Capítulo 8 - Sempre olhe para frente

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___________Meses depois__________

O frio de Santa Catarina as abraçou no momento que mães e filha desceram do avião.
Dayane parou por um momento ao ver a bandeira brasileira tremulando em um mastro a poucos metros de onde estavam, fechou os olhos e respirou profundamente, apenas aproveitando a sensação de estar em sua terra natal depois de tanto tempo.

Como se sente, amor? - Dayane se virou ao ouvir a pergunta de Rosalinda em português e não pôde deixar de se emocionar com o esforço da amada em sempre falar algo, por mínimo que fosse, em sua língua nativa, a qual ela estava prestes a concluir o curso, o qual fazia por aulas remotas enquanto estivesse na América do Sul.

— Muito bem... a saudade, então, parece que fará com que meu peito exploda. - Rosalinda deu um risinho e beijou a curva do pescoço de Dayane.

— Acho melhor irmos andando porque alguém está bem agitada. - Ambas riram do resmungo contrariado de Sofia e seguiram para pegar suas respectivas bagagens.

Após tantos anos vendo placas em italiano, a mente de Dayane demorou um pouco para processar que as informações estavam escritas em seu próprio idioma, no entanto quando o efeito passou, ela não conseguiu esconder a felicidade ao rodar pelo amplo corredor e absorver todas as informações com facilidade por estarem escritas em português.

— Devemos seguir por ali, certo? - Indagou Sofia apontando na direção e Dayane confirmou com um sorriso.

— Sim, piccola. - Respondeu a brasileira e as guiou até onde pegariam um táxi e seguiriam para o apartamento que haviam alugado.

Dayane não havia contado ao pai e nem ao irmão que estava de volta ao País, mas havia contado para sua sogra e cunhada para que pudessem se juntar a elas quando a hora certa chegasse.

Sofia foi alocada em um dos quartos juntamente com sua parte da bagagem enquanto dormia tranquilamente.

Rosalinda e Dayane tomaram banho e fizeram uma leve refeição antes de se sentarem no sofá com a brasileira sentada no colo da italiana e tendo as mãos dessa em torno de sua cintura. Rosalinda depositou alguns beijos na região enquanto aspirava o cheiro doce do shampoo da brasileira.

— Acreditamos que temos muito o que conversar, sim? Digo... temos um casamento para organizar. - Dayane sorriu amplamente e beijou carinhosamente o lado esquerdo do rosto da noiva.

— Sim, nós temos e me lembre de agradecer a sua irmã por me ajudar com os documentos. - Elas riram e a discussão se seguiu por mais horas do que elas conseguiram notar.

                 Meses depois

O casamento de ambas contou com Sofia sendo a daminha de honra, Francesca sendo a madrinha de Rosalinda e com Helena e Giulia entrando em uma eterna disputa para saber quem seria a madrinha oficial de Dayane que, literalmente, deixou que elas decidissem entre si, mesmo querendo que ambas fossem suas madrinhas oficiais.

As famílias Mello e Cannavò haviam, portanto, oficialmente se tornado uma só e o primeiro contato direto entre ambos os lados ocorreu de forma pacífica, embora com algumas dificuldades devido à diferença linguística, as quais foram, temporariamente, suspensas na presença de um juiz de paz, o qual possuía descendência italiana e além de conhecer o idioma perfeitamente.

Tanto Dayane quanto Rosalinda sentiram o clássico nervosismo: haviam passado por muitos obstáculos, os quais poderiam tê-las separado permanente com o mínimo de descuido, mas suas conquistas... as conquistas sem dúvida haviam superado as dificuldades.

E tudo havia convergido para aquele momento no qual suas almas se tornavam uma. Juntas.

A gravidez de Rosalinda estava no sétimo mês e ela não saberia dizer quem estava mais ansiosa para a chegada dos bebês: Sofia, Dayane ou ela própria mesmo que não estivessem em nenhum tipo de competição.

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𝐁𝐚𝐥𝐥𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐢𝐥 𝐝𝐢𝐚𝐯𝐨𝐥𝐨 • 𝐑𝐨𝐬𝐦𝐞𝐥𝐥𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora