— Mas que porra é essa? — Chill deixou escapar um sorriso. — Uma garota venceu você em GP. — encarou, Bomb — Não é um máximo? — zomba.
— Quem é essa tal Lovelizzie? É você, Nina? — Bomb me encarou.
Eu não sei se ele aparentava estar zangado, surpreso ou assustado.
— Ela chegou não faz nem dez minutos. — Gales, o respondeu por mim — E o GP ainda está terminando de ligar.
Deu de ombros, desconfortável com o silêncio e a atenção que acabou chamando, sem querer.
— Se não é você...— Chill apontou para mim, mas logo direcionou o dedo indicador para o peito de Gales — Só pode ser você.
Sorriu animada com os caos que se formava. Ela estava gostando daquilo, e eu delirando.
— Quem fez isso usou a máquina depois de mim. — Bomb interrompeu, seriamente — Foi ontem à noite. — mostrou a hora exata de quando foi marcada a pontuação recorde da tal Lovelizzie.
— O quê que tá pegando? — um dos amigos de Bomb abriu a porta de entrada junto com os outros.
É o mesmo grupo que jogava conversa fora há quase uma hora atrás no estacionamento da escola.
— Lovelizzie?! — Cecília quase gritou, assustada ao ver a pontuação e nos encarar pedindo uma explicação — Quem é essa?
Exatos cinco segundos depois, Samwell chegou com mais uma galera de jogadores.
Ele encarou o placar, franziu a testa e então me fuzilou com o olhar. É óbvio que ele conhece a história. É da nossa família que estamos falando.
Desde pequenos somos alertados sobre como a irmã mais nova do meu pai e do resto dos meus tios fugiu para virar dançarina e causou a morte antecipada de nossa avó. A fase dos nossos pais contra a dança teve um fim quando Monalisa Greco, minha irmã, seguiu carreira como dançarina.
Houve umas confusões antes da família aprovar isso, como ela esconder sobre isso pra todos, o rolo que ela teve com James Miller e o fato dele ter feito nossa família aprovar seu sonho e apoiá-la. Mas isso é uma história que ninguém, muito menos a Mona, quer lembrar.
— O que você tá tentando fazer? — se aproximou.
Sam é muito mais alto que eu — pra ser sincera, todo mundo é mais alto que eu —, e ter seus olhos escuros desejando me matar não foi uma sensação tão boa e nem muito fácil de disfarçar o medo.
— Não estou tentando fazer nada. — firmei a voz o máximo que pude, mas ele nem se quer me escutou.
— Você quer se exibir, não é? Chamar a atenção. — deu um passo a mais, me fazendo dar um para trás, quase tropeçando em um dos fios grossos de uma das máquinas.
— Deixa ela em paz, Samwell. — Gales se pôs entre nós, calmamente, ainda com as mãos escondidas nos bolsos da jaqueta.
Mesmo o odiando naquele momento por me ver como uma idiota indefesa, o agradeci mentalmente.
— Essa tal Lovelizzie é ela ou não? — Cecília se pôs a falar, mais confusa que enfurecida.
— Não!
Eu, Gales e Chill, dissemos ao mesmo tempo.
— Quem fez isso, teve acesso ao GP, ontem à noite, minutos depois de eu ter jogado minha última partida. — Bomb, explicou, pensativo.
— Ela é quem fecha a loja. — Samwell debateu — Se não foi ela, foi alguém que ela deixou entrar para jogar.
E todos os pares de olhos se voltaram para mim.
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Galatis Planet (Spin-off As Estrelas E Outras Drogas)
Ficção AdolescenteUma breve história da nova geração de Greendale. P.s: aconselho a ler "As estrelas e outras drogas" primeiro que "Galatis Planet". Em uma cidade onde as máquinas de Fliperama são mais populares que redes sociais ou bailes de formatura, Nina Greco se...