Nós - Kendall e S/N <3

thirty-two

Estávamos no carro, eu e o Juan. Ele dirigia por um lugar que eu não conhecia direito.

- então, pra onde estamos indo? - perguntei curiosa.

- tenho que resolver um negócio. - ele disse sério, eu só assenti e tentei não me meter muito.

Em alguns minutos chegamos em frente a uma casa, era média, bonita, parecia ser de família, tinha brinquedos no pátio, balanços de pneu, entre outras coisas. Três crianças saíram de dentro de casa, acompanhada por uma mulher ruiva, atrás deles vinha dois cachorros grandes e peludos correndo tentando ultrapassar as crianças. Eles ficaram no pátio brincando, a mulher que estava com as crianças observava tudo, e as vezes brincava e dava carinho nos cachorros.

Juan levou a mão até o porta luvas abrindo o mesmo e tirando uma arma de lá.

- o que vai fazer com uma arma? - perguntei confusa.

- negócios, maninha. - ele disse como se fosse óbvio.

- tem crianças ali. - eu apontei para a casa, e Juan deu de ombros.

- vamos, desce. - ele disse enquanto abria a porta do carro, abri o lado do passageiro e desci também.

Assim que a mulher nós viu seu semblante foi pra assustado em um piscar de olhos, ela se levantou rápido e Juan foi em sua direção.

- cadê ele? - Juan perguntou sério, sua voz era superior.

- e-eu não sei! - ela disse assustada.

- não caio nessa, fala logo. - Juan disse.

- no escritório. - ela disse engolindo a seco, ela tava tão assustada. Juan passou reto entrando na casa, eu segui o mesmo, mas não sem antes dar um sorriso fechado para a mulher assustada que me olhou confusa logo depois.

- o que vamos fazer aqui? - perguntei tentando alcançar Juan que caminhava rápido na minha frente.

- já falei que vim resolver alguns negócios, maninha. - ele disse me dando uma olhada e indo para o corredor da casa.

A casa era bonita por dentro, Juan entrou em um cômodo da casa, abrindo a porta bruscamente, entrei logo em seguida e pude ver um cara loiro, bem assustado. Juan se aproximou da mesa e se sentou na cadeira a frente do cara, na maior tranquilidade.

Levou uma das mãos até a cintura puxando uma arma, o loirinho se afastou bruscamente da mesa, quase caindo da cadeira, Juan olhava sério para o mesmo, enquanto eu observava tudo.

- começa a falar. - Juan disse, seu tom de voz ainda calmo.

- n-não sei do que o senhor está falando.. - o homem gaguejava a cada palavra que dizia.

- você sabe muito bem do que eu estou falando.

- m-me desculpa, mas eu.. - Juan interrompeu o loirinho sem deixar ele terminar a frase, se levantando bruscamente da cadeira e dando a volta na mesa até chegar no cara. Eu me sentia perdida, o que ele queria do cara?

- vou te dar mais uma chance - Juan disse enquanto tirava o cara da cadeira e prendia contra a parede.

Não consigo entender por quê ele me trouxe junto. O que eu tenho a ver com isso?

- ou você me fala, ou eu posso talvez dar um passeio com a sua esposa, o que acha? - Juan disse sarcástico, o loirinho tava tão assustado que me deixou com pena. - ou as suas crianças?

- n-não por favor! - ele começou a chorar.

O que o Juan quer tanto saber?

- chega. - eu disse enquanto me aproximava dos dois. - eu não vou participar disso, o que quer que tu esteja fazendo, eu não vou participar.

Juan me olhou cínico, sorrindo.

- são negócios da nossa família, você tem que aprender. - ele disse enquanto fazia uma expressão que eu não consigo identificar.

- eu não quero aprender. - eu digo como se fosse óbvio.

- mas você não tem escolha. - ele disse sorrindo. Seria engraçado se não fosse trágico, não sei mais o que fazer.

- eu não vou mais ficar aqui se você for machucar esse cara. - digo encarando Juan.

- mas ele fez uma coisa ruim, ele traiu nossa família, nosso negócio! - Juan fala histérico.

- e-eu juro que eu não.. - o loirinho tenta se pronunciar mas é interrompido por Juan.

- CALA A PORRA DA BOCA. - Juan grita para o lorinho, ele parece furioso, eu me afasto dos dois, assustada com o que Juan pode fazer a seguir.

Juan me olha torcendo a cabeça pro lado, como se estivesse se perguntando porque eu me afastei. Eu balanço a cabeça em sinal negativo, levo uma das minhas mãos pra cima fazendo um sinal que nem eu sei qual é. (espero que vocês tenham entendido que sinal é esse pq eu nao sei explicar)

Percebo o loirinho me olhando assustado, assim como consigo ouvir uma sirena da polícia soando. Merda. 

Olho para Juan completamente assustada agora, e não era por causa dele. Juan fica me encarando.

- que porra a gente vai fazer agora? - eu pergunto preocupada.

Vejo Juan socar o loirinho na cara rápido, me arrisco em dizer que o soco foi forte pra caramba, porque logo em seguida, o loirinho desmaia no chão.

- vem me ajuda a pegar ele. - Juan diz me chamando. Eu fico perdida, mas mesmo assim vou em direção a eles.

Ajudei Juan a erguer o loirinho no ombro, Juan para por um momento.

- a chave do carro dele. - ele diz. - pega.

- e cadê? - eu digo confusa, olhando pelos cantos da casa.

- deve ser aquela. - ele aponta para um mesa no canto da porta. Eu vou até ela e pego a chave. - vamos pra garagem.

- e você sabe onde fica a garagem? - eu pergunto em um tom cínico.

- não, mas a gente se vira. - Juan diz e começa a caminhar pela casa. Achamos a garagem em menos de 1 minuto, entramos na mesma e consigo ver um carro conversível vermelho, ajudo Juan a colocar o corpo do loirinho no banco de trás. - procura a chave da garagem.

- procura você. - eu digo. Juan me olha incrédulo e logo depois bufa começando a procurar. - o som tá ficando mais alto.

- talvez se você me ajudasse a procurar eu achasse mais rápido a merda da chave.

- foi você quem nós colocou nessa, é você quem vai nós tirar.

- que merda. - Juan fala bufando. - entra no carro. - ele diz e eu faço o que ele disse.

- como pretende sair daqui se a garagem tá trancada, oh esperteza? - pergunto debochando do mesmo que me olha sorrindo.

- me observe e aprenda. - ele diz e logo em seguida liga o carro acelerando. Ele vai arrombar a merda da garagem. Me seguro no banco enquanto ele acelera mais ainda. - tá pronta? - ele pergunta, mas não tenho nem tempo de abrir a boca e ele sai com o carro pela garagem fechada, levo meus braços até o rosto por instinto enquanto o portão da garagem voa se despedaçando sobre nós e sobre a rua. Sem muita enrolação Juan continua dirigindo em alta velocidade pelas ruas.

Eu olho para trás e vejo o carro da polícia correndo atrás de nós.

- que merda. - eu digo me abaixando no banco da frente.

- daora, né? - Juan fala sorrindo. Eu olho para ele incrédula.

- fala sério. - digo bufando.

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aconteceu um milagre e eu fiquei afim de escrever, mas não sei se vou voltar definitivamente com essa fic.. mas tô com a da Bella ainda!