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"Not gonna judge you when you're with somebody else

As long as you swear you won't be pissed when I do it myself."

We're Good – Dua Lipa


Nós paramos bem perto da casa de barcos, mas tivemos que ir caminhando até chegar a ela. Para minha surpresa, não havia mais ninguém no restaurante. Enquanto um garçom prestativo nos levava até a nossa mesa, eu olhava em volta e tentava não pirar com o fato de que a casa de barcos começava a ficar rodeada de estranhos com suas máquinas, além dos paparazzi.

Nós nos sentamos bem no meio do restaurante. Só havia a nossa mesa.

– O que você vai querer? – Harry me perguntou.

– Pode escolher – dei de ombros.

Ele sorriu e deu uma olhada no menu, escolhendo um prato caro. O garçom sorriu e saiu para mandar fazer o pedido. Voltei a olhar ao redor de nós. Mesmo estando protegidos pela casa de barcos, as paredes eram envidraçadas. Todos lá fora nos encaravam e tiravam fotos. Nos primeiros cinco minutos, foi estranho. Nem eu nem Harry conseguíamos formular uma conversa decente, então ficamos em silêncio a maior parte do tempo. Depois que eu comecei a me acostumar com aquele tanto de atenção, meus ombros foram relaxando e eu fui me soltando. Não havia razão para ficar tão preocupada daquele jeito. Aquelas pessoas não conseguiam escutar o que nós estávamos falando.

– Isso é estranho, eu sinto muito – Harry se desculpou.

– Não tem problema. Essa é Nova York, eu devia estar acostumada. Tem sempre alguém vigiando seus passos por aqui – abri um sorriso tranquilizador.

Harry sorriu de volta pra mim e olhou ao redor. Eu me inclinei um pouco para frente e coloquei minha mão em cima da sua, trazendo sua atenção de volta para mim. Não queria que ele pensasse no quanto era desconfortável o fato de que havia uma pequena multidão lá fora nos vigiando. Queria que ele se focasse no nosso almoço, porque era aquilo que valia a pena.

– Então, Nova York. Você gosta de Nova York? – perguntei a ele.

Harry abriu um leve sorriso e olhou para minha mão em cima da sua. Eu entendi o recado e recolhi minha mão, coçando a cabeça. Esperava que ninguém tivesse visto aquilo, porque tinha sido ligeiramente embaraçoso, sem contar idiota.

– Adoro. É uma das minhas cidades favoritas – ele respondeu, sorrindo.

– Eu também amo Nova York. É o meu lugar favorito em todo o mundo – dei de ombros e respondi, mesmo ele não tendo me perguntando – Se bem que não viajei o mundo inteiro. Que outras cidades mais você gosta?

– Tóquio é bem legal – ele respondeu, assentindo.

– Ah, jura? Nunca fui.

Harry assentiu com a cabeça.

– É bem legal. É bem diferente do Ocidente, sabe? E eu gosto de coisas orientais, são legais.

– Parece ser uma cidade muito diversificada – comentei.

– E é. É um dos poucos lugares onde eu posso sair na rua sem ser reconhecido, sabe?

– Isso deve ser legal pra você.

– É muito bom.

Nós ficamos em silêncio por poucos segundos.

– Sabe um lugar que eu nunca fui, mas sempre tive vontade de ir? Paris – eu disse.

Harry franziu as sobrancelhas e me encarou confuso.

– Você nunca foi pra Paris?

– Não. Já fui pra Londres e Amsterdã, mas nunca fui pra Paris.

Deserve you [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora