*Eduardo*
O fim de semana com a Mônica passou rápido, assim como a semana, e o mês.
Estamos esse fim de semana completando um mês de namoro e eu queria fazer uma coisa especial, mas sou pobre eu não pude pagar nada de mais. E como Ana Cláudia e Renato também fazem aniversário de namoro esse fim de semana, resolvemos ir acampar. SIM, ACAMPAR.
Já viu comemoração de aniversário mais ridícula que essa? É tipo "Olha amor eu sou pobre então a gente vai ter que comemorar o nosso aniversário de namoro no meio do mato". Mesmo a Mônica dizendo que "Não tem problema amor" "eu sei que vai ser ótimo" eu ainda estou inseguro, e ainda por cima o casalzinho-que-gosta-de-mato ainda não nos falou como é o lugar.
Estou com medo, muito medo, a única coisa que eu queria era um fim de semana longe de Brasília com a Mônica, mas não significa que precisava ser no mato, com duas barracas, e uma fogueira pra espantar os animais. SIM, ANIMAIS.
Odeio Renato.
Duas horas depois, veja bem, DUAS HORAS, chegamos no lugar, confesso que fiquei um pouco surpreso pelo fato de ser bem bonito, mas nós estamos de dia, e ainda não tem nenhum mosquito, nem cobras...
Mal chegamos e Aninha e minha namorada foram nadar numa pequena lagoa que tinha por lá, e, claro, meus olhos não saíram do corpo da Mônica. O QUE FOI, EU SOU HOMEM.
Montei as barracas e a fogueira com o Renato e fomos para a beira do lago.
_Ô Mônica, cuidado com o seu biquíni que o Renato ta aqui.
_Ô Eduardo, sua namorada não precisa de ter cuidado porra nenhuma, o Renato tem namorada e ele respeita.
_Amor, não precisa falar assim com ele, eu também tenho ciúmes de você.
_Xii Aninha, seu namorado defendendo o meu.
_Homens _ revirou os olhos.
_Isso se chama amizade amor.
Ela e Aninha desataram a rir
_Achou alguma graça nisso Renato?
_Não.
_Vamos voltar?
_Sim.
_ESPERA AMOR.
_Não, fica ai com sua amiga.
_EDUARDO!
_O que foi, você prefere ela do que eu.
_Olha a gente veio aqui pra comemorarmos o nosso aniversário de namoro e você tá fazendo crise de ciúmes por que eu to de biquíni?
Ela sai da água e pega numa toalha que estava no chão. Olho para os lados e percebo que só havia nós dois.
_Não é crise de ciúmes, é só proteção ok?
_Proteção? Proteção de que? Eu sei me proteger, você não confia em mim?
_Em você? Claro que confio, não confio nos outros.
_Que outros? Você acha que o seu MELHOR amigo ia tentar alguma coisa comigo? PRINCIPALMENTE COM A NAMORADA DELE AQUI?
_NÃO MÔNICA, EU NÃO DESCONFIO DO RENATO, MAS VAI QUE APARECE ALGUÉM AQUI?
_ALGUÉM? QUEM EDUARDO? ESTAMOS NO MEIO DO MATO!
_É POR ISSO MESMO.
Ela sai andando pra onde estamos acampados e eu vou atrás achando um bilhetinho de Renato.
"Edu, ou Mônica, eu e Aninha fomos andar por aí. Vocês precisam conversar"
Amassei o papel e joguei na fogueira.
_Mônica.
Me ignorou.
_Mônica.
Continuou escolhendo as roupas, que eu acho q é pra vestir. (Não que isso)
_MÔNICA.
_O QUE FOI?
_VAI ME IGNORAR PRA SEMPRE?
_O que você quer?
_Me perdoa ok? Me perdoa se eu sou um namorado que preocupa demais, que só quer o bem pra minha namorada. Me perdoa se eu não quero que nenhum homem olhe para o corpo dela e pense besteira. Me perdoa por te amar demais e querer te proteger.
Ela vira pra mim com uma cara de espanto/admiração.
_O que foi?
_Repete.
_O que?
_Que me ama.
Fui até ela e agarrei a sua cintura.
_Eu te amo _ sussurrei.
A beijei, segurando fortemente a sua cintura, enquanto ela agarrava ao meu pescoço, como se quisesse nos juntar ainda mais. Separamos nossos lábios para respirar e ela disse:
_Eu te amo.
Voltei a beijá-la, subindo minhas mãos pra onde o laço de seu biquíni se encontrava, desapertando-o.
Entramos na barraca, a fechando, e lá, nos entregamos um ao outro, nos amamos, como anteriormente havíamos falado.

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Eduardo e Mônica -completo-
Romance"Quem um dia irá dizer que Existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão?" E se Eduardo não tivesse levantado aquela manhã? E se Mônica tivesse continuado com seu copo de conhaque? E se não tivessem ido à "festa...