Sinopse:
Helen Walker tem um mundo "perfeito" aos seus pés. Herdeira de um patrimônio exorbitante, vive sua vida com padrões sofisticados. Órfã de mãe, mas com um pai muito conservador e um namorado bem sucedido. Mas Helen sente falta de algo a mai...
Tive um contratempo e não consegui postar ontem. Para que me perdoem segue capítulo novo e um bônus na visão do pai da Helen. Espero que curtam e boa leitura!!
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Helen Walker
Todos já foram embora e me encontro aqui sentada nesse sofá desde que a Malia se despediu de mim. Estou perdida em tantos pensamentos que nem sei enumerá-los ou descrevê-los. Vejo a Kate se aproximando.
-O Edgar já foi? Pergunto.
-Já sim. Disse que tinha coisas para resolver.
-Acho que deveria matá-lo. O que acha? Pergunto referindo-se ao meu pai.
-Se fosse a um tempinho atrás eu até te ajudaria, mas você precisa conversar com seu pai amiga.
-Ele nem bem chegou e olha a confusão que já fez. Digo exausta.
-É eu sei, mas ele é seu pai.
-Ela tem toda razão.! Será que podemos conversar filha?
Olhamos para o lado e vemos o meu pai em pé, esperando a minha permissão para que se sentasse. A Kate se retira da sala nos deixando a sós. Ele se senta próximo a mim, segura em minhas mãos e ficamos em silêncio por um tempo até que ele resolve falar.
-Sua mãe era mil vezes melhor do que eu em tudo. Desculpe filha por não ser o pai que você merece!
Sinto lágrimas em meus olhos devido às lembranças da minha mãe. Quando ela se foi eu era muito nova, mas o pouco tempo que convivi com ela foi muito especial. A minha mãe era alegre, jovial, sempre com um sorriso no rosto e dona dos melhores abraços.
-Não chore minha filha, por favor, não chore. Depois que perdi a sua mãe, eu não soube lidar com a sua morte. Queria ser um pai exemplar mas acabei deixando você de lado. Você e a sua mãe se parecem tanto, e eu queria apagar isso em você. Quis deixar você ao meu molde só para não ter que olhar nos seus olhos e vê-la, porque era isso que eu via, eu a via em você e não suportava a dor, a dor de ter perdido o amor da minha vida.
Fico boquiaberta com a sua revelação, ele nunca falou tão abertamente sobre a mamãe. Eu o abraço e ficamos assim por um tempo, eu nem me lembrava mais como era a sensação de estar nos braços do meu pai, só agora me dei conta o quanto eu sentia a sua falta.
-E me desculpe por ter tratado mal os seus amigos! Perdi o controle quando vi a menina ao seu lado, não soube o que fazer e nem como me portar. Eu sou de outro tempo filha.
-Isso não justifica a sua atitude pai.
-Eu sei, mas fui criado de um jeito preconceituoso e nunca me esforcei para mudar isso em mim, então hoje eu sou o reflexo da ignorância e do preconceito porque nunca me dei a chance de mudar.
