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𝗟𝘂𝗸𝗲, Point of view1753 - Reino de Valença

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𝗟𝘂𝗸𝗲, Point of view
1753 - Reino de Valença

𝗟𝘂𝗸𝗲, Point of view1753 - Reino de Valença

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Ser um príncipe não é nada fácil. Claro que as mordomias que me são oferecidas ajudam muito, mas fora isso é um tanto difícil.

O que comprova isso é o fato de que estou sendo obrigado a me casar, coisa que nem de longe me passava à cabeça. Não ligo quanto ao amor em si, apenas prezo por minha liberdade. Dormir com quantas mulheres eu quiser e me divertir do jeito em que me é agradável

Agora estava na aula de esgrima. Reggie insistia em saber sobre as garotas que foram selecionadas.

- Então, eram todas bonitas? - ele pergunta e logo depois tenta me golpear com a fina espada que utilizávamos.

- Belíssimas. Beleza é algo que não falta a elas. – digo

- E alguma se sobressaltou de acordo com seu interesse? - perguntou e logo me vem à cabeça a selecionada marrenta, Julie Molina, ela me chamou atenção. Tenho certeza que vou me divertir com ela.

- Na verdade, sim... - digo e tento fazer com que sua espada caia, o que foi em vão. - Uma garota. Ela era marrenta. Disse que não queria estar aqui. Nem sequer me olhou direito. Eu gosto de desafios, e ela com certeza é um. - digo sorrindo

-Mas a vê como a possível escolhida, ou a vê como um divertimento de uma noite, Luke? - pergunta descaradamente e logo abaixa quando tento acertar seu pescoço.

- Você acha mesmo que vejo alguma delas como possível escolhida? Meu pai não podia ter feito isso, então vou me aproveitar de sua grande estupidez e as ter em minha cama. Todas as belas e esguias damas. Simples. - digo e ele ri negando com a cabeça.

- Você não presta, Luke. - ele diz e eu aponto a espada para seu peito, determinando que venci a nossa pequena batalha.

- Vamos logo, tenho que me arrumar para jantar com os meus pais. - digo e passo meu braço por cima de seus ombros, lhe dando um meio abraço.

———————————

Depois do jantar, fui até o jardim e apreciei a vista.

Eu sempre me senti confortável aqui. Era calmo, quieto e belo. As flores estavam no auge de sua beleza. Haviam de vários tipos. Lírios, rosas, violetas, urtigas.

Eu as olhava e refletia sobre a importância que elas tinham para minha mãe. Ela as prezava fortemente. O jardim sempre foi cuidado pela rainha. A mãe dela cuidou do jardim, assim como toda rainha que veio antes dela.

Estava inerte a pensamentos quando vi uma silhueta mais a frente de mim. Era uma mulher. Eu sou o tipo de pessoa que nota detalhes, e ela era cheio deles. Seu corpo era lindo, mesmo de costas. Cabelos cacheado e castanhos. Estava em pé, de frente para a estufa do jardim. Ela observava prontamente

Ando mais para frente e logo reconheço que a mulher a minha frente era Julie Molina, a selecionada marrenta. Rio com meu próprio pensamento. Paro ao seu lado.

- É uma bela estufa, não acha? - digo e ela leva um susto, já que deu um leve pulo e levou a mão ao peito

- Oh céus... Você é uma sombra ou o que? Não fez barulho algum, quer me matar de susto? - ela diz raivosa e eu sorrio perante o jeito que ela se pronúncia.

- Na verdade, vim até aqui olhar o jardim, me traz paz, mas eu logo te vi aqui. Gosta flores? – pergunto

- Sim, minha mãe tem a própria floricultura. - ela responde seca.

- E você a ajudava? - perguntei curioso e galanteador.

- Não sabia que já havia solicitado minha companhia, Vossa Alteza. - ela estava estressada. Gostei.

- E não solicitei. Quero apenas conversar. - levanto as mãos em forma de rendição.

- Mas eu não. - diz breve

- Por que se inscreveu se não queria estar aqui? Foi obrigada? - perguntei.

- Minha mãe me obrigou. Ela diz que não posso deixar passar uma oportunidade dessas. - ela revira os olhos.

- Realmente, é algo muito grande. Mas quem não quer ser princesa e futura rainha? Ama à alguém, não é? Só assim para não querer algo desse porte. - digo rindo fraco e ela me encara séria.

- Não. Eu não amo a ninguém. Só não quero passar o resto de minha vida ao lado de um príncipe libertino, mimado e intrometido. Não é porque Vossa Alteza é um príncipe bonitinho que eu tenha que cair de amores por você, senhor. - ela diz grossa e eu a olho atômico.

- A culpa não é minha se a dama é tão marrenta. - digo risonho e ela me fuzila com seus belos olhos.

- Não me chame de marrenta! Eu sou realista e lúcida. E com licença, Vossa Alteza - ela diz dando ênfase à Vossa Alteza e saindo de costas até o Palácio.

A observo entrar no castelo. Ela era tão explosiva, e eu gostei disto. Eu ainda vou tê-la em minha cama. Eu ainda vou desarma-la

 Eu ainda vou desarma-la

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𝓓𝓾𝓭𝓪

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my future princessOnde histórias criam vida. Descubra agora