Breathin | Versão Stony

Capítulo Único

ADAPTAÇÃO DA *MINHA* HISTÓRIA FEITA POR MIM › mrsmcobban

Boa leitura, espero que gostem!

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Sempre tive uma vida tranquila e sem preocupações. Até o dia em que resolvi deixar todos saberem quem eu realmente sou.

Meus amigos sempre me apoiaram. Meus pais, por outro lado, ficaram relutantes. Howard nem tenta mais esconder sua repulsa quanto a isso, mas ao menos tenho Maria.

Já ouvi cochichos de garotas nos corredores da colégio que eu era bonito; Steve, meu melhor amigo, também havia dito que "olhos 'cor de whisky' e cabelos negros são sua combinação favorita". Mas quando ficaram sabendo que eu 'preferia estar com garotos', ele foi um dos únicos que não me olhou como se eu fosse uma lagarta gigante – com um certo ar de arrogância, digamos.

Quill e seu grupinho estupido adoraram usar esse fato para me importunarem ainda mais do que já faziam, mas eu nunca me importei de fato; não do jeito que gostariam. Mas hoje, um deles acabou conseguindo me afetar de um jeito que ninguém jamais havia feito.

— Precisa do seu remédio, não é? — Perguntara Pepper, enquanto me abraçava. Acenei levemente com a cabeça.

Ela e Peter ficaram preocupados quando perceberam que minha ansiedade estava muito grande, a ponto de ter uma crise.

Me levaram para meu quarto, fecharam as cortinas deixando tudo escuro, apenas com o abajur ao lado de minha cama ligado – sempre faziam isso, pois sabiam que isso me deixava mais confortável. Ficaram comigo por um tempo após tomar meus remédios até me acalmar um pouco, mas depois me deixaram sozinho – sentado na cama, olhando para meus pés – alegando que eu tinha que descansar.

Estavam certos, mas não foi o que eu fiz.

Fiquei ali, estático, encarando o chão até que de repente volto à realidade e vou para o banheiro. Jogo uma água no rosto e vou ler para me distrair – sentado em minha escrivaninha onde estava o abajur, usando a luz do mesmo para conseguir enxergar as palavras no livro.

Alguns capítulos depois, alguém entrara em meu quarto. Me levanto num pulo, assustado, me virando para ver ele, ainda fechando a porta. Nossos olhos precisaram de apenas alguns instantes para se encontrarem, e, inconscientemente, começarmos a andar um em direção ao outro.

— Eu sinto muito — Ele falou tão baixo que mal se caracterizaria como um sussurro. Estava me abraçando forte, mas logo estava ficando mais fraco. Quando foi se afastando, escorregou suas mãos por meus braços, parando em minhas mãos, segurando-as.

Eu só sabia encarar cada um de seus movimentos. Seus olhos – assim como os meus, eu sabia – estavam brilhando; lágrimas estavam por vir.

Olhando para mim, repetiu:

— Eu sinto muito, Tony. Muito mesmo.

— Ele usou você contra mim, Stee. Tentou me fazer eu ficar com raiva de você, te odiar de algum jeito. Todas aquelas mentiras... Isso foi o que mais me machucou. — As lágrimas que estávamos segurando já não puderem ser contidas.

— Quill é um filho da puta! — Estava com raiva, podia perceber isso em sua voz. Ele nunca dizia palavrões. Estava fazendo carinho em minha mão com o dedo, mas de repente parou e solto minhas mãos com certa ferocidade.

Passo a manga do moletom nos olhos para tentar limpar o caminho de minhas lágrimas de meu rosto. Não adiantara muito.

— Vou foder com a vida daquele desgraçado. — Ele falou baixo e fez menção em sair do quarto.