twenty-three

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s/n pov's

Eu tinha acabado de acordar, Kendall ainda dormia em meus abraços, nossa noite foi longa.

Meus pensamentos foram preenchidos pelos acontecimentos recentes. A julgar pelos nomes dos meus irmãos e pelo sobrenome eles eram mexicanos? Fiquei um tempo pensando nisso até Kendall começar a se mexer.

- bom dia. - disse beijando o topo de sua cabeça.

- bom dia. - ela disse arrastado.

- dormiu bem?

- sim e você? - ela disse me abraçando mais.

- quase não dormi. - disse rindo e ela riu junto.

- tenho que ir pra casa. - ela disse saindo do meu abraço e se espreguiçando.

- fica mais alguns dias. - disse fazendo biquinho enquanto ela me encarava e ria.

- não posso. - ela disse vindo me dar um selinho. - vou me escovar. - ela disse e logo se levantou, fiquei acompanhando ela com o olhar.

Depois de algum tempo ela saiu vestida do closet, e veio até mim.

- tô indo. - ela disse me dando outro selinho enquanto eu reclamava em desaprovação. - eu volto.

- acho bom. - eu disse e ela sorriu logo saindo do quarto.

Fiquei um tempo deitada pensando em várias coisas e no que eu faria daqui em diante.

./

Haviam se passado alguns dias, nesses últimos dias eu não tinha visto Kendall, ela viajou a trabalho, mas a gente não perdeu a comunicação. Consequentemente hoje era quinta-feira, o dia do encontro e eu não tava nada preparada, mas já estava arrumada.

Quando deu a hora eu saí de casa, ele tinha marcado no Plaza, foi um grande erro já que é um lugar movimentado. Eu desci do carro entrando no hotel, fiquei procurando por aquele homem por um bom tempo, até um funcionário chegar em mim e pedir pra eu o seguir.

Segui o funcionário que me levou até uma mesa um tanto quanto afastada das demais, aquele homem já estava lá e eu apenas me sentei e comecei a encarar o mesmo.

- boa tarde para você também, filha. - meu sangue ferveu assim que ele abriu a boca, que cara cínico e irritante.

- o que você quer falar comigo? - perguntei sendo direta.

- devia ter mais educação com o seu pai. - ele disse me tirando do sério.

- vocês não são a minha família, a minha família é aquela me criou. - respondi seria.

- oh, sim, tão tua família que nenhum dos teus irmãos foram te ver no hospital, e até agora ninguém voltou a falar com você, nem sua família e nem seus amigos, você deve estar tão triste, não é, filha? - ele disse em um tom sarcástico, mas aquilo doeu, porquê era verdade, e a verdade doía.

Depois do que ele falou eu permaneci calada, desviei meu olhar dele e fiquei olhando para a mesa enquanto mexia inquietamente minhas mãos.

- desculpa, não queria te deixar triste, s/n. - ele disse e eu olhei pra ele. - o que eu quero dizer, é que você faz parte da nossa família, você tem o mesmo sangue que eu correndo pelas suas veias, eu quero que você se sinta em família conosco.

- em família? - eu disse em ironia e dei uma risada nasal, o mesmo me olhou confuso. - depois de tudo que vocês fizeram eu passar, vocês querem que eu apenas ignore tudo e viva como uma criminosa junto com vocês? - eu disse e pude sentir meus olhos lacrimejando.

- queríamos nós divertir. - ele disse cínico.

- você se divertiu torturando sua própria filha e deixando ela mal e preocupada? e agora consequentemente sozinha? - eu disse levantando a voz.

- abaixe o tom de voz para falar comigo. - ele disse superior.

- abaixar o meu tom de voz pra falar com um filho da puta como você?

- tem paparazzis aqui, e se você não quer manchar ainda mais a sua imagem, você vai calar a boca e me ouvir. - ele disse e eu olhei pra trás vendo uma mulher apontando um celular pra nós, provavelmente me filmando. - não sabia que você era tão frágil.

- vai se foder. - eu disse simples sem tirar o olhar dele, ele era tão parecido comigo.

- queríamos testar você, e deu certo.

- me testar o caralho. - disse brava.

- queremos que você faça parte de nós, filha.

- dá pra você parar de me chamar de filha antes que eu te quebre aqui mesmo? - fechei meus punhos enquanto encarava o mesmo.

- não trabalhe contra mim, trabalhe comigo e verá o mundo com outros olhos, eu posso te encher de riqueza, de dinheiro, de mulheres e de amor familiar. - ele disse esticando a mão para tocar na minha mão, a qual eu eu tirei rapidamente.

- eu não quero me tornar uma criminosa, você não entende? eu tenho toda uma vida formada! eu tenho uma carreira! - eu disse exaltada.

- depois de tudo que aconteceu você ainda insiste em ter uma carreira? você acha mesmo que vai ter pessoas pra te apoiar? se seus amiguinhos famosos não andam mais com você, você realmente acha que terá algum fã? eles não se importam contigo, só andavam contigo por fama, e agora que descobriram realmente quem é tua família eles simplesmente se afastaram, é isso que você chama de amizade? - ele disse tão sério, aquilo doeu tanto.

- para. - eu disse enquanto desviava o olhar dele.

- você não entende? eu te mostrei quem realmente é teu amigo, filha! e a única que ficou contigo foi aquela modelinho com quem tu transa?

- não fala assim dela. - eu disse e a raiva subiu em mim. - você não sabe sobre nós duas.

- você realmente acha que ela vai ficar contigo quando as coisas piorarem? você acha mesmo que ela não vai te abandonar igual os outros? ela só continuou contigo porque tá com medo. - ele disse me olhando com um olhar que eu não conseguia explicar.

- por que tá me falando isso? - eu perguntei, meu coração apertava, porquê no fundo eu sabia, que tudo aquilo era verdade.

- eu quero abrir seus olhos, hija! quero te mostrar os verdadeiros, e nós somos os verdadeiros, nós vamos te apoiar quando você precisar, vamos estar aqui e não vamos fugir quando tudo piorar para o seu lado, igual eles fizeram, pelo contrário, iremos te ajudar, pois nós somos sua família. - aquilo que ele falava, por um lado era acolhedor, mas pensar que ele era criminoso era assustador.

- eu preciso pensar. - eu disse tentando segurar uma lágrima.

- nós ligue, caso tenha se decidido com qual você ficará, mas pense bem antes, eles não te amam como nós que te amamos desde o berço, o amor de família é diferente, e parece que o amor que eles diziam sentir era falso. - assim que ele disse aquilo ele se retirou da mesa e foi em direção a saída.

Eu saí logo em seguida tentando caminhar o mais rápido possível pra dentro do carro, onde eu literalmente desabei de chorar, eu não aguentava aquilo, aquela pressão e a falta de um ombro pra chorar.

./

postei uma fic bem soft com a bella hoje! vão ler agora, juro não vão se arrepender!

votem e comentem! se cuidem <3

Nós - Kendall e S/N &lt;3 Onde histórias criam vida. Descubra agora