Eduardo e Mônica -completo-

-13-

Perfume: correto.

Roupa legal: correto.

Maquiagem: correto.

Endereço do local da aula: correto.

Atrasada? Não.

Ok, tudo no lugar, menos a minha coragem. Eu estou com vergonha, medo, anciedade.

Vergonha de olhar pra cara do Eduardo depois de ontem.

Medo de ele não me aceitar, de ele não aparecer na porcaria da aula.

Anciedade, porque... porque sim, quem não estaria?

(...)

Meia hora depois eu descia em frente o ateliê onde iriamos ter a aula.

Não encontro o Eduardo, será que ele vem?

Para de pensar assim Mônica, ele vem, é claro que vem.

(...)

Fiquei esperando a "professora" nos chamar, mexendo no meu celular, quando senti uma pessoa sentando ao meu lado.

Era ele.

_Oi.

_Você veio.

_Eu disse que ia vim.

_Olha Edu.... _ estava tão perto de pedir perdão, quando a professora resolve me interromper e chamar os "alunos" para a aula.

_Depois a gente conversa Mônica _ me deu um beijo na bochecha.

E foi pra sala.

Peguei minha bolsa. Estava tremendo, eu estou nervosa, muito. Efeito Eduardo.

Segui os alunos e escolhi uma mesinha ao lado do meu namorado...?

_Desculpa.

_Depois da aula, por favor? Vamos aproveitar.

_Por que eu sinto como se vamos terminar hoje?

_Isso só depende de você.

_Bom dia alunos, essa é a aula onde vamos aprender a mexer com argila. Liguem a máquina que está em cima da mesa de vocês e coloquem um pouco de argila, que se encontra ao lado da máquina. Vou deixar vocês experimentarem sozinhos de primeira. Façam coisas legais.

Olhei para aquele negócio girando na minha frente e fiquei pensando em o que fazer. Nada.

Olhei para o lado e vi Eduardo trabalhando na sua futura peça de argila.

Voltei meu olhar para a minha "peça" e vi que a argila estava despedaçando. Ela espirrou pra todo lado, sujando minha roupa _ obrigada avental _ e o chão da sala.

_Ops.

_Tenha calma menina, a primeira vez é assim mesmo, talvez se você colocar as mãos na argila e ficar massageando-a, ela não caia, e talvez, só talvez, venha a dar uma boa peça pra vender _ a professora disse, sem olhar pra mim.

_Desculpe.

_Não tem problema.

_Mônica.

Eduardo.

_Sim?

_Quer ajuda?

_Não tem que terminar o seu?

_Na verdade eu nem sei o que eu estou fazendo. _ rimos.

_Tudo bem.

Ele veio para o meu lado, e me ajudou a começar alguma coisa.

_Você não quer terminar comigo?

_Mônica.

_Só me responde.

Ele suspirou e olhou pra mim.

_Não, não quero terminar com você, mas se você quiser eu entendo.

_Por que?

_Por que o que?

_Por que não quer terminar comigo?

_Por que eu te amo Mônica.

Não falamos mais nada até o fim da aula.

Nos separamos e cada um foi pra o banheiro se limpar.

Quando eu saí Eduardo me esperava do lado de fora.

_Tá com fome?

_To.

_Vamos comer.

(...)

_Então?

_Eu não quero terminar.

_Ok.

_Ok.

_...

_Me perdoa.

_Oi?

_Me perdoa, por tudo o que eu te fiz passar, por todas as vezes que você teve que jogar seu orgulho de lado por mim, por ter aquelas birras sem motivo, criar brigas com coisas pequenas. Eu te amo Eduardo, e eu não quero te perder. Por favor, me perdoa.

_Eu te perdoo amor, só quero que de vez em quando se coloque no meu lugar, não é fácil namorar você, mas é a coisa que eu mais quero no mundo.

_Eu te amo.

_Eu te amo.

_Vamos pra casa?

_Pra minha ou pra sua?

_Minha irmã ta com o namorado dela.

_Pra sua.

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OI OI

OBRIGADA POR VOCÊS QUE CONTINUAM LENDO A HISTÓRIA E QUE NÃO DESISTIRAM DE MIM.

AMO VOCÊS