Quando o chapeleiro chegou ele foi com o Ches e o Branco para a cozinha, não entendi direito mas eles estavam fazendo um plano de buscas ou coisa do tipo. Eu saio da casa pela porta do fundo e vejo um jardim lindo, ando ate chegar perto das flores, cada uma era mais linda que a outra, e diferente das que eu vi quando eu cheguei nesse mundo, essas não tinham a "vida" que as outras mostravam, eu paro dando uma olhada para o céu, se eu tivesse com o meu celular eu tiraria varias fotos, mas acho que é melhor assim, eu aproveito mais a paisagem.
Eu escuto passos atrás de mim e eu me viro olhando para o chapeleiro que estava atrás de mim, seus olhos claros me observaram dos pés a cabeça, ele estava vestido com um terno com tons de marrom e dourado, era simples e ao mesmo tempo elegante, ele também estava usando um chapéu estilo cartola, ele era parecido com o que eu li no livro, mas ao. Mesmo tempo tão diferente, parecia ter mais ou menos a minha idade, mas o livro existe a tanto tempo ...- você não mudou nada - ele fala e eu me encanto pela sua voz
- são vocês ... agora eu tenho certeza- eu falo me lembrando do sonho- vocês me ajudaram muito quando eu mais precisei. Obrigada
- Você parece já ter se acostumado com tudo isso. Eu pensei que você ainda estaria em um estado de negação
-Eu sempre quis entrar em uma história, não faria sentido eu passar o tempo todo negando invés de aproveitar a oportunidade- eu falo enquanto olho pelo jardim, eu vejo uma flor na sombra, ela estava fechada, eu caminho ate ela e observo mais de perto seu tom acinzentado
- Essa é uma flor especial, ela só desabrocha a noite- ele fala chegando mais perto de mim- vamos entrar ? Eu pre... - antes de ele terminar a frase eu escuto um grito pedindo ajuda
-Você escutou ?- eu falo interrompendo ele
- o que ?
- um grito -eu falo e escuto novamente, parecia ser de uma mulher, eu me viro para a direção de uma estrada cheia de arvores e começo a correr, não sei o porque mas a minha mente me falava para seguir essa voz
Eu continuo correndo e escuto a voz ecoa da floresta, saio da estrada adentrando as árvores, eu paro e tento escutar
-vamos lá, cadê você ?- eu falo sozinha e escuto um grito novamente - CONTINUA GRITANDO, EU TÔ CHEGANDO AI !- eu corro mais e chego em uma clareira
Olho em volta e observo um tipo de visão, uma sombra parada logo na minha frente, eu fico petrificada de medo e a visão some, eu olho para o chão e vejo uma pedra, eu me abaixo pegando a pedra, me lembrava uma ágatha-azul, eu coloco ela na minha bolsa e o solo começa a tremer, eu olho para o céu e ele troca de cor rapidamente, variando do dia e noite, eu dou uns passos tentando fazer meu corpo entender que eu tinha que voltar, mas eu acabo escorregando e caindo no chão, havia uma flor perto do meu nariz, quando eu puxo o ar para meus pulmões eu sinto o cheiro doce das pétalas, minhas pálpebras ficam pesadas e eu acabo cedendo a vontade de dormir, meus olhos se fecham de vez e eu apago .
Eu começo a abrir e fechar meus olhos, indo do sono a consciência enquanto levanto a minha cabeça, eu me espreguiço e em um piscar de olhos o Ches estava com o rosto em cima do meu, seus olhos me encaravam curiosos e eu me levanto devagar deixando essa situação um pouquinho estranha de lado- eu dormi ? Sério ? - eu falo e passo a mão pelo meu vestido, eu olho em volta pela clareira e vejo que os outros 2 estavam mais na frente
- não foi 100% sua culpa, você ficou com sono por causa do cheiro- ele mostra a flor e eu respiro fundo, ainda bem que não foi tudo um sonho, eu começo a sorrir com o meu pensamento
- você tá bem ?- o Chapeleiro fala vindo na minha direção
- estou me sentindo ótima pra falar a verdade- ele da um tapa fraco na minha testa
- Que idiotice foi essa de sair correndo pra dentro da floresta ?!- ele fala com cara de raiva mas seus olhos mostravam tristeza e preocupação- a Alice fez a mesma coisa ... - ele se vira saindo de perto
- tão complicado quanto as cartas - o Ches fala e desaparece, esse é o mesmo dom que aparecia na história
- temos pouco tempo, vamos indo que a donzela é pontual- ele passa muito rapido pela minha frente e quase atropela o Chapeleiro que só não foi arrastado porque se desviou
-Chapeleiro - eu corro ate chegar do lado dele- eu cheguei aqui e vi uma visão, era uma garota ... eu acho- eu falo e coloco a mão na minha bolsa segurando a pedra
- visão ? Isso explica os gritos que só você escutou- ele me olha esperando o resto da história
-ah ... ela estava em cima dessa pedra- eu entrego para ele- o que será que ela quis me dizer ?
- é uma pedra de memória, aqui tem uma copia das memórias de alguém- ele segura a minha mão colocando a pedra com cuidado- quando alguém precisar se lembrar de alguma coisa, essa pessoa pode usar essa pedra e recuperar suas memórias
- Uau ... que incrível - eu seguro mais firme a pedra e a guardo novamente na minha bolsa
- temos que encontrar a Alice, ela deve esta perdida e sozinha- ele parecia tão preocupado que me partia o coração
- eu vou ajudar a encontrar ela, não importa como!
Continua ...
(Ps: já que eu estou usando um Jogo da Genius inc, eu estou utilizando a característica dos personagens de lá e não do livro original ou dos filmes. Mas espero que a sua imaginação faça personagens incríveis assim como a minha sempre que eu leio algo novo. Obrigada pela atenção)
Curiosidade:
Na segunda tiragem, em 1866, ainda que tenha sido impressa em Dezembro de 1865, todos os livros foram vendidos rapidamente, se tornando um grande sucesso, sendo lido ate pela Rainha Vitória. O livro rendeu cerca de 180 mil cópias. Foi traduzida para mais de 125 línguas e só na língua inglesa teve mais de 100 edições.
Em 1998, a primeira impressão do livro (que fora rejeitada) foi leiloada por 1,5 milhão de dólares americanos.
Algumas impressões desta obra contêm tanto As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, como também a sua sequência Alice no Outro Lado do Espelho.
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No País Das Maravilhas
FantasiUma moça trabalhadora, cujo o amor por histórias acabou largando o emprego e virar uma escritora. Quando a fama bateu a porta, ela entrou em um avião e tentou falhamente atravessar o céu, "um coelho", quanto mais absurda a situação mais ela aceitava...