PRÓLOGO

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ATENÇÃO: 

Essa história era uma FANFIC postada por mim no passado no fanfiction Nyah

Adaptei os personagens para original e estou repostando com ajustes!

ARTHUR

Sei que na vida temos escolhas e sempre fui julgado pelas minhas.

Tudo começou quando me apaixonei pela mulher errada e com ela tive não um, mas cinco filhos! Desde então, os julgamentos nunca mais cessaram. Alguns dizem que fui inconsequente em meus atos e outros finalizam com um corriqueiro "filho é benção", mas em meu interior habita a certeza de que um propósito maior existe por trás das cinco pequenas vidas que Rachel e eu trouxemos ao mundo.

Quando ela me deixou sem muitas explicações, pensei que o mundo acabaria sob meus pés.

O que seria de mim com cinco crianças totalmente dependentes e destroçadas se eu sequer conseguia me levantar sozinho? Vi no rostinho de cada um uma esperança enquanto me encaravam... A caçula era pouco mais do que um bebê recém-nascido quando passei a ser chamado de "pai solo". Sem dúvidas era o titulo mais temido de toda minha vida.

— Sinto muito meu filho, mas não posso mais! Não posso! — A voz de minha mãe ecoava em minha mente como um alertar claro de que tudo estava ruíndo — Tenho o seu pai e tenho a minha vida também! Deixei todas as coisas de lado por anos para cuidar de você e dos pequenos, mas agora seu pai está doente.

— Mãe... — Suspirei com uma das mãos apoiadas em seu ombro para que me encarasse, mas dona Nanci estava mesmo firme em sua posição de não deixar meu pai ficar sozinho estando doente. Eu e as crianças não éramos mais a prioridade — Por favor...

— Você pode contar comigo sempre, filho... — Tocou minha bochecha carinhosamente e seu toque me aconchegou — Sempre poderei ficar com as crianças em minha casa quando precisar, mas não posso mais morar aqui com vocês.

— O que a senhora sugere que eu faça? — Toquei sua mão pequena em minha face com a expressão desolada e derrotada — Tenho cinco filhos e preciso trabalhar para dar a vida que eles merecem. Não sei se você notou, mas a mãe deles me deixou e foi embora para nunca mais voltar... Se não for a senhora, não tenho mais a quem recorrer! Por favor, mãe...

Tentei como uma última cartada. Ela suspirou e se aproximou, dando-me um longo abraço.

— Meu amor, eu compreendo... Você é um homem de apenas trinta anos com uma carreira pública promissora, mas seu maior papel em toda a vida é o de pai solo com cinco crianças! — Baixei o olhar diante de sua abordagem sempre certeira — Os pequenos são sua responsabilidade, Arthur! Ajudei o quanto pude, mas chegou a sua vez de tomar as rédeas de sua família!

— Está certo, mãe — Me separei do abraço dela e dei a volta na mesa do escritório. A foto pendurada na parede atrás da cadeira deixava claro a minha responsabilidade. Meus cinco filhos sentados no jardim no retrato eram de fato minha família. Coloquei a mão nos bolsos enquanto contemplava a foto junto com minha mãe. As crianças sorriam angelicalmente abraçadas a mim — Sei que foi um descuido ter tantos filhos, mas não poderia ter me desfeito de nenhum deles.

— Arthur... — Senti suas mãos em meus ombros — Eu vou ficar.

— Obrigado mãe — Toquei sua mão em meus ombros e sorri — Sei que a senhor os ama tanto quanto eu.

— São meus netos... — Houve um tempo de silêncio — Mas vou ficar apenas mais um mês. Acredito que seja tempo o suficiente para você conseguir uma babá decente que tome conta deles enquanto você estiver fora.

Coração de Pedra: Babá por Acidente! (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora