...em Malibu

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Oiê, bem-vinde! 💜

Agradeço aos que comentaram e votaram em minha história! 💜

Até uma próxima!~

À noite, Eijirō bebericava um cosmopolitan no deck do hotel, sentado confortavelmente apreciando a luz da lua banhando o mar a sua frente

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À noite, Eijirō bebericava um cosmopolitan no deck do hotel, sentado confortavelmente apreciando a luz da lua banhando o mar a sua frente. Assim que retornaram da praia no final do dia, Katsuki o arrastou para o banheiro e logos após dizer-lhe a roupa que deveria vestir, o mandou sair do quarto e aguardar até que fosse buscá-lo. Kirishima seguia em expectativa, sorrindo bobo ao imaginar a surpresa que seu marido estava preparando para ambos.

Sentindo mãos quentes tampando seus olhos de supetão, Eijirō teve a confirmação de quem era o dono ao sentir o perfume amadeirado muito bem conhecido por si... Finalmente, Katsuki havia vindo buscar-lhe!

— Vamos, amor? — Katsuki sussurrou na orelha esquerda do marido, sorrindo de canto ao ver a pele arrepiando-se.

Kirishima suspirou audivelmente, levantando-se ao aceitar a mão estendida em sua direção, sorrindo ternamente para o esposo, Eijirō entrelaçou seus dedos enquanto ambos seguiam a passos lentos em direção a praia.

Em um canto mais afastado; apenas eles dois, a lua e as estrelas como testemunhas, os pés descalços sentiam a areia da praia, os cabelos e as roupas brancas e folgadas balançavam ao vento enquanto eles se abraçavam, dançando devagar, embalados por uma música distante, provavelmente vinda de algum dos restaurantes da orla.

As têmporas permaneciam escoradas a maior parte do tempo, vez ou outra separavam-se, apenas para que as orbes tom carmesim pudessem se admirar e os lábios, magnéticos, pudessem ser selados de leve, mais como uma carícia. Os dedos amorenados de Eijirō acariciavam os fios loiros da nuca de Katsuki, enquanto seus dedos longos e esguios deslizavam suavemente pela cintura do marido. Os anelares formigavam de leve pela recém falta das largas alianças douradas, que ocupavam aquele lugar de honra há 15 anos.

A areia dourada, agora prateada pelo banho de luz da lua, era revirada aos poucos enquanto eles se balançavam, sem realmente seguir o ritmo da batida longínqua. Presos um no outro, literalmente em seu próprio mundo.

Poderiam ter feito uma cerimônia, um evento grande e cheio de gente, reunido as famílias, os amigos, mostrado ao mundo como seu amor prevalecia sobre tudo e todos. Mas não, não parecia ser o certo. Queriam um momento só seu, particular e cheio de significados que apenas os dois entendiam; como havia sido o relacionamento de ambos, desde o começo até que finalmente chegassem até ali.

A destra de Eijirō passeou até encontrar a mão esquerda de Katsuki no meio do caminho, como se ambas tivessem combinado a ação. Os dedos enroscaram uns nos outros e foram levados aos lábios de ambos, recebendo ali beijos doces enquanto os sorrisos apaixonados floresciam e as pernas, também em completa sincronia, iam diminuindo o ritmo até que estivessem parados.

Acariciaram um ao outro, as cinturas, os braços, as mãos, os rostos. Apaixonados como se fosse a primeira vez, o sentimento, apesar de maduro, era forte como naquela época.

Eijirō afastou um pouco o corpo do marido, sentindo o magnetismo puxando-o de volta para o calor aconchegante, mas forçando-se a permanecer afastado, apenas para encarar a pessoa mais linda do mundo e puxar a mão esquerda dele de volta a seus lábios.

— Suki... — começou e interrompeu-se, pensando melhor. — Katsuki, eu tentei muito escrever alguma coisa incrível pra esse momento, como eu sei que você deve ter conseguido fazer. Depois de ver que eu não conseguia, cheguei a tentar encontrar alguma citação bonita de algum autor conceituado, mas eu percebi que isso não era eu. Então, eu vou apenas falar o que sinto porque, Katsuki, é a coisa mais real que eu posso ter pra dizer.

Respirou fundo, já sentindo os olhos marejaram, antes de continuar:

— Katsuki, eu olho para o nosso passado e, honestamente, fico embriagado de tantos momentos bons e da quantidade de felicidade que posso encontrar ali, e sei, do fundo do meu ser eu sei, que não seria assim se você não estivesse do meu lado esse tempo todo. Mas isso não me impede de olhar com um deslumbramento ainda maior para o nosso futuro, pois somos um do outro agora, como seremos para sempre, quanto quer que essa medida seja. — Retirou do bolso da bermuda branca uma aliança de ouro com detalhes em prata, era nova, para simbolizar o novo futuro que teriam juntos. — Sem a ansiedade, as inquietações e algumas borboletas que tínhamos em nosso primeiro ano juntos, mas de uma maneira plena e saudável, que, para mim, é ainda melhor que antes.

Terminou com a voz trêmula, deslizando o anel pelo dedo fino e depositando ali um beijo singelo.

As lágrimas de Bakugō desciam pelas bochechas, contornando seu sorriso e pingando para a areia. Sentia que jamais poderia igualar a declaração daquele molenga apaixonado que chamava de marido, mas tudo bem, não era uma competição, afinal.

— Nós passamos por muitas provações — Katsuki começou, sentindo a voz falhar —, mas conseguimos nos sair bem. Fomos maior que o preconceito, fomos maior que o crescimento pessoal, que poderia nos afastar, mas apenas nos uniu. Adotamos nossos filhos, vimos crescerem e juntos, transformamos os dois em pessoas extraordinárias. E eu sei, Eijirō, que eu não conseguiria nada disso sem você do meu lado. Não seria uma pessoa melhor se você não estivesse ali comigo dia após dia. Superando até mesmo as minhas próprias expectativas, eu nunca me senti em uma disputa com você, como sentia com o resto do mundo; sentia apenas que estava ao lado de um igual, e que tudo o que importava era ser o melhor, não para mostrar para o mundo, mas para ser digno de ter você do meu lado. — Assim como Eijirō, Katsuki retirou o anel de um dos bolsos, encaixando-o perfeitamente no anelar esquerdo dele. — É por isso por tudo que eu sei que agora estamos os dois com a posse de nossos destinos, fundidos num só e que isso é tudo que eu poderia querer, mais do que eu sequer poderia imaginar.

Sentindo a água gelada e salgada banhando seus pés — como se o próprio mar lhes desse os parabéns — trocaram um beijo apaixonado com as mãos unidas, enfeitadas pelas novas alianças, que Eijirō e Katsuki fariam questão de trocar após mais 15 anos juntos.

Ao seu lado | KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora