Capítulø II

6 0 0
                                    

____________________________________________________________________________

     Acordo quando escuto uns barulhos no apartamento. Era o meu pai e advinha ele estava bêbado.

     Ajudei ele a se levantar pois o mesmo não conseguia parar em pé, o levei para o quarto com muito esforço e consegui colocá-lo na cama.
    Do jeito que ele estava nem adiantava eu falar como meu dia foi tedioso ao ter que ficar escutando os professores ou falar sobre o uniforme que supostamente ele vai me obrigar a usar.

    Na manhã seguinte levantei para ir para a escola e meu pai ainda estava dormindo, pelo jeito ele não vai trabalhar hoje.

     Tomei meu banho matinal e fui em direção a cozinha comer alguma coisa pois meu estômago ansiava por comida ja que ontem não comi nada, além de uma maçã.

     Preparei uns waffles para comer e é claro que não pode faltar a calda de chocolate.

     Quando olhei para o relógio me deparei que estava atrasada, como sempre!
     Dei a última garfada nos waffles e fui em direção a estação de trem pois hoje eu não tenho a sorte de ter dinheiro para pagar o taxi.

    Infelizmente não consegui chegar a tempo, tentei entrar na aula de mansinho mas era meio que impossível não passar na frente da mesa do professor, quando eu estava quase chegando na minha carteira escuto uma voz chamando minha atenção.
  
- Ah...Aham, posso saber onde a senhorita estava até essa hora? O professor chama minha atenção enquanto eu ainda estava de costa para ele.
- Desculpa pelo atraso professor é que o ônibus quebrou. Meu coração congela na hora pois nem ônibus eu pego.
- Infelizmente não posso acreditar na sua desculpa esfarrapada e é claro que terá consequências. Ele diz olhando pra mim e entregando um papel.
- Espero você aqui na escola sábado e que isso não se repita, boa detenção para você.
- Ma...Mas. Antes que eu terminasse a frase ele me corta.
- Mas nada, você não é a primeira a me dar uma desculpa dessas então sugiro que você sente-se na sua carteira e não fale mais nada durante a minha aula, antes que a situação piore para você.

    Faço o que ele pede sem exitar, vou em direção a minha carteira e abro meus livros, depois de um tempo o sinal toca indicando o 1° intervalo, saio da sala e vou em direção ao meu armário guardar meus livros, enquanto eu subia as escadas com um monte de livros nas mãos eu acabo esbarrando em alguém.

- Ai!
- Desculpa, não queria esbarrar em você.
- Não tem problema, mas acho que você não deveria estar andando com esse monte de livros nas mãos.
- É, acho que você deveria falar isso para os professores de Advocacia. Eu debocho da situação e ele ri.
- Olha, então temos uma futura advogada?
- Acho que sim. Respondo enquanto levanto do chão para pegar os livros.
- Espera, eu te ajudo, até por que eu também tenho um pouco de culpa.
- Obrigado. Eu gradeço pelo seu ato de gentileza.

    Enquanto recolhiamos os livros eu não conseguia parar de reparar em seus olhos claros e seu jeito todo desajeitado.

    Terminei de recolher os livros e corri para o armário para guarda-los.
   
    Fui em direção ao pátio onde o inferno ia começar, parei na porta para analisar onde eu poderia ir sentar sem ninguém para me incomodar pois não me sinto bem em lugares onde tem muitas pessoas, vi que tinha uma mesa vazia e era para lá que eu estava indo até que senti alguém sussurrar no meu ouvido...

__________________________________________________________________________________

  

   

 

Três Balas Três Tirøs Três Vidas Três Histørias Onde histórias criam vida. Descubra agora