ᵗᵉⁿ

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- Ai que merda. - Bucky exclamou pressionando o dedo indicador com a mão enquanto apertava os lábios juntos tentando segurar o resmungo de dor.

Ele suspira em frustração enquanto vê um pequeno filete de sangue que começa a escorrer devagar por seu dedo. O garoto não consegue ver o tamanho do corte, mas pode sentir o ardor pelo machucado recém-aberto.

- Filho, o que aconteceu? - Bucky ergue a cabeça e vê sua mãe se aproximar com um olhar preocupado.

- Foi só o meu dedo. - Ele ergue a mão mostrando a ferida para sua mãe.

Ela balança a cabeça e pega algumas toalhas de papel sobre a mesa, a mulher as dobra juntas e coloca sobre o dedo de Bucky fazendo pressão para que o sangue pare de fluir pelo corte.

- Isso tudo é por que você esta nervoso? - Ela indaga e abre um pequeno sorriso olhando para o filho.

Bucky adoraria dizer que não, mas era meio impossível negar o obvio.

Ele estava sim nervoso, mais do que deveria.

Bucky passou o dia inteiro olhando no relógio para checar o horário. A essa altura ele não sabia mais se queria que o jantar acontecesse logo ou se queria fugir para bem longe para evitar tudo aquilo.

Ele passou a semana ignorando o fato de que Sam jantaria em sua casa.

Não era um simples jantar em que um amigo vem até a sua casa e fica até mais tarde, era um jantar para ele, com o intuito de apresenta-lo formalmente para sua família.

Por que eles namoram.

Em tese, por que na realidade os dois sabem que não é bem assim.

Mas o fato de ser um namoro falso não impediu que Bucky passasse o dia andando de um lado para outro em sua casa enquanto tentava conter a ansiedade.

Ele não sabe quantas vezes conferiu se havia separado as roupas certas para a noite, e ele perdeu as contas de quantas vezes ensaiou falas para dizer se algo desse errado, ele também conferia com sua mãe o tempo todo se faltava algum ingrediente para o jantar, e ela quase o expulsou da cozinha várias vezes.

Bucky não era do tipo perfeccionista, mas ele não queria que nada desse errado na ocasião.

Ele não queria que as coisas pudessem ficar desconfortáveis, e não queria que a mãe dele assustasse Sam de algum modo, ele sabia que a mãe era um amor e nunca faria nada de ruim para o garoto, mas Bucky nunca tinha levado ninguém para casa, Sam era a primeira pessoa que Bucky apresentava para ela, então ele queria que a sua mãe gostasse do garoto e visse e versa.

Por isso estava tão nervoso.

Ele mandou várias mensagens para Sam durante o dia para conferir se ele havia entendido o horário ou se não se esquecera de seu endereço de repente, era um exagero, mas ele estava tentando não enlouquecer.

- Eu não estou nervoso, mãe. - Bucky encostou suas costas na cadeira de madeira em que estava sentado e pressionou os olhos fortemente enquanto suspirava fundo.

- Se é o que você diz. - A mulher que tinha os cabelos presos em um penteado simples leva sua mão até o queixo do filho e o ergue para que ele a encare. - Vá limpar esse machucado, a caixinha de primeiros socorros está debaixo da pia do banheiro. Vá logo antes que seu namorado chegue. - Ela sorri e dá batidinhas em seu ombro.

- Tudo bem. - Ele responde se levantando da cadeira.

- Becca venha terminar de cortar os tomates para seu irmão. - Ele ouve a mãe gritar chamando a atenção de sua irmã mais nova.

𝐩𝐫𝐞𝐭𝐞𝐧𝐝𝐢𝐧𝐠 ▪ sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora