Que droga! Beije-me! Eu imploro, mas não me movo. Eu estou paralisada por causa de uma necessidade estranha, desconhecida, completamente cativada por ela. Eu estou olhando fixamente para a boca perfeitamente esculpida de Mei Grey, hipnotizada e ela está olhando para mim, seu olhar encoberto, seus olhos escurecidos. Ela respira mais rápido que o habitual e eu parei completamente de respirar.
Eu estou em seus braços. Beije-me, por favor. Ela fecha seus olhos, respira fundo e sacode brevemente sua cabeça como se respondesse minha pergunta muda. Quando ela abre seus olhos novamente, é com algum novo propósito, uma vontade de aço.
- Yuzu, você deveria me evitar. Eu não a mulher para você... - ela sussurra.
O quê? De onde veio isso? Seguramente, eu é quem deveria decidir. Eu franzo minha testa para Mei e balanço minha cabeça diante da rejeição.
- Respire, Yuzu, respire. Eu vou ficar ao seu lado e irei te soltar agora - ela quietamente diz e se afasta suavemente. A adrenalina corre por meu corpo, não sei se por causa do ciclista ou da proximidade inebriante de Mei, mas estou fraca e arrepiada. NÃO! Minha mente grita quando ela se afasta e sinto-me roubada.
Ela tem suas mãos em meus ombros, segurando-me o comprimento de um braço, analisando minhas reações cuidadosamente. E a única coisa que eu posso pensar é que eu queria ter sido beijada, fiz isto malditamente óbvio e ela não quis. Ela não me quer. Ela realmente não me quer. Eu realmente estraguei o café da manhã.
- Estou bem. - eu respiro, achando minha voz. - Obrigada, - eu murmuro cheia de humilhação. Como eu podia ter interpretado mal a situação entre nós? Eu preciso me afastar dela.
- Pelo que? - Ela franze a testa. Suas mãos não saem de mim.
- Por me salvar. - eu sussurro.
- Aquele idiota estava indo na direção errada. Eu estou contente que eu estava aqui. Eu estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido com você. Você quer vir e se sentar no hotel um pouco? - Ela me solta, suas mãos ao seu lado e eu na sua frente me sento uma idiota. Com uma sacudida, procuro clarear minha cabeça. Eu só quero ir embora. Todas as minhas esperanças inarticuladas foram esmagadas. Ela não me quer. O que eu estava pensando? Eu brigo comigo mesma.
O quê Mei Grey poderia querer comigo? Meu subconsciente zomba de mim. Eu me abraço e me viro em direção à rua e noto com alívio que o homenzinho verde do sinal de trânsito apareceu. Rapidamente atravesso a rua, consciente de que Grey está logo atrás de mim. Fora do hotel, eu giro brevemente para enfrentá-la, mas não posso olhar em seus olhos.
- Obrigada pelo chá e por ter concordado com as fotos. - eu murmuro.
- Yuzu... eu... - Ela para e a angústia em sua voz exige minha atenção, então eu a olho, de má vontade. Seus olhos roxos são como o deserto, enquanto ela corre a mão pelo cabelo. Ela parece destruída, frustrada e todo o seu controle evaporou.
- O quê, Mei? - Eu fico irritada porque ela não fala.
- Nada. Eu só quero ir embora. Eu preciso levar meu frágil e ferido orgulho para longe e de alguma maneira curá-lo. Boa sorte em seus exames, - ela murmura. Huh? Isto é por que ela parece tão desolada? Este é o seu grande fora? Desejar-me sorte em meus exames?
- Obrigada. - Eu não posso disfarçar o sarcasmo em minha voz.
- Adeus, Sra. Grey. - Eu giro nos meus saltos, fico vagamente espantada quando não tropeço, e sem dar a ela um segundo olhar, eu desapareço em direção à garagem subterrânea. Uma vez na escuridão do concreto frio da garagem, iluminada com sua luz fluorescente e deserta, eu me debruço contra a parede e ponho minha cabeça em minhas mãos. O que eu estava pensando? Indesejada e sem permissão sinto as lágrimas chegarem. Por que eu estou chorando? Eu afundo no chão, brava comigo por esta reação insensata. Apoio-me em meus joelhos e me fecho ainda mais em mim mesma. Eu desejo sumir. Talvez esta dor absurda possa ficar menor ainda se eu sumir. Coloco minha cabeça sobre meus joelhos e eu deixo as lágrimas irracionais caírem desenfreadas. Eu estou chorando por algo que nunca tive. Que ridículo. Lamentando por algo que nunca... - minhas esperanças esmigalhadas, meus sonhos despedaçados e minhas expectativas frustradas. Eu nunca fui rejeitada. Certo...eu sempre fui a última a ser escolhida no basquete ou no vôlei - mas eu entendi que - correr e fazer qualquer outra coisa ao mesmo tempo, como saltar ou lançar uma bola não é minha praia. Eu sou uma negação em qualquer campo esportivo. Romanticamente, no entanto, eu nunca me expus. Uma vida inteira de inseguranças. Eu sou muito pálida, muito fraca, muito desprezível, sem coordenação, minha lista longa de culpas continuam. Então eu sempre tenho sido aquela que repelia os admiradores.
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Cinquenta Tons Mais Profundos
RomanceA estudante de literatura Yuzu Steele, de 21 anos, entrevista uma jovem bilionária Mei Grey, como um favor a sua colega de quarto Harumi Taniguchi. Ela vê uma Mulher atraente e brilhante, e Mei fica igualmente fascinado por Yuzu. Embora seja sexualm...