Capítulo 3 - Dor fantasma e o número dos anjos

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𝕍𝕠𝕔𝕖̂ 𝕛𝕒́ 𝕤𝕖𝕟𝕥𝕚𝕦 𝕥𝕒𝕟𝕥𝕠 𝕒 𝕗𝕒𝕝𝕥𝕒 𝕕𝕖 𝕒𝕝𝕘𝕦𝕖́𝕞 𝕒𝕡𝕠𝕟𝕥𝕠 𝕕𝕖 𝕤𝕖𝕟𝕥𝕚𝕣 𝕞𝕒𝕝 𝕗𝕚𝕤𝕚𝕔𝕒𝕞𝕖𝕟𝕥𝕖? - 𝔻𝕖𝕤𝕔𝕠𝕟𝕙𝕖𝕔𝕚𝕕𝕠

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333: comunique-se abertamente e expresse a versão mais autêntica de si.
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Stefano ligou cedo naquela manhã para perguntar a Dayane se poderia levar Sofia para uma viagem que ele faria com os avós da menina e a brasileira não viu problema nenhum em deixá-la ir. Afinal, como havia sido sugerida, precisava reaprender a ficar sozinha.

Antes de entrar no carro, Sofia se voltou para a mãe com os olhos brilhando:

— Promete que vai ficar bem sozinha? - A pergunta deixou Dayane chocada com a capacidade da mais nova de observar seu meio. E mesmo usando a força que não sabia que tinha para tentar passar uma imagem tranquila de si para sua versão mais nova, a modelo não pôde deixar de se sentir culpada por não perceber que sua filha estava começando a ficar afetada por seu comportamento.

Ela sorriu minimamente e assentiu, puxando-a para mais uma abraço apertado. Antes de soltá-la cochichou:

— Prometo, Bubi. Mamma te ama.

— Também ti amo, mamma.

Soltaram-se e a menina seguiu a viagem com os avós e o pai.


Pela primeira vez em sete meses, Dayane não sabia bem o que fazer com seu dia. Apesar de ter fotografado algumas vezes após o término do Grande Fratello, a brasileira ainda não tinha voltado completamente à rotina, a qual já sabia bem, não seria mais a mesma de antes.

Preciso voltar aos trilhos o mais rápido possível ou então isso vai me consumir.

Optou então por ter sua conversa diária com Giulia e em seguida praticar um pouco de coreografias de hip-hop. A ideia de exercita-se, gastar energia e fixar sua atenção em qualquer outra coisa que não sua situação atual a agradou bastante.

Encontrou algumas música no YouTube e começou a praticar a coreografia substituindo alguns passos do coreógrafo pelos que ela mesma criava no mais divertido e genuíno improviso. E assim permaneceu até seu corpo sinalizar que bastava.

Tomou um banho após a prática e se viu novamente na dúvida do que faria em seguida quando seu olhar repousou sobre as janelas de sua sala de estar: o céu apresentava colorações de azul claro, rosa e laranja, indicando que o Sol já havia começado a se por e que, em poucas horas, a noite chegaria.

Um arrepiou percorreu sua espinha com o pensamento juntamente com um profundo calafrio.

Por que passo o dia bem e de noite sou assombrada? Nunca fui do tipo de ter medo de nada... então por que logo do escuro? Por que logo da parte do dia em que há paz, sossego e serenidade?

Dayane sentiu um leve tremor em sua mão, mas o ignorou e logo voltou sua atenção para o apartamento vazio.



— O que há com você? - Andrea contou exatos trinta minutos em seu relógio de pulso e nesse intervalo de tempo Rosalinda apenas andou e andou silenciosamente pela sala de estar sem dizer uma única palavra como se fosse um animal enjaulado.

A pergunta veio em um tom preocupado embora ele soubesse o motivo de tal comportamento.

Há algo de errado... - Ela murmurou tão baixo que o amigo quase não a ouviu. Zenga franziu o cenho.

𝐁𝐚𝐥𝐥𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐢𝐥 𝐝𝐢𝐚𝐯𝐨𝐥𝐨 • 𝐑𝐨𝐬𝐦𝐞𝐥𝐥𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora