Eu sou uma pessoa que já viveu muito. E quando se fala isso sem uma face pra se visualizar, logo se imagina uma pessoa idosa que viveu anos e tem muitas histórias a contar. Mas não, eu sou uma jovem senhorita (porque não sou casada, rs) de 29 anos. Vivi muita coisa porque o mundo me exigiu muita vivência e eu não tive pra onde correr. Ou eu vivia ou vivia. Não havia opção.
Depois de anos ensaiando um livro sobre minha vida em minha cabeça fui incentivada por minha psicóloga a escrever. Por no papel. Encontrar palavras pra descrever. Vontade sempre tive, mas também sempre tive medo dos processos por calúnia e difamação. Então decidi escrever sobre anonimato, digamos assim.
Pois bem, vou me apresentar. Meu nome é Cristina, tenho 29 anos, sou bacharel em direito, solteira, sem religião e amante de chás. Cada detalhe da minha descrição é importante, e ao longo do livro você entenderá o porque.
Tudo que for dito aqui você pode entender como falso. Como informação falsa, como fake news, dizer que "aconteceu pra caralho", e não acreditar, ou apontar qualquer ideologia política já que nos acostumamos a politizar e polarizar qualquer questão. O fato é que coisas absurdas acontecem com todo mundo, e eu não estou excluída disso. Explicar isso pras pessoas é tão confuso...
Tenho pais. Divorciados. Só por isso já sou julgada por alguns. Vivo em um país onde muita gente acredita que isso afetou meu emocional. Na verdade o divorcio em si não afetou, mas a forma como muitos lidaram com isso afetou demais...
Enfim, acho melhor dar andamento ao livro. Já que o próprio livro fala de mim. É uma descrição de mim. Ela não cabe em um capítulo apenas.
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Minhas peripécias particulares
De TodoOlha, veja este livro como um diário atrasado. É que na verdade eu não tenho diários. E minha história é muito longa pra ser contada a partir de agora. Tudo de mim tem contextos e explicações. É necessário começar do início. Então por isso o diário...