Se apro gli occhi e ti trovo ancora?

Conexão - Parte 1

Oi, seus lindos. Não esqueçam de me seguir no twitter para não perder nenhuma novidade: @anoitedospoetas.

Espero que estejam todos bem. Boa leitura e se cuidem.

Beijos ❤

E sei que não será surpresa

Se o futuro me trouxer

O passado de volta

Num semblante de mulher

POV Chiara

Eu encarava a mulher a minha frente que vestia preto como sempre. Seus cabelos e as roupas estavam molhados, pelo jeito estava chovendo. Ela segurava uma garrafa de vinho na mão. Pude notar quando seus olhos percorreram meu corpo de cima a baixo, o que fez com que m arrepio involuntário percorresse minha espinha.

- Eu trouxe vinho! – Seu sorriso fez com que meu coração errasse uma batida. Seu sorriso se desfez quando ela percebeu que eu ainda a encarava confusa. – Eu...

- Ana eu perguntei o que você tá fazendo aqui – A interrompi e acabei soando mais rude do que eu queria, mas a verdade é que eu ficava completamente atordoada perto dela – Quer dizer, aconteceu alguma coisa? Está tutto bene?

- Mas foi Daniel quem mandou uma mensagem me convidando para vir... eu achei que você soubesse. Ele não tá aí? – Ana parecia tão confusa quanto eu.

Eu não a via desde o incidente no meu camarim. Meu corpo parecia querer correr de encontro ao dela. Minha adrenalina estava a mil. O efeito que ela me causava era coisa de outro mundo. Seu perfume estava conseguindo me tirar o foco.

- Non, non... o Daniel está em Lisboa, eu não entendo por que ele... – Nos olhamos e no mesmo momento entendemos. Daniel havia armado tudo para que eu ficasse sozinha com Ana. Por um milésimo de tempo esquecemos qualquer outra coisa e soltamos sorrisos olhando uma para outra. Balançamos a cabeça enquanto ríamos juntas do que Daniel havia feito. Quando a euforia passou, suspirei a olhando e me senti idiota por ainda não tê-la convidado para entrar. A verdade é que eu tinha medo de ficar sozinha com ela – Io... Eu... nem te convidei para entrar ainda. Você está aí encharcada e eu aqui até de camisola... é... Perdonami.

- Chi, não precisa se preocupar. Eu posso ir embora... não quero incomodar. Você não estava me esperando e... – Ana falava e me olhava com atenção. Parecia estudar o meu corpo. Ler minha alma – Você está linda. Absurdamente...

Tenho certeza que minhas bochechas entraram em combustão espontânea. Eu devia estar parecendo um tomate de tão vermelha.

- Grazie, Ana – Estava me sentindo uma adolescente boba. Olhei para minhas próprias mãos para tentar formar uma frase coerente na minha cabeça, mas nada saía.

Ana provavelmente interpretou meu silêncio como um aviso de que eu não a queria ali.

- Então, eu já vou indo... desculpa por ter aparecido assim... – Ana gaguejou um pouco para dizer aquelas palavras. Diria que era até fofo vê-la daquela maneira.

- Non – Eu a interrompi a fuzilando com o olhar e arqueando uma sobrancelha para ela. Ana pareceu achar meu gesto sexy, pois mordeu o lábio enquanto me encarava confusa – Sou sua ex, não uma insensível maluca. Não vou deixar você ir embora toda molhada desse jeito. Entra... você pode até tomar um banho e trocar de roupa. Está tremendo, Ana.

Instintivamente segurei seus braços com minhas duas mãos acariciando para cima e para baixo em um ato para aquecê-la. Aquela proximidade enviou borboletas para o meu estômago. Quando levantei a cabeça e olhei em seus olhos, me perdi naquelas íris escuras como costumava fazer. O tempo congelou e eu passei a viver presa ao seu olhar por alguns longos instantes. Seu olhar dizia tanta coisa ao meu... meus olhos só se desconectaram-se dos seus quando encontraram o caminho da sua boca. Fixei meu olhar ali. Seus olhos também fizeram o trajeto até a minha. Nossas respirações começaram a se misturar e ficar ofegantes. Seus lábios entreabertos me convidando para beijá-la. Sua respiração quente me fazendo perder todos os sentidos. Não sei em que momento sua mão livre foi parar em minha cintura. Ela as deixou ali. Me acariciando por cima do tecido fino do robe.