No País Das Maravilhas

17-placas

Olho em volta sem saber direito o que fazer, tudo estava loucamente normal, as rosas estavam em seus ramos de flores e a estrada continuava em seu percurso, mas eu estava sozinha, eu vejo um castelo incrivelmente grande, minha bolsa começa a brilhar e ao abrir o botão, uma carta para de brilhar eu a pego e vejo escrito a frase que foi dita para o chapeleiro "O maior erro é tentar se ter aquilo que mais se ama de volta e sofrer por tentar afastar aquilo que nos faz bem", e em outra carta estava escrito a frase que Ches me falou. Não importa qual seja esse jogo, eu vou conseguir ganhar, começo a andar na direção do castelo e ao chegar na primeira custa eu vejo uma placa " por lá" eu sigo a placa e não demora muito ate eu ver outra " para aquele lado" seguindo a instrução das cartas eu acabo chegando de alguma forma mais perto do castelo, eu procuro por mais placas e acabo vendo uma que estava escrito uma coisa diferente "Bem vindo a festa do chá"

- Chapeleiro ?- eu começo a andar rapidamente pelo local que a placa estava, na história a Alice encontrava o Chapeleiro junto com a Lebre de Março em uma festa do chá- por que tem que ser tão complicado te achar ?

Eu estava com o baralho nas minhas mãos, esperando que elas apontasse para qual lado eu devia seguir, busquei tanto que acabei perdida, o Castelo é o meu ponteiro, mas eu tenho que encontrar primeiro quem eu busco. O Lagarto não me disse que tinha muitas regras, talvez seja isso, seguir sem olhar para onde vai, esperar que os sentimentos te levem para onde deve ir, sempre funciona nos filmes e nos livros, por que não está funcionando para mim? Justo quando eu mais preciso ?.
Eu escuto um barulho de passos e olho em volta, os passos parecem estar vindo de todos os cantos, eu fecho os olhos e tento escutar apenas o som dos passos, estão correndo, eu abro os olhos e começo a correr, sigo em uma curva e outra, passos rápidos e coordenados, ao olhar em volta eu apenas percebo que o castelo estava ficando menor, mesmo assim ainda era visível, quando olho para frente novamente eu dou de cara com um arbusto, era um lugar sem saída, dou um soco na parede de flores e volto novamente por onde eu havia entrado, ao levantar a cabeça eu vejo um homem parado

- FILHO DA ! AAAAAA -depois que eu grito eu paro para olhar mais diretamente, o homem estava com uma terno e uma cartola, de cabeça baixa, ele leva sua mão ate a cartola a levantando e mostrando seu rosto- Chapeleiro ?... - e para completar ele ta de cabelo branco

- Hahaha quase que tu pulou para fora da pele !- ele gargalhava, esse não é o chapeleiro não.. ou é?- você é engraçada, mas eu não estou procurando você, eu estou procurando um gato

- Chape- eu tenho que recuperar as memórias dele, mas como ? - eu... posso procurar ele com você ?

- ah, tá bom - ele sorria, essa versão dele é muito mais animada, me sinto estranha- bom, que tal irmos ate a Lebre ? Ele deve esta conversando com o Lagarto

- ah .. vamos - eu falo e ele anda ate mim segurando a minha mão

- não posso deixar uma bela moça andando por ai sozinha

- Chapeleiro, que horas são ? - ele mete a mão no bolso e tira um relógio Cuco, DO NADA !

- o tempo não faz tic nem tac, estamos no tempo, aqui sempre é ele e ele é eterno- ele joga o relógio por cima da parede de flores

- hã ? ... entendi ... - eu acho, ele começa a andar e eu o acompanho, ele fala varias coisas sem sentido de vez enquando, eu tenho que descobrir como faze-lo voltar ao normal

Continua ...

Curiosidade:

Lagarto: É o humilde servo do Coelho Branco que é empurrado por Alice pela chaminé acima, (no quarto capitulo do livro) e mais tarde é um dos jurados durante o julgamento de um valete de copas (no décimo primeiro capítulo). Esta personagem (Bill), pode ser uma brincadeira com o nome do estadista britânico Benjamin Disraeli, pois uma das ilustrações de Tenniel em Alice no Outro Lado do Espelho retrata a personagem referida como o Man in White Paper (quem Alice conhece como um passageiro com quem partilha um trem no comboio), como uma caricatura de Disraeli, usando um chapéu de papel.