ᵗʰᶦʳᵗᵉᵉⁿ

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O ponteiro do relógio de parede se movia vagarosamente como se o tempo não estivesse com vontade de passar.

Bucky podia ouvir o ruído do giz branco se arrastando pelo quadro enquanto a professora de literatura escrevia instruções para a prova que começaria em alguns minutos.

Ele apoiou sua cabeça um suas mãos para impedir que ela tombasse, ele se esforçou para manter os olhos abertos e bocejou impaciente.

Droga.

Ele não está se aguentando em pé. Era como se o sono que estava sentindo tentasse o derrubar de qualquer forma.

Bucky deve ter conseguido pregar os olhos por apenas 3 horas na ultima noite. Ele passara a noite e maior parte da madrugada fazendo o trabalho extracurricular que sua professora pedira, a droga do trabalho com duas semanas de prazo, mas que por uma ironia do destino, ele só tinha se recordado no dia anterior, bendito seja o dia em que ele resolveu se inscrever nesse projeto para faculdade.

Ele não aguentava mais ler sobre romancistas ingleses que morreram há dois séculos, estava cheio de pesquisar sobre datas e títulos importantes para implementar seu trabalho que por sua sorte foi finalizado durante a madrugada depois de muito esforço e horas sentado na mesinha do computador.

Bucky havia tentado estudar um pouco para a prova quando finalizou o trabalho, mas ele não conseguia ler nem dois parágrafos sem perder o foco por causa da vontade de dormir.

Depois de alguns minutos ele desistiu daquilo e foi tentar dormir, ele não queria ir mal na prova, mas sabia que não adiantaria nada ficar caindo de sono no dia seguinte.

Quando o garoto se aconchegou em suas cobertas para pegar no sono, ele simplesmente não conseguiu por que alguma coisa invadiu sua mente.

E essa coisa tinha nome.

Sam Wilson.

Bucky bufou e se virou na cama se esforçando realmente para dormir, ele até tentou contar carneirinhos, mas a imagens dos carneirinhos fofinhos sumiam de sua mente e davam lugar a Sam.

Sam sorrindo, Sam falando com ele, Sam o abraçando e Sam, Sam, Sam e Sam.

Bucky não aguentava mais, ele pensava no garoto o tempo todo, e agora também só pensava em beija-lo.

Droga, o que tem de errado com ele?

Foi pensando no atleta que ele perdeu quase mais duas horas de sono que poderiam ter evitado a situação em que estava agora.

Quando ele encontrou Sam de manhã ele quase desistiu e deu meia volta para voltar para sua cama dormir.

Sam o recebeu com um sorriso convidativo que fez Bucky querer encara-lo por horas.

Bucky ficava nervoso o tempo todo quando Sam abria a boca por que ele imagina que a próxima sentença que o outro iria dizer fosse sobre o quase beijo, e bem, Bucky não estava nem um pouco preparado para falar disso.

Ele se olhou no espelho do retrovisor e notou sua cara de sono, suas olheiras profundas o deixavam com uma cara péssima.

Ele aproveitou os minutos da viagem até a escola e encostou sua cabeça sobre o banco do carro fechando os olhos devagar, assim ele conseguiria dormir um pouco e fugiria dos grandes monólogos de Sam, mataria dois coelhos numa cajadada só.

Mas isso nem foi um grande alivio para ele já que logo chegaram a escola, ele sentiu o carro parar, mas não abriu os olhos desejando que aquilo fosse um sonho e que ele ainda estivesse em casa.

𝐩𝐫𝐞𝐭𝐞𝐧𝐝𝐢𝐧𝐠 ▪ sambuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora