despidas no elevador, nem mesmo à espera de chegar ao seu apartamento. Ela estava em mim no momento em que a porta se fechou atrás de nós. E várias fodidas de nublar a mente mais tarde, eu desmaiei.

Pareci me lembrar de uma conversa sobre esta ser uma coisa de colegas de foda. Nenhum compromisso era necessário. Legal. Eu só esperava que eu não estivesse imaginando essa parte. Merda, eu esperava que eu não estivesse imaginando a bateção na parede também. Eu não sabia que eu poderia ser tão coordenada e tão bêbada ao mesmo tempo. Devo ter imaginado isso, eu deduzi.

Eu sempre fodia a coisa de colegas de foda. Luiza tinha algumas histórias de sucesso, antes que ela desistisse de tudo pela minha irmã, mas eu nem senti pela minha amiga, ou fui perseguida implacavelmente. Porra! Luiza... por que você me deixou fazer isso de novo agora? Claro, eu estive choramingando durante meses que eu precisava transar, eu precisava disso por meses antes que eu sequer começasse a me lamentar, mas isso era uma coisa da faculdade. Eu era uma mulher adulta. Uma profissional.

Olhei lá para a minha colega de foda adulta. Sim, ela ainda era gostosa, mas eu não estava sentindo vibrações de relacionamento com ela. Talvez isso funcionaria. Nós agiríamos como se nunca tivesse acontecido e continuaríamos, ou evitaríamos uma a outra juntas. Eu me senti um pouco mais relaxada... eu deveria agradecer Luiza. Eu agradeceria... oh, porra! Qual é o nome dela? Oh Deus... eu me esforcei para pensar nela em seu uniforme para que eu pudesse ver o seu crachá. Nada veio a mim. Cristo, eu deveria ter escrito. Eu deveria sempre anotar.

Eu nunca fui boa em lembrar nomes. Eu sabia o nome dela – ele viria para mim. Ela estava se mexendo ao meu lado. Maria? Não, essa é a garota da cafeteria...eu acho. Seu braço envolveu em meu peito quando ela se virou no seu lado. Jessica! Olhei para ela novamente. Ela não se parecia com uma Jessica. Era um nome com 'J', com certeza. Janete, Joana, Jamyle, Juliana... Julia...

Aw, merda. Agora tudo que eu pensava era na minha pequena Luz do Sol. Nenhum outro nome me veio à mente enquanto eu me perguntava como ela passou a noite. Ela tinha tomado mais da fórmula do suplemento? Ela tinha dormido? Ela tinha perdido mais peso? Ela estava aconchegada com a sua mamãe agora? 

Minha colega de foda se aconchegou e passou seu nariz pelo meu pescoço. "Você é tão séria de manhã. O que você está pensando?"

"Trabalho, na verdade. Eu deveria ir." Julia precisaria ser pesada e avaliada...

Abaixei-me para lhe dar um beijo depois que coloquei minha roupa, mas ela virou a cabeça. "Hálito matinal." Certo. Legal. Eu não quero provar a mim mesmo e o meu próprio hálito matinal, de qualquer maneira.

Corri para o chuveiro no hospital, gargarejando ferozmente enquanto eu me ensaboava. Me lavar, lavar o cabelo, e acabado. E então eu corri até a maternidade em um uniforme limpo, por cima de uma roupa limpa que eu mantinha no armário do hospital, e cabelos molhados. Minhas roupas de ontem estavam cheirando a bar e uma noitada. Impressão maravilhosa de fazer quando eu queria pegar um novo paciente para o bem.

Dias assim! - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora