A linguagem das Flores

- Eu quero ser o seu garoto preferido.

E imortalizado nas minhas palavras,
eu ainda quero ser o seu garoto favorito.
Mesmo lembrando-me das suas palavras
ao ir embora, de que você achou alguém novo,
eu ainda quero ser o seu garoto favorito.

Andar contigo pela costa do Japão,
falar sobre coisas triviais e com
você me dizendo que eu posso,
que eu consigo realizar cada sonho meu.

Pois foi você quem me deu asas,
quem me disse que eu posso,
e mesmo que eu tenha te afastado antes,
esse foi o maior erro matemático que já cometi.

Não quero esquecer, não quero me desprender,
não há, em hipótese alguma, isso acontecer.
Porque você é um buraco negro e eu,
pobre estrela, te orbitei durante tempo suficiente
para ultrapassar seu horizonte de eventos.
E como foi delicioso ultrapassar seu horizonte de eventos.

Como foi bom sentir seus braços me segurando,
como se juntasse cada pedaço quebrado meu
e os colasse com cola quente.
Porque suas mãos eram – e ainda sejam, mas não as sinto mais – tão quentes
quanto o próprio Sol, e você era meu Sol também,
quem me dava vida e podia me destruir na mesma intensidade.

Você era tudo. Era oposto e igual,
a calmaria e a tempestade,
meu porto seguro e meu mal.

Como eu queria poder voltar no tempo,
fazer as coisas diferentes, no entanto
não posso, então com as nossas memórias
eu me contento.

Esperando por um dia em que você volte,
pois não vou nunca mais te afastar,
eu quero te puxar pra perto como um buraco negro,
quero que me alimente com a sua luz,
que eu procuro constantemente como uma mariposa.

Uma ardente e implacável busca por ser amado é o que me faz.